- Wolf among us -
Era de tarde, o Sol alaranjado já havia pintado os céus. Já não tinha mais afazeres ou obrigações com seu cargo para serem cumpridas. Estava livre para seguir a própria vontade, mas ainda não havia liberdade para descansar. Tinha que aprimorar-se de algum jeito, era quase como se sentisse uma necessidade incontrolável de aprender algo novo. Como uma coceira, coceira profunda, daquelas que se tem que coçar. Isso o corroia por dentro e não ia parar até ser realizada. Estava bem intencionado em cumprir esse desejo, mas realmente não sabia por si próprio por onde deveria começar. Talvez um ninjutsu? Talvez uma técnica de taijutsu? Ou talvez simplesmente treinar suas capacidades? Não tinha a menor ideia. Yusuke geralmente sempre sabia o que fazer, sempre tinha um plano pronto em mente, mas não hoje.
No seu âmbito interior não havia nada. Teria que buscar uma fonte de inspiração alheia, nada melhor do que ir direto para a maior concentração de estimulo por metro quadrado. A biblioteca Real de Konoha. Um vasto centro de informações que continha os mais diversos almanaques e exemplares de todo o mundo. Uma verdadeira enciclopédia!
Um local bem cuidado pelos seus quase cem funcionários, todo esculpido em madeira artesanal tão antiga quanto às primeiras construções da aldeia. Robusta e ampla, cheia de detalhes e adornos, o salão de leitura tão amplo que quase se assemelhava há um salão de festas. De fato era uma festa para os mais cultos e reservados. E la estava o Kage regente, andando de fileira a fileira com sua habitual curiosidade, percorrendo cada canto das prateleiras em busca de um titulo que o chamasse a atenção. Um quase o fez terminar sua busca, “Ninjutsus Secretos do Mundo Shinobi” – estampava-lhe a capa -, mas após um leve momento de reflexão o mesmo decidiu continuar sua caçada. Procurava algo mais raro e exótico hoje, algo que poucas pessoas do mundo pudessem ter acesso.
Sua inspeção não cessou, até que em um determinado momento seus olhos se cruzaram com algo que parecia estar escrito, “Indo além da Energia Espiritual”, encheu o Kage de curiosidade e euforia. Afinal, sempre teve para si como verdade absoluta que a única fonte de energia que podia suprir um ninja era seu Chakra. Será que existia algo que ia além dos atuais conhecimentos do jovem? Ou seria apenas baboseira? Não importava, não demoraria mais um segundo a descobrir. Tomou o livro para si e trilhou o caminho até a mesa mais próxima que achar. Era um livro antigo, grosso e bem encapado com algum tipo de couro escuro, as letras douradas sobre sua capa como finos fios de ouro, o conteúdo todo escrito à mão, um exemplar realmente único. Sentou-se à mesa e abriu o livro. O lia tão rápido que parecia devora-lo com os olhos. Cada palavra, cada frase que percorria apenas o deixava mais curioso e afoito. Estava entrando em um campo novo e desconhecido. O campo da Energia Natural.
Terminou sua leitura. Era incrível mais conseguia ler um livro inteiro em menos de uma hora. Afinal, não tinha tempo para perder. Guardou novamente o almanaque em seu devido lugar e rumou para sua casa. Havia algo la que poderia ajuda-lo muito nisso.
Ao chegar a sua residência nobre, passou pelas escadas indo até a parte de trás do imóvel para falar com seus Nikkens. Eles eram animais místicos que tinham muito mais conhecimento deste assunto de energia natural. E como esperado, sabiam uma coisa ou outra a mais. Não eram especialistas, mas conheciam alguém – ou algo – que poderia ter muito mais a esclarecer. Um sábio eremita que vivia isolado nas mais remotas regiões. O único jeito de prosseguir adiante era encontra-lo!
Para isso, teria que viajar para o outro lado do mundo, ou seja, atravessar a imensidão do mar. Só havia um único jeito conhecido de se fazer isso ainda, usando um barco. No dia seguinte, com tudo devidamente pronto, Yusuke tomou coragem e junto com alguns de seus cães partiu em direção ao porto de Konoha. Era cedo. Não mais do que sete horas da manhã, mas nem mesmo isso o desanimava – não mais do que o de costume pelo menos –.
Ao se aproximar do porto, mesmo que ainda há inúmeros metros de distância, já podia observar a velha e gloriosa corveta! Soltando fumaça e esbravejando seu belo e afinado som. Pelo menos era assim que soava para os ouvidos de quem tanto a necessitava. Mas que pena que já não era o mesmo navio d’outrora, belo e impotente, ameaçador e igualmente convidativo, uma pedaço do céu branco navegando acima das ondas turbulentas – bem la em cima – majestosamente. Agora estava outra, muito outra com seu casco escurecido pelo tempo, já quase negro com suas velas encardidas e cinzentas pela intolerância do tempo, sem aquele seu esplêndido aspecto de guerreiro que entusiasmava seus tripulantes. Mas era o que tinha, uma lenda sobre as águas pelos seus feitos heroicos do passado. E mesmo que não se considerasse mais uma a mais gloriosa engenhoca sobre o Mar, ainda sim tinha o carinho e respeito do Kage – eternos -. O gralha, como era chamado. Uma invenção da família Nara, para ser bem específico, um legado de seu pai para a vila da Folha, um verdadeiro tesouro nacional e mal podia esperar para balançar sobre as ondas em seu convés, relembrar sua infância em quanto ruma para o futuro. E lá foi ele, partindo entre meio a tanta gente, mas não desaparecido, jamais, seu lugar de destaque era visível, mas humildemente ignorado pelo próprio que preferiu seguir viagem junto dos caboclos de serviço.
Quinze dias depois, dois enjoos e uma tempestade o orgulho de Konoha abortava em seu destino. Na verdade, sua quarta parada e mais longínqua e cainha de todas, afinal tinha de ter mudado quase toda sua rota apenas para transportar o Hokage para seu destino, um sacrifico com certeza, mas um sacrifício que seria recompensado. Aportaram na mística floresta dos lobos, o local de origem dos seus vastos e antigos companheiros, os cães.
Para eles, aquela vastidão verde e amarela, até mesmo cinzentada, os transmitia uma passagem de nostalgias. No fundo do horizonte, podia ainda enxergar as velas antigas e mofadas do Gralha cruzar entre meio as nuvens do céu. Sim, ele havia partido embora deixando o fortuno homem à deriva da natureza. Um dia voltaria, talvez, se ainda se lembrasse do local. De qualquer forma, não podia esperar mais, quanto mais próximo ficava de seu objetivo mais ansioso começa a se tornar.
Os cães tomaram a frente, a através da vegetação quase nativa guiou seu mestre para o local mais sagrado e espiritual da floresta. O templo Canino. Por mais engraçado que poderia soar, era algo serio e real, tão real quanto eu e você. Havia outros Nikkens ali, de todas as raças, tamanhos e cores, alguns mais velhos, outros mais jovens, mas apenas um deles carregava a denominação de Ancião. Era um Pug – assim como Pakkun – porém com a idade muito mais avançada. Seus pelos eram quase sem cor e algumas partes até falhadas pelo tempo. Ele gaguejava ao falar, mas sua voz transmitia a serenidade e calmaria de Buda, sua paz de espírito era realmente algo invejável. Yusuke era o contrário, abotoava sua camiseta branca de seda, ar autoritário, segurava firme a espada em um toque elegante, seus cabelos tremulando sobre a testa sobre o dançar do vento, todo ele comunicando respeito.
Era um homem rústico de feições e presença nobre, de olhar apático e energético ao mesmo tempo, sua fisionomia era vigorosa, muito vigorosa, destas que apenas muito treino árduo impunha, uma fileira de barba rala e mal feita descia sobre as laterais de sua face, um cado de soberano e uma pitada convencional de arrogância.
Fez se um silêncio absoluto no ambiente, todos pararam para observar, não era sempre que um convidado aparecia desta forma. Cada olhar tinha um brilho especial de indiscreta curiosidade. Um frêmito de instintiva de receio, como uma corrente elétrica, vinha à face de todos aqueles cães de focinhos molhados ali assim perante um só homem, cuja palavra trazia sempre o cunho áspero do inovador.
Conversaram – ah como conversaram – forá quase um dia inteiro de bate papo entre homem e animal. Ambos igualmente respeitosos, mas em níveis completamente distintos de sabedoria. O Ancião tinha sobre seus bigodes as respostas para quase tudo que se pudesse ter curiosidade. No começo, exitou, foi devagar soltando seu conhecimento um pouco mais a cada passo que dava em direção ao coração do sujeito. Somente quando havia a total e irrefutável certeza de suas intenções benevolentes é que o cão começou a revelar o que Yusuke realmente procurava. O poder natural.
Era realmente algo único, talvez algum tipo de ensinamento ancestral, algo das antigas. Não era to tipo de habilidade que você encontraria sobre a estante de uma biblioteca, ou então trancado dentro de uma mente simplória. Exigia muito da mente, do corpo e do espírito. Algo que você só conseguiria encontrar por aqui, do outro lado do mundo.
Seu treino rigoroso iria começar. Saiu de sua posição calma e relaxada para seguir o ancião até a área abrangente para o tipo de coisa que iriam fazer. Podia-se ouvir seus passos, vagoroso igual ao de uma sentinela noturno. O Ancião continuava passeando alguns metros à sua frente, com tudo correndo as mil maravilhas naquele pequeno mundo perdido. Atravessaram uma galeria de selva, algumas fileiras de cipós e chegaram ao destino, nos dois sentidos da palavra. Yusuke era destinado e abençoado a estar ali.
A luz intensa do Sol caia do alto, pondo brilhos de cristal fino na calmaria aconchegante da floresta. Um calor forte e asfixiante penetrava a carne, acelerando a circulação, congestionando e irritando implacavelmente. Por mais que isso pudesse atrapalhar a primeira etapa de seu treino, ainda sim era algo emocionante, tinha aquele Q’ de impressionismo. Sua primeira meta era a concentração incensada por um tempo limite, ou melhor, um limite indefinido por sinal. O Hokage não tinha a menor ideia de quanto tempo precisaria ficar ali, mas ficaria o tempo que precisasse. O Ancião o observava e não havia estipulado uma meta para sua capacitação mental. Suas únicas menções eram “torne-se um só com a Natureza”, algo assim, porém mais indecifrável e gaguejado.
Toda atmosfera parecia vibrar num incêndio universal silencioso.
E as folhas, largas e frouxas, a bater, a bater como uma coisa desesperada...
- Calmaria estúpida! – Pensava o grande governante da aldeia da folha enquanto tentava se focar nos horizontes de sua mente, suas ilhas isoladas e perdidas, mais longínquas que sua imaginação podia imaginar. Ele, com todo aquele entusiasmo gigante a pulsar-lhe pelo corpo, a esperar o passar do tempo, sem fazer nada, não costumava ligar e se irritar com estas coisas, pelo contrário, sempre forá ótimo em manipular o tempo e tranquilidade em sua própria cabeça. Mas não agora, por causa de do diabo de vento assoprando as folhas, o som infernal de marasmo do mar levitando sobre a praia, o maldito sangue pulsando sobre suas veias e seu coração encabulado em continuar a bater cada vez mais alto. Aqueles pássaros boçais não paravam de flutuar dançando pelo ar.
- Mas que diabos é isso??!! – refletia consigo enquanto começava a se dar conta do que se passava ali, o quão incrível sua presença si tornava. Parecia e agia como um só com a Natureza, sentia suas veias enraizadas sobre o solo, sua audição carregada pelo vento e sua mente como uma existência aprimorada de si mesmo. Não havia se dado conta, mas tinha atingido o ápice do controle sobre sua própria mente.
O Ancião o interrompeu. Havia de ter completado sua jornada através dos obscuros caminhos de sua própria leiga onisciência. Ele logo começou um longo discurso onde as palavras “Esforço e Persistência” repetiam-se, fez um sinalzinho com a cabeça, e logo Pakkun retornou para perto de seu dono, perto mesmo, o suficiente para deitar sobre seus cabelos grunhidos que mais se faziam de ninho para o cão. Um lar. Quente, confortável e seguro.
Outro guarda ali se achava também, há vinte e tantos metros do discípulo espiritual. Um cão alto, robusto e imponente, quase do tamanho de um homem adulto. Negro, muito negro, daqueles que mais se pareciam com vultos mal assombrados durante a noite. Ombros largos e musculatura avantajada, uma mescla de animal de monstro, olhos brancos, alvejados como a mais pura neve, mais temíveis como o mais cintilante inferno.
- Este é a segunda e última parte do seu desafio. O encare sem perder a comunhão com a natureza. – Ordenou o Ancião.
- Vou tentar não machuca-lo... – retrucou o homem enquanto tecia um selo sobre as mãos.
- Pare! Sem artimanhas. Apenas homem e animal. – exaltou o cão novamente, com o ímpeto ar de autoridade, como um mestre para seu aluno.
- Se é assim não vou decepcioná-lo. – Esbravejou novamente o Hokage. Tomou posição de combate, arqueando a coluna noventa graus, esticando os braços de mãos fechadas, duras como pedra, versáteis como aço. Sua mente focada, na criatura abominável e no seu próprio interior. Afinal, não podia se dar ao luxo de relaxar sua concentração nem por um instante, em contraparte, isso o ajudava, mantinha seus instintos aguçados como nunca.
Pakkun sobre sua cabeça tinha um papel importante, de alguma forma parecia canalizar toda aquela tensão espiritual à sua volta, quase como um catalisador.
Se entre olharam por mais de um minuto, antes do ringir final de dentes do monstro à sua frente. Partiu em direção do infeliz homem que escolheu testa-lo, suas patas largas e pesadas rasgavam o chão por onde passava. Mesmo com todo aquele tamanho ainda conseguia ser rápido, mais rápido do que o Kage podia antecipar. Saltou com suas garras na direção do pescoço do rapaz que só teve a chance de esquivar entortando seu corpo para o lado da forma mais desajeitada que conseguia. Mas não o evitou por completo. As unhas impiedosas rasgaram a carne de seu peito fazendo o sangue quente e vivo jorrar para fora manchando o chão puro de grama verde.
- Que absurdo de criatura veloz, pro inferno com este bicho! – Se preocupava em seus pensamentos. O povo a sua volta jazia ali, afastado, apenas admirando o espetáculo sangrento que rolava.
Tomou para si mais força do que realmente tinha, e na segunda investida, segurou a besta pelo punho evitando suas garras, mas não sua mandíbula, esta que continuou tentando abocanhar seu pescoço convidativo. À distância o salvou. Aqueles dentes batiam ferozmente há apenas alguns centímetros de sua carne, sua saliva derramava entre eles escorrendo até o corpo do rapaz, era quente e pegajosa, uma nojeira à parte.
A cada segundo que se passava manter o foco em si e no oponente ao mesmo tempo se tornava mais difícil.
-Forçaa! Resista! – Implicava Pakkun estando sobre sua cabeça. A cada novo ataque, a cada nova investida Yusuke se contorcia todo, horas por dor, horas apenas por desespero. A cada golpe acertado sobre seu corpo lhe escapava um gemido tremulo que ninguém ouvia a não ser ele mesmo em sua aflição de dor. Haviam vários cortes rasgados em sua carne, mais sangue no chão do que ainda pulsando em seu corpo, mas Yusuke perseverou.
- Ele é realmente humano?! – Se perguntavam eufóricos a quem assistia na comodidade da segurança, o rapaz vindo de Konoha não era comum, não desistia e conseguia perseverar além de qualquer capacidade humana. Sua insistência forá recompensada, quanto mais concentrado conseguia se manter mais forte parecia ficar. Seus dentes rangiam um contra o outro como se lutassem entre si, era um aperto estridente que ruía até mesmo de longe, seus caninos se aguçaram se tornando gradativamente mais pontudos e afiados, suas unhas os seguiram crescendo como se si retraíssem de dentro de seus dedos, unhas não, garras. Seus olhos se dilataram e se tornaram tão selvagens quanto à criatura que enfrentava, até mais se você reparasse bem, seus sentidos se aguçaram, suas habilidades se aprimoraram e marcações especiais lhe surgiram pelo corpo, o sinal definitivo de que havia entrado no modo Sennin! Rugiu para a lua sendo seguido por todos que estavam ali, sua transformação estava completa.
O monstro investiu mais uma vez, mas Yusuke já não era apenas Yusuke. Enxergou lhe como se si movesse em câmera lenta, antecipou suas presas e as segurou firme novamente pelo pulso, dobrou os joelhos ficando abaixo da criatura e em um súbito movimento o ergueu sobre seus ombros. Um feito quase tanto inédito, aquele animal sustentava sobre sua carne quase uma tonelada de massa. Em seguida o arrebatou de volta contra uma árvore, o animal se feriu, mas logo soltou um latido quase fraterno aos ouvidos do Hokage. Era um parabéns.
Mas algo estava errado, sal feição continuou selvagem e distante, já não parecia humano. Pakkun sobre sua cabeça compartilhava do mesmo sentimento, era como se estivessem ligados. Seus olhos dilatados e distantes não enxergavam a razão e a energia natural ensandecia o jovem homem de Konoha. Seus punhos se cerraram e mais um ruivo foi ouvido em direção dos céus, o homem havia se tornando uma besta. Os cães se tornaram apostos, entraram em posição de guarda e em uma sucinta união pularam para cima de Yusuke na falha tentativa de contê-lo. O rei louco era incontrolável e com um único e abafado movimento arremessou todos de volta para longe, nem mesmo a criatura feroz de antes podia fazer frente diante sua fúria. Seus olhos se tornaram vermelhos e animalescos, os ecos de seus gritos de dor transitaram por toda a floresta, era como se todo aquele poder lhe cortasse a carne de dentro para fora, algo pra’ lá de insuportável.
Yusuke se abaixou sobre o chão debruçando até parecer um cão, ou melhor, um lobo. Olhou para os cães desesperados em sua volta enquanto rangia de fúria. A energia espiritual se estendeu por todo seu corpo. Yusuke estendeu o braço à sua frente e dele começou a emanar uma estranha energia azulada que girava em forma espiral, aos poucos, a energia cresceu e dobrou de tamanho e continuou aumentando. Quanto mais crescia mais deformada se tornava. Seu poder e massa eram tanta que Yusuke até mesmo afundou alguns centímetros do chão sobre seus pés, forçando a terra a regredir e se comprimir à sua volta.
- Não...Não faça isso!! Temos que para-lo! Essa coisa vai destruir tudo! – Gritou de desespero o Ancião que compreendeu a vastidão da energia que o Hokage condensava, era como se mais um chakra se juntasse e ressonasse ao mesmo tempo criando algo imprescindível.
- Onde eu estou?! O que estou fazendo? Pakkun é você? – Yusuke não estava ali, seu espírito estava perdido em algum lugar dentro de sua própria mente, trancado e sozinho. Ouviu um latido familiar distante, era seu cão, um latido que o guiava por caminhos escuros até a saída de sua própria cabeça.
Seus olhos tremularam, e com um piscar voltaram ao que eram no inicio, apáticos, mas o brilho da razão tomou seu lugar de volta. Quase não havia mais tempo e o peso daquela massa de energia começava a tornar-se insuportável, aquilo iria explodir!
- Drogaa, o que é que eu faço com isso???!!! – Esbravejou ferozmente enquanto articulava cada músculo do seu corpo para cima, o esforço era tanto que sua carne parecia que ia rasgar. Num movimento desajeitado e sem elegância conseguiu arremessar aquela esfera súbita cheia de destruição e morte para o ar, e la em cima um grande BOOOMMM aconteceu! Com força o suficiente para toda a ilha tremular como se fosse roer a qualquer instante.
- Me-me desculpe... – Lamentava o rapaz que tinha sua humanidade devolvida quase intacta.
- Não há o que se desculpar. Este era um risco que sabíamos que ia ocorrer. No final, você superou sua própria selvageria. – o Ancião dizia enquanto se aproximava.
- Mas eu quase matei a todos! – Continuava a se martirizar.
- A sua humanidade venceu. Você dominou e controlou seus instintos naturais, se provou digno de usufruir da grande mãe – se referindo à energia natural – Não há o que lamentar. Esta claro que você ainda precisa praticar sua concentração e autocontrole, mas se provou um grande guerreiro ao vencer seus próprios instintos. Você já não é mais apenas um humano, agora você também é um lobo! – Esbravejava com um olhar de honra e orgulho para o jovem rapaz ajoelhado.
- Eu não sei o que dizer... Eu dar o meu melhor e prometo que jamais perderei meu controle novamente! – O Diálogo seguiu por este rumo, até que inevitavelmente o Kage desmaiou de cansaço.
Ficou à deriva do sono por dia até vir a abrir os olhos novamente. Seu corpo ainda doía, há como doía. Mas no fundo descobriu um sentimento de orgulho, dever e honra. Havia adquirido o poder da energia natural.
"Let's go Howl to the Moon"
- Status -
OFF
° Eu escrevi 3500 (+ ou -) palavras de treino. - Habilidades aprendidas 7/7:
Sennin Mode(Modo Eremita)
Quem Usa: vários usuários.
Rank: S
Descrição:Os praticantes de Senjutsu aprendem a atrair a energia da natureza dentro deles, misturando-a com o seu próprio chakra (criado a partir da energia espiritual e física dentro do shinobi). Isso acrescenta uma nova dimensão de poder de chakra sennin, resultando na criação do "Chakra do Senjutsu". Este chakra não pode ser visto por alguém, se não aqueles que foram treinados em senjutsu. Este novo chakra permite ao usuário entrar em um estado poderoso chamado Modo Sábio, que pode aumentar drasticamente a força de todos ninjutsu, genjutsu e taijutsu. Uma pessoa que é capaz de usar senjutsu é chamado Sennin (仙人, Sábio).
Minha nota: Ao utilizar meu modo Sennin, por mais que seja apenas o domínio comum da energia, eu adquiro algumas marcas de tinta e algumas características animalescas de um lobo. (Apenas para estética).
Taikyoku Rasengan(Rasengan Supremo)
Quem Usa: Naruto Uzumaki em conjunto com Minato Namikaze
Rank: ESS
Primeira Aparição: Naruto Shippuuden Filme 4: A Torre Perdida.
Descrição: A forma suprema do Rasengan. Apesar de ser deformada e sem a aparência de uma esfera, seu poder é imensurável. Juntando o chakra de duas pessoas que se combinam (normalmente parentes, como pai e filho no caso de Naruto e Minato), dois rasengans podem ser combinados e expandidos devido à ressonância dos chakras. O Rasengan fica enorme e cria um manto de chakra giratório ao redor do corpo do usuário, protegendo-o de tudo. O poder do Rasengan Supremo é tão grande que foi capaz de destroçar uma marionete gigante, deixando-a em pó.