[T] Yasuki

Teammates

caminho até a academia foi curto e rápido. Yasuki resolveu fazer uma rápida parada na biblioteca da escola para recolher alguns pergaminhos úteis que havia encomendado mais cedo naquele dia com a bibliotecária. Eram pedaços velhos e empoeirados de papel, porém, continham técnicas extremamente poderosas.

Yasuki voltou-se para o seu "companheiro de viagem" e com uma expressão neutra, indagou: - E você? Pretender pegar algum pergaminho para treinar? - Sua franja desfiada, como sempre, cobria o olho esquerdo. - Katon, não é? Deve ter alguma coisa naquela seção ali. - A menina ergueu o braço direito, apontando com o dedo indicador para uma área quadrangular da biblioteca que era composta somente por jutsus do estilo fogo. Como ela sabia disso? Simplesmente ela era uma boa e velha amante de livros.

Suya acompanhava a kunoichi lado a lado, incrivelmente ele havia aceito a proposta de treinar junto com uma completa estranha. - Então, err...como vai, garoto? - É, ela claramente não fazia a mínima ideia de sobre o que conversar com o jovem Uchiha. Chegando aos fundos da academia Yasuki abriu um dos pergaminhos e gastou alguns minutos lendo-o atentamente.

- Certo... - Falou consigo mesma enquanto observava o horizonte que aos poucos ia escurecendo. A ninja executou um único selo, e a alguns centímetros dela uma nuvem branca de poeira se formou. Após o gás se dissipar, uma cópia perfeita dela mesma era visível. - Isso foi mais rápido do que eu imaginei...

A leve brisa do local fazia seus cabelos esvoaçarem pelo ar, tornando visível a cicatriz em forma diagonal no olho da jovem. - Qual sua história, garoto? - Perguntou ao Uchiha, olhando-o diretamente nos olhos (algo que raramente acontece) enquanto o vento continuava a beijar as longas madeixas negras da garota.

Teammates

efinitivamente Suya era um cara de poucas palavras - talvez até de poucos pensamentos, mas definitivamente era mais quieto que a própria Yasuki, e isso a incomodava. A kunoichi permaneceu em silêncio por alguns segundos, contemplando o nada. - Você acabou de resumir a minha história enquanto contava a sua, a minha simplesmente tem alguns extras... - Sua mão direita tocou a cicatriz em forma diagonal de seu olho. Por um momento ela foi consumida pela sentimento de vingança, e isso era perceptível na sua expressão que dessa vez, realmente era amedrontadora.

Ela não precisa contar o que havia acontecido, e nem tinha necessidade para fazer isso, portanto, simplesmente permaneceu calada e abriu mais um dos pergaminhos que havia trazido consigo. Em um movimento rápido dos dedos, Yasuki executou os selos do Boi, Cobra e Carneiro, e quase que instantaneamente uma densa névoa tomou conta do lugar, quase que camuflando-a no ambiente.

- Hmm, mais alguns dias de treino e isso aqui deve ficar impecável... - Disse a garota, realizando a mesma sequência de selos novamente, porém, dessa a vez a névoa dissipou-se. Yasuki permaneceu parada no meio do campo, simplesmente observando o horizonte e refletindo sobre a vida, como sempre costumava fazer.

Até mais tarde

s estrelas cada vez mais tomavam conta do céu, e tudo aos poucos ia escurecendo. A noite estava chegando, assim como a hora de voltar para casa, afinal, eu não estava lá muito afim de levar bronca do velhinho de novo, e muito menos deixa-lo preocupado.

O tal Suya era um garoto um tanto complicado, quieto demais, recluso demais, talvez tímido demais? Eu não sabia dizer, mas era errado julgar um livro pela capa. Ele parecia ter uma habilidade nata com o elemento fogo - assim como todos os outros Uchihas, mas mesmo assim, não deixava de ser impressionante. Eu tinha certeza de uma coisa: aquele silêncio no ar estava me deixando mais desconfortável a cada segundo.

Desenrolei o último dos pergaminhos e passei os olhos por ele algumas vezes, tentando decorar os passos a serem executados. Fechei os olhos, me concentrei e um realizei um simples selo. Quando parei para pensar, todo o campo estava tomado por água e ondas com força suficiente para derrubar algo do peso de uma baleia. É, impressionante.

Uma das ondas acabou indo na direção do desatento Uchiha. Com certeza seria algo engraçado de ver, mas o meu lado politicamente correto gritou mais alto, e com um simples selo a maré partiu-se em duas a alguns centímetros de distância do garoto. - Pode me agradecer depois, garoto. - Com aquele olhar neutro e a franja cobrindo a parte esquerda do rosto, eu provavelmente parecia amedrontadora (ou não).

- Bom, eu vou indo nessa, a noite tá caindo e eu não quero arranjar encrenca com meu velho, sabe como é... - Anunciei enquanto me aproximava do garoto Uchiha. - Foi um prazer te...conhecer, Suya. - "Conhecer", nós só havíamos trocado um pouco mais do que 10 frases, eu sequer fiquei sabendo qual era a comida preferida dele, nós não tínhamos de fato nos "conhecido". Yasuki, inconveniente como sempre.

- Até outro dia, menino. - Com um aceno de mão, retirei-me do local na maior velocidade que eu conseguia, eu precisava entregar os pergaminhos e chegar em casa antes do anoitecer. É, vida complicada, não é mesmo?

Manipulação da água

azia um agradável tempo na Vila Oculta da Folha naquele dia, céu azul, muitas nuvens e aquela leve brisa de sempre. Me levantei da cama o mais cedo e silenciosamente possível, eu não estava muito afim de acordar meus velhinhos as seis da manhã de um domingo, afinal, eles mereciam um longo descanso depois de uma semana conturbada cuidando dessa menina que vós fala.

Desci para a cozinha, preparei um café e subi novamente ao meu quarto, onde, como sempre, sentei na janela e deixei o tempo passar enquanto tomava o elixir dos deuses e tocava minha boa e velha flauta. Aquilo era simplesmente a sensação mais pacífica que eu conseguia ter, e era incrível. Terminada a "refeição" da manhã, desci para o primeiro andar e preparei um lanche para o pessoal da casa, também deixei um bilhetinho de "Bom dia :D" para alegrar as coisas.

Com tudo pronto, me vesti com uma blusa e legging pretas, amarrei um casaco vermelho na cintura para caso fosse necessário (e também para não ter que ouvir a May-chan falando para eu por um agasalho) e sai porta afora, em direção a Academia. Como esperado, as ruas que levavam até o local desejado estavam completamente vazias, como se fossem parte de uma cidade fantasma, porém, era ensolarada ao invés de completamente cinza.

Chegando ao local habitual de treinos, não dei tempo para o tempo passar, me pus logo a executar os selos necessários para executar o Suikōdan no Jutsu, e pra ser sincera, eles eram muitos. Foi difícil, mas após alguns vários minutos de tentativa e falha, eis que finalmente um tubarão d'água formou-se logo na minha frente, chocou-se com uma árvore e desapareceu.

Certo, Yasuki, você tem vários jutsus ofensivos para usar contra o inimigo, mas e quanto as técnicas suplementares? Eu precisava de algo para me auxiliar na furtividade, afinal de contas, eu era uma ninja, e missões de espionagem eram uma possibilidade, principalmente se eu resolvesse entrar para a ANBU. Então realizei alguns rápidos selos para criar uma onda d'água que inundou o local em questão de segundos.

Aproveitando das várias poças de água criadas, pisei em cima de uma delas, fechei os olhos e concentrei todo o meu chakra em um único ponto; os pés. Quando voltei a enxergar novamente, eu estava submersa na poça, completamente camuflada para as pessoas que se encontravam do lado de fora. Mais um jutsu executado com sucesso, mais um passo em direção ao futuro.

Mal havia eu notado, mas as estrelas já estavam começando a tomar conta do escuro céu. Não tive tempo a perder, larguei o pé do campo de treinamentos o mais rápido possível, eu não queria preocupar os meus velhinhos, e para ser sincera, eu também estava precisando de uma boa noite de sono.