Missão Rank D - Biblioteca da Vila
Missão:Biblioteca da Vila
Recompensa: 20.000
Descrição:A faxina se estende aqui também, só não vale ficar lendo os pergaminhos ao invés de limpar!
- Spoiler:
- E quando o dia amanheceu a ficha de jovem ainda não tinha caído. Ela tinha sido aprovada em seu teste Gennin. Agora sim tinha deixado de ser uma sombra, tinha chegado o tempo dela, era hora de Haruni Senju crescer. Sabendo que seu trabalho para se tornar uma grande ninja só estava começando, decidiu que não iria protelar e ia começar imediatamente todas as missões que lhe fossem concedidas. Queria fazer sua própria história e provar seu valor, não ia deixar que a sua influência familiar lhe trouxesse “vantagens” em qualquer que fosse a situação. Então, nas primeiras horas daquela manhã, Haruni já estava de pé e pronta para sair, estava apenas terminando de escrever um bilhete para sua mãe dizendo que ia a Sala do Kage executar sua primeira missão. Ela ainda não havia se acostumado muito com a ideia de ter sua mãe de volta em casa, mas sua presença era reconfortante e amenizava um pouco da tristeza que sentia por não ter sido criada pelos seus genitores.
Bilhete escrito, a jovem disparou em uma corrida leve, sentindo o ar gelado da manhã invadindo seus pulmões. Gostava da sensação, fazia com que seus pensamentos congelassem afastando um pouco a ansiedade sobre o mistério da missão que viria. Chegando a sala, ela não teve muito que esperar, sua missão estava escrita e pendura em um painel ao lado de um bilhete de “volto logo”. Ficou bastante surpresa com o que estava escrito: “Limpeza – Biblioteca”. Não sabia se ficava desapontada, afinal esperava uma oportunidade de mostrar todas as “técnicas” que julgava conhecer, ou se ficava feliz já que estaria em meio aos seus grandes companheiros de vida: livros e pergaminhos. Haruni adorava ler, sua curiosidade era muito aguçada e devido ao seu isolamento quando criança foi na literatura que encontrou refugio e onde descobriu a maioria das coisas que sabia, principalmente sobre os segredos de sua família. Sem perca de tempo, tornou a correr com destino a Biblioteca de Konoha, com um sorriso nos lábios afinal missão é missão, não importava o grau de dificuldade, ela tinha que começar de algum lugar. Ao passar pelas portas da construção avistou um pequeno senhor que, ao sorrir para Haruni, deixava a mostra pequenas rugas que deixavam claramente a mostra que o tempo já havia deixado suas marcas nele. Sorrindo também, a jovem aproximou-se fazendo uma pequena reverência e o Sr Kyoto lhe entregou um balde contendo um pano, um espanador e um pequeno borrifado dizendo:
- Bom dia, pequena Gennin! Já me informaram de sua missão e peço que a execute da melhor maneira possível. Tenha cuidado com os pergaminhos, pois pode não parecer mais muitos deles são mais antigos do que eu! - Haruni não conseguiu evitar um sorriso, já havia simpatizado com o bibliotecário. – E mais um lembrete: a curiosidade pode lhe trazer grandes riscos. Algumas verdades estão ocultas por certas razões. Há um grande risco em saber demais.
Dito isso se afastou das escadas dando passagem pra menina, que ainda estava digerindo as palavras do Sr. Kyoto. “O que ele queria dizer com isso?” essa era a pergunta que Haruni ficou se fazendo. Mas logo suas duvidas foram caindo no esquecimento. Ao ver a quantidade de livros e pergaminhos de tantos assuntos distintos, ela não sabia por onde começar. Pegava um livro, dois, três pra poder limpar a estante enquanto isso folheava o máximo que podia tomando cuidado para não danifica-los. As horas foram se passando e ela nem percebeu, absorta na quantidade de técnicas novas foi um desafio conciliar a leitura com atividade que lhe foi designada. E serviço que sem “distrações” levaria apenas uma manhã para terminar, acabou durando até o fim do dia. Mas não havia do que se queixar, pois quando o Sr Kyoto subiu as escadas para ver como estava o serviço deparou-se com uma Haruni completamente empoeirada, agachada com um pergaminho intitulado “A Maldição do Ódio”, tema que tratava de um antigo conflito entre sua linhagem, os Senju e os Uchiha. Com uma breve tossida, Haruni voltou a si e encarou o Sr Kyoto que a observava. – Já está na hora de ir Gennin – disse enquanto avaliava o local – Fez um ótimo trabalho Haruni, imagino agora o porquê de ter demorado tanto – apontando para o pergaminho em suas mãos. A jovem corou, agradeceu e pediu para se retirar. A caminho da Sala do Kage para reportar sua missão, ela tentava absorver tudo o que conseguia relembrar dos escritos e de uma coisa tinha certeza, voltaria muito em breve para aquela biblioteca, se tinha tantos detalhes sobre sua família, com certeza teria alguma coisa, alguma pista sobre o paradeiro do seu pai. Ela sentia isso. E enquanto o pôr do sol ia colorindo o caminho, uma pequena chama voltava a queimar em seu peito. Haruni ia achá-lo, ela tinha que achá-lo.