Campo de Treino - porcelain doll

Seu relógio biológico forçava o organismo a sair do transe que era o sono matinal, entre o mundo dos sonhos e o mundo real levantou sonambulamente e começo a andar em direção ao banheiro, foi quando automaticamente apalpou a parede em busca do interruptor para poder acender a luz do cômodo.  Ela tomou sua ducha e começou a se arrumar, pois devia ir em direção ao bosque buscar vestígios de alguma quebra da barreira de Konoha, ela se recusava a admitir que Sagan havia se matado.

Quando estava prestes a sair de casa foi que ela reparou que algo estava diferente do costumeiro, olhando para o céu se deu conta que estava escuro ainda. Voltou para o quarto e olhou para o relógio, eram 8h da manhã.

-O que estava havendo?

Colocou a mão na cintura enquanto pensava no que poderia ter acontecido. Provavelmente o relógio estava errado, mas ela não estava se sentindo cansada ou algo do tipo, tirando a iluminação tudo parecia transcorrer normalmente.

-Será que é seguro sair daqui?

Murmurou em voz alta enquanto sentava na cama e manipulava sua kunai. Ficou alí por alguns minutos até que começou a prestar atenção nos ruídos de fora, muitos gritos vinham da rua e ela foi tentada a colocar a cabeça pra fora da janela. Haviam poucas pessoas na rua pro horário que deveria ser, mas a balburdia estava criada. Nas casas pessoas choravam, gritavam e clamavam a Deus.  Sentia que realmente algo não estava no lugar, mas apocalipse? Aquilo já era demais, então, um pouco irritada com a barulheira que a impediria de dormir pelo resto da “noite” resolveu levantar e procurar por respostas.

Chateada com a situação em que se encontrava, só podia pensar em uma coisa: Guerra.

Mesmo que fosse apenas um eclipse solar comum, qualquer situação anormal poderia ter sido criada por Kiri ou quem sabe Iwa. Um pouco receosa  Yuno tinha certeza que as respostas estariam nas mãos dos mais influentes, mas ela não tinha muitos contatos fora de Konoha.

Enquanto andava pelas ruas começou a se dar conta de que seria ridículo se envolver naqueles problemas, mas se fosse algo feito pelos por ninjas inimigos, quem que poderia ter poder para tal fenômeno natural? Bom deveria ser obra de alguma Bijuu com certeza.

Seu raciocínio tendencioso foi o suficiente para fazer a garota modificar os planos do seu dia, ao invés de ir em direção aos pontos da barreira de Konoha foi ao encontro do portão, ela iria caçar os jinchurikis um a um para descobrir o que havia ocorrido.

O térreo estava uma bagunça, milhares de desesperados  e pessoas correndo facilitaram a passagem de Kate sem ser notada. Andando naturalmente ela chegou a saída. Ela preferiu não usar o elevador, e seguiu para a esquerda em direção a escada de emergência.

- Melhor levar um esporro do Hokage à  ficar parada nesse campo de minado.

Preparada para sua jornada a menina foi para fora da vila, mas ao contrário de encontrar as densas florestas de Konoha, se deparou com a entrada da cidade da vila da nevoa, aquilo era bem estranho, o que havia acontecido? “será que dormi enquanto corria?” pensou piscando varias vezes os olhos para ter certeza de que era a realidade, mas sim parecia que ela já havia chegado
.
-Ótimo, assim acabo com esse eclipse de uma vez...

Sussurrou para si mesma enquanto desfilava em direção aos guardas da entrada. A ultima coisa que ela parecia era uma ninja, pois escondia a bandana dentro de suas vestes para não ser notada, e dava graças a deus por isso.

- Autorização?

Um shinobi careca perguntou secamente quando garota de olhos vermelhos  chegou a dois metros de distância dele.

-Er, eu esqueci a minha em casa, sabe como é, hoje não é um dia normal essa escuridão está me assustando.

-Sem autorização, sem acesso.

O segundo disse dirigindo o olhar para a garota que já irritada colocou a mão na cintura.

-Ok, vamos fazer o seguinte, vocês me deixam passar e quando eu conversar com meu supervisor ele te manda uma aviso ou coisa do tipo.

O sorriso amarelo de Clarisse pareceu não convencer os guardar troncudos. O primeiro mercenário deu um passo e frente e encostou no ombro dela.

-Vou te acompanhar até os limites da nossa vila senhoria, afinal, todos os trabalhadores receberam o dia de folga por causa da anormalidade. Só a anbu e o escritório do Hokage está tabalhando.

O sorriso da garota broxou, e séria, ela colocou a mão esquerda por cima da do mercenário.

-Somente o Hokage- Sama encosta em mim seu careca sem graça.

Disse enquanto apertava sua kunai com a mão esquerda no seu bolso. Aproveitando que o guarda, mais  próximo dela não havia desembainhado sua espada ela logo acertou a sua barriga com a arma ninja o impedindo de usar a espada.

Aquele tempo foi o suficiente para o segundo guarda tirar sua espada e correr na direção da garota que ao perceber tomou propulsão com o chakra concentrado em seus pés e pulou para traz, querendo evitar chamar atenção ela concentrou o chakra em sua mão e correu até ele o mais rápido que pode e socou a espada a quebrando ao meio

-Vocês realmente acham que esse estilo samurai fica legal com nesses tempor modernos? Isso é tão primeira guerra shinobi.

Disse com desdém enquanto segurava a metade que restou da espada do adversário, por fim venceu o cabo de guerra e enfiou a espada quebrada no peito do homem que caiu no chão sangrando. No entanto o guarda com a kunai na barriga ainda tinha a audácia de tentar atacar, Mas ela já esperava por isso e ficou parada esperando ele atacar, quando ele se lançou para frente com sua espada ela deu um passo para o lado fazendo e passar direto e pegando duas shurikens de sua bolsa ninja cravou nas costas dele, no entanto era um Kage bunshin o que a deixou um pouco confusa, por fim o verdadeiro saiu no meio da nevoa, ela não esperava que ele ainda usasse jutsus, pois estava gravemente ferido e então O ninja inimigo se jogou contra ela com a espada, assustada ela parou o ataque com uma kunai, mas a força do golpe a fez cair no chão com ele por cima da jovem shinobi de Konoha. O homem era muito forte e ela não esperava isso, então ela começou a chorar.

-Eu só achei que a gente ia morrer por causa do apocalipse, não quero morrer hoje.

Disse choramingando. O guarda surpreso com a reação ficou encarando a menina que se aproveitou disso e o jogou para longe com um chute de taijutsu.

- Otário.

Observou o corpo inconsciente do inimigo no chão e passou por cima entrando na vila, ela já sabia que o escritório do kage estava funcionando e que os Anbus estavam trabalhando, por isso cautelosamente avançou vila a dentro, a situação era mais tranquilo que em Konoha e isso os fez parecer mais culpados ainda ela começava a ter certeza de que eles eram os verdadeiros culpados.

Enquanto se dirigia para o prédio onde o mizukage estava ela lançou kunais nas câmeras de segurança quebrando-as para assim impedir que guardassem alguma imagem .

Ao chegar no prédio ela já esperava  os guardinhas então nem quis conversar, já estava  alerta para somente eliminar os obstáculos; atirou Kunais contra as 4 câmeras do corredor.  Os guardas perceberam e obviamente correram em sua direção, mas ela abaixou e quando encostou o punho no chão a terra se abriu devido o impacto de força fazendo todos os shinobis se desesquilibrarem levando-os ao chão.

Ela correu por entre as fendas de pedra e alcançou o segundo andar. Quando apareceu no corredor pode  ser recebida com uma de senbons, rapidamente se escondeu numa parede que tinha um vão para uma entrada qualquer enquanto se dava conta de que seu braço direito sangrava.

-Mas que merda fui pega de raspão.

Apertando o braço direito com a mão esquerda ela se concentrou e pensou em como passaria por guardas armados.

- Talvez se eu achasse um ducto de ventilação ou algo do tipo...

Então olhou para cima e achou uma entrada suspeita, saltou e entrou ali sem muitas dificuldades e sem ser vista pelos guardas, andando pelo teto  ela parou quando pensou ter chegado no fim do corredor. Olhou por entre as frestas  e percebeu que estava parada logo atrás dos guardas que agora começavam a andar para frente tentando achar a intrusa, no caso a jovem Uchiha. Sorrindo, tentou não fazer barulho enquanto retirava a tampa do ducto. Seu braço doía demais, só que a adrenalina era suficiente para tornar a dor aturável.

Pulou no chão e logo fez o selos necessários para lançar sua bola de fogo no corredor, o ambiente fechado permitia que a bola se moldasse no corredor aumentando o alcance, além da potência, atingidos pelas costas a garota nem se importou em mata-los apenas subiu para o terceiro e ultimo andar.Ao chegar no topo, só estava a uma porta da resposta, a porta do gabinete do Mizukage, respirou fundo e entrou.

-Olá.

Disse quando abriu a porta, mas Lelouch com seu sharingan ativado e com uma kunai apontada para o seu pescoço penas revirou os olhos.

-Olá Yuno.

-Você por acaso já sabia que eu viria?

-Sim, os seguranças me informaram assim que vc passou pela entrada da vila.

-Mas se você sabia por que não mandou mais guardas, porque  tinha aqueles seguranças nos andares?

-Ah, eles são os novos gennins que acabaram de se formar, aproveitei para fazer uma simulação com eles. -A gargalhada do Mizukage um pouco insana para a garota – E com você.

-Eu?

-Não é você a menina que dizem ser o prodígio de Konoha?

-O que tem a ver?

-Nós de Kiri gostamos de testar nossos inimigos.

Foi tudo que ele respondeu sobre aquele assunto. Depois que o chefe  disse aquela frase  cerca de 6 guardas apareceram na sala, algemaram a jovem shinobi e como uma espécie de tapa de luva levaram a sua bandana de konoha.

- Não se preocupe com o sol Criança, ele estará de volta no lugar amanhã cedo.

Yuno pode ouvir enquanto  era carregada para fora da sala da líder da vila.  Tinha sido realmente fácil demais chegar até ela, será que aquilo era uma espécie de reconhecimento? Teste? Será que eu estava apta apta para alguma coisa? Mas o que? Ela só pensava na tortura seguida de morte.

- Senhorita Uchiha?

A secretária me parou quando os mercenários me soltaram na parte de fora do prédio.

-Aqui está, sem banho de rio durante um mês esse é o seu castigo por não conseguir se livrar de um simples Genjutsu...

A voz da mulher foi se tornando mais forte e masculina e então ela viu que era na verdade Hokage-Sama seu Sensei.

Abriu os olhos e estava de volta no campo de treinamento, suada, com dor em todo o corpo e gotalmente sem chakra, apesar de ser uma ilusão parecia ter de alguma forma sido real.

-Me perdoe Hokage-Sama, na próxima não serei pega.

- Vamos ver então pequeno gafanhoto...

A menina olhou para ele sem entender o que o sensei falava, porque na verdade ele havia colocado ela em outro genjutsu. Mas ainda estavam na área de treino até que ele ativou seu sharingan, pera, sharingan? Desde quando o Hokage era um Uchiha? Mas a menina não conseguiu colocar para fora sua observação , pois ele havia usado o kamui nela...

“No norte de Konoha, onde as Montanhas Altai beijam o céu congelado, havia uma caverna criada por um povo antigo, mas há muito tempo esse povo que habitava as mais profundas cavernas foram exterminados, mas o sistema de defesa sempre estivera ligado para exterminar todas as pessoas curiosas. No entanto no fim das armadilhas haverá uma bela recompensa gafanhoto...”

A voz do seu professor ecoava na cabeça da garota. Enquanto a menina observava a  caverna que terminava num espaço redondo com uma coluna, envolta da coluna era preenchida com uma escada até um templo no topo da coluna, entretanto a parede dessa área era preenchida com estátuas de ouro e por todo o chão tinha labirinto formado por paredes de rochas, porém o mais interessante eram as armadilhas que foram feitas do inicio da caverna até o templo, elas só poderiam ser desativadas por um de seus monges e Kate não era um monge com certeza e por isso a jovem Uchiha deveria enfrentar o frio extremo da caverna com suas roupas de verão e chegar ao fim para receber a tal recompensa. Isso na verdade a  divertia porque a jovem gennin amava  lutar e fazer amizades com todos.

Enquanto Katerina caminhava a primeira armadilha da caverna foi ativada, uma parede caiu na frente e atrás, impossibilitando de adentrar ou sair da caverna , dezenas de buracos surgiram nas paredes com pontas de flechas em chamas. - Esse truque não funciona comigo– A garoa falou enquanto dançava desviando das flechas e elas simplesmente se chocavam na parede enquanto ela desviava uma a uma até que o fogo cessou.

-Sem um arranhão ... – A menina se gabou pensando que o professor a estaria observando, mas então um barulho fez ela olhar para a perna, a bandana que estava amarrada caiu pois uma das flechas tinha passado de raspão e cortado o pano. – Quase sem nenhum arranhão.- Concertou, mas pareceu patético ao invés de autoconfiante.  Ela podia ver dezenas de flechas perfuradas no chão e nas paredes, mas era apenas o começo, as paredes começaram a fazer um barulho estranho, elas começaram a andar em direção  a garota  com intuito de esmagá-la. Um puzzler surgiu na parede, ele era triangular preenchida com peças de traços que formariam um simbolo. -Eu não lembro de treinarmos raciocínio também, isso é coisa pro seu clã sensei - Seus olhos encontraram nada além de confusão em si,  pois não entendia no porque daquilo ser algo útil em uma batalha, mas rendida pelas paredas que cada vez mais se aproximavam a garota  começou a tentar resolver o puzzler. A cada segundo a parede estava menos distante da Ninja, ela varria tudo que estivesse na sua frente para esmagá-lo, seu suor escorria pela testa tentando resolver o puzzler. Os traços formavam várias figuras geométricas, mas nenhuma surtia efeito nas paredes, faltava uns cinco metros para chegar na garota. - Pensa... Pensa... – A garota  estalou os dedos pensando em algo que original, moveu as peças até os traços se conectarem e formarem um triangulo, porém  faltou  a única peça com um desenho do  dragão de gelo. Faltando 2 metros para a parede esmagá-la, rapidamente Kate moveu a peça para o topo da pirâmide, após movê-la a peça fez um barulho de ''Taaac'' e ficou azul como uma safira - Finalmente ! – A ninja  apertou o botão e uma porta se abriu na parede que ia esmagá-lo, entretanto no momento em que as paredes se chocaram a jovem shinobi da folha se jogou diante a porta, caindo com tudo do outro lado, levantando  do chão empestada de poeiras da cabeça aos pés. -Por isso que odeio puzzlers, nessas horas é o senhor que tem que assumir. -  Irritada com o treino “mental” adentrou na caverna, ela era escura e úmida, mas nada se comparava com o seu cheiro.

Seus olhos enxergaram uma luz no fim do túnel, finalmente um sinal de esperança para não enfrentar mais algumas armadilhas suicidas, mas para sua alegria ela havia se deixado levar pela esperança e distraída pisou em uma armadilha. O chão estremeceu de uma forma assustadora,  e a pedra em baixo dos seus pés abaixou, ao seu redor via o chão esfarelando, surgindo um absimo onde antes era chão,  mas a garota não devia se desesperar, devia fazer algo ou  cairia no mais profundo poço.  Suas orbitas dilataram ao ver a profundidade do buraco, sem pensar duas vezes, a menina concentrou o chakra na palma das mãos e começou a correr, pois realmente dependia sua vida estava dependendo disso. O chão caia muito rápido para a garota  e ela não ia alcançar o fim dessa armadilha, mas não importava o quanto fosse o tamanho do desafio, ela era uma Uchiha, não poderia desistir mesmo que morresse. Infelizmente antes dele chegar no outro lado, o chão deixou de existir e se tornou a mais pura escuridão, A ninja  sem desistir  pulou do ultimo chão que  restava puxando sua kunai  para perfurar a parede do outro lado. Seu punhal perfurou em cheio a parede, ela se segurava com uma mão, o peso do seu corpo preso por uma Kunai não iria ser sustentado por muito tempo e a garota teve a certeda quando a parede começou a rachar, era impossível ver o fundo do buraco, então com a mão livre ela fincou outra kunai para dividir o peso, no entanto aquilo só a deixava imobilizada.

“Pense Kate... “

A voz mais uma vez a invadiu, Aquele professor podia parar de só ficar observando e dando desafios e quem sabe dar uma mãozinha né, mas isso seria trapaça e ela preferiu encontrar uma saída por si mesma.

-Já sei.

A menina sorriu e com seus braços latejando pela posição ela simplesmente soltou uma das mãos e pegou uma kunai nova, então cravou a kunai na mão que sustentava o peso do seu corpo, aquilo havia doído pra caramba mas foi o necessário para ela acordar.

Estava de volta no seu campo de treinamento e o Hokage parecia satisfeito com o sucesso. Mas a menina olhou séria, parecia chateada.

-Levarei a metade do tempo na próxima vez, pode ter certeza disso.

Abriu a boca quando finalmente levantou da cama , era o primeiro dia desde que havia recebido sua tão esperada bandana e mesmo assim ela não sentia nem um pouco de entusiasmo, era uma gennin, mas ainda era uma inútil. Suspirou enquanto fazia seu ritual matinal e se aprontava paras sair de casa.  Andava pelas ruas com uma vagarosidade inabitual, talvez fosse a certeza de que aquela bandana não havia mudado em nada seus poderes, era a mesma Yuno de antes, por isso precisava treinar.

Preguiçosamente entrou no campo de treino costumeiro, ela não sabia muito bem o que fazer, pois nem mesmo sabia qual elemento possuia, isso elemento. O seu sensei havia deixado com ela uma folha para testar o elemento. Rapidamente procurou em sua bolsinha ninja e encontrou o pedaço de papel. Concentrou o chakra e derrepente a folha se esfarelou e virou poeira...

-O que isso quer dizer?

Olhou confusa pra mão que não tinha mais nada, a garota não havia prestado muita atenção no que seu sensei havia dito depois que entregou o papel a ela e agora a menina tinha que se esforçar para lembrar.

-Lembrei!

Falou estalando os dedos, se o papel se desintegrasse significava que o seu elemento primordial era o Doton. Então ela  concentrou-se pensando no que gostaria de aprender primordialmente.

-Seria interessante ter alguma espécie de ataque...

Então fez os selos de mão que já estava acostumada a fazer para tentar dominar a terra em baixo de si, Quando acabou concentrou o chakra em seu corpo e pôde sentir uma parte da energia escapando para o ambiente, em sua mente imaginou varias estacas de pedra, Mas o que surgiu, foi uma única lâmina de pedra que saíra do chão.

-Mas que coisinha inofensiva, eu precisaria de uns 15 desses pra machucar um ninja experiente...

Tentou novamente e dessa vez pôde sentir mais chakra escapando de si, em questão de segundos milhares de laminas de pedra saíram do chão como espinhos em varias direções a cerca de 5 metros da ninja que um pouco suada sorriu.

-Só preciso refinar a mira e condensar mais os espinhos para que cause um dano bem alto caso eu precise lutar com alguém...

A  menina permaneceu repetindo o jutsu na tentativa de aumentar o numero de espinhos, além de fazer com que surgissem de forma praticamente instantânea do local que ela mirava.

Quando cansou sentou-se na grama do campo e logo em seguida deitou observando o céu, certamente aquele era uma bom jutsu, mas ela não gostaria de ser aqueles ninjas de um jutsu só, precisava pensar em outra técnica, alguma técnica que aprimorasse sua defesa viria a calhar, mas o que? Pensou durante algum tempo olhando para as nuvens, formulou diversas lutas em sua mente, realmente ser atingido por um taijutsu era um golpe que a menina não gostaria de sofrer, e ela era lenta demais para desviar, se ela não possuía velocidade o mais sensato seria criar um jutsu que permitisse bloquear um ataque de taijutsu, mas como?

Por outros longos minutos continuou deitada pensando em todos os tipos de defesa que poderiam existir com doton, mas barreiras iam demorar demais para serem feitas, a menina precisava de algo mais passivo...

“E se eu pudesse deixar o chakra emanando do meu corpo e ao contato ativar uma habilidade...”

Ela pensava animadamente, pois estava chegando numa solução, ergue-se tentando colocar em prática no que pensou, saiu de perto da clareira e foi até as árvores da floresta que beiravam o campo de treinamento de Yuno. Deixou o chakra fluir e começou a andar por entre as árvores, os galhos que esbarravam na garota tornavam-se pedra conforme ela avançava, sim aquilo ia ser muito bom. Feliz com seu avanço na manipulação do doton ela pensou em continuar a treinar o dia inteiro, mas como os ninjutsus eram novos ela perdia bastante chakra.

-De que adianta ser capaz de fazer esses jutsus se não tenho chakra para executa-los desmedidamente?

Chateada seguiu para casa afim de recuperar-se e continuar seu treino no dia seguinte, no entanto a ciência da pouca reserva de chakra que possuía fez com que a garota permanecesse inquieta. Desviou o caminho de casa para biblioteca do centro da cidade e começou a ler livros na tentativa de descobrir algum jutsu que aumentasse seu chakra, um pergaminho especializado  em doton tinha descrição de uma técnica que permitia aos usuários de doton criarem uma barreira que prenderia seus inimigos dentro,  essa técnica poderia ajudar a jovem ninja pois todo chakra gasto dentro da prisão de terra iria ser convertida em chakra para o seu criador, no caso Yuno.

- É disso que eu preciso, prende meus inimigos e ainda suga chakra para mim.

Ela decorou cada palavra do pergaminho e foi para casa, no caminho repetia as palavras do pergaminho e fazia os selos necessários para a ciração da prisão de terra, mas como não tinha chakra suficiente não tentou reproduzir o jutsu, somente antes de dormir na sua cama que ela automaticamente tentando lembrar de como se fazia o jutsu conseguiu reproduzi-lo com o chakra reestabelecido. Mas havia sido sem querer.

-Ops.

Falou olhando para a sala da sua humilde casa, Agora dentro da sala de yuno havia uma grande bola de pedra que por pouco não havia destruído seu telhado. Olhou aterrorizada, no dia seguinte teria que chamar alguns conhecidos para tirarem aquelas pedras de sua sala e levarem para fora de casa, afinal era muita coisa para ela fazer sozinha, mas e se ela esperasse até o dia seguinte e aquelas pedras despencassem e terminasse de destruir os alicerces de sua humilde casa ? ela poderia até morrer enquanto dormia.

Pensou por alguns instantes, se conseguisse fazer clones de pedra trabalharia em equipe com as cópias de si própria e terminaria hoje ainda sem ajuda de ninguém, concentrada, tentou replicar seu chakra em duas cópias, instantaneamente dois clones começaram a surgir do chão primeiramente meio enlameados, mas logo depois eram idênticos a Yuno,empolgada tentou fazer mais dois, e seus clones fizeram mais dois. No fim haviam 9 garotas idênticas e elas rapidamente começaram a trabalhar colocando as pedras com cuidado no quintal da sua casa. Após algumas horas não havia mais pedras na sala da jovem gennin, e com o fim do trabalho os clones desapareceram.

-Longo dia...

Dizia  se preparando para dormir pela segunda vez naquele dia.

- Vamos ver então pequeno gafanhoto...

A menina olhou para ele sem entender o que o sensei falava, porque na verdade ele havia colocado ela em outro genjutsu. Mas ainda estavam na área de treino até que ele ativou seu sharingan, pera, sharingan? Desde quando o Hokage era um Uchiha? Mas a menina não conseguiu colocar para fora sua observação , pois ele havia usado o kamui nela...

“No norte de Konoha, onde as Montanhas Altai beijam o céu congelado, havia uma caverna criada por um povo antigo, mas há muito tempo esse povo que habitava as mais profundas cavernas foram exterminados, mas o sistema de defesa sempre estivera ligado para exterminar todas as pessoas curiosas. No entanto no fim das armadilhas haverá uma bela recompensa gafanhoto...”

A voz do seu professor ecoava na cabeça da garota. Enquanto a menina observava a  caverna que terminava num espaço redondo com uma coluna, envolta da coluna era preenchida com uma escada até um templo no topo da coluna, entretanto a parede dessa área era preenchida com estátuas de ouro e por todo o chão tinha labirinto formado por paredes de rochas, porém o mais interessante eram as armadilhas que foram feitas do inicio da caverna até o templo, elas só poderiam ser desativadas por um de seus monges e Kate não era um monge com certeza e por isso a jovem Uchiha deveria enfrentar o frio extremo da caverna com suas roupas de verão e chegar ao fim para receber a tal recompensa. Isso na verdade a  divertia porque a jovem gennin amava  lutar e fazer amizades com todos.

Enquanto Katerina caminhava a primeira armadilha da caverna foi ativada, uma parede caiu na frente e atrás, impossibilitando de adentrar ou sair da caverna , dezenas de buracos surgiram nas paredes com pontas de flechas em chamas. - Esse truque não funciona comigo– A garoa falou enquanto dançava desviando das flechas e elas simplesmente se chocavam na parede enquanto ela desviava uma a uma até que o fogo cessou.

-Sem um arranhão ... – A menina se gabou pensando que o professor a estaria observando, mas então um barulho fez ela olhar para a perna, a bandana que estava amarrada caiu pois uma das flechas tinha passado de raspão e cortado o pano. – Quase sem nenhum arranhão.- Concertou, mas pareceu patético ao invés de autoconfiante.  Ela podia ver dezenas de flechas perfuradas no chão e nas paredes, mas era apenas o começo, as paredes começaram a fazer um barulho estranho, elas começaram a andar em direção  a garota  com intuito de esmagá-la. Um puzzler surgiu na parede, ele era triangular preenchida com peças de traços que formariam um simbolo. -Eu não lembro de treinarmos raciocínio também, isso é coisa pro seu clã sensei - Seus olhos encontraram nada além de confusão em si,  pois não entendia no porque daquilo ser algo útil em uma batalha, mas rendida pelas paredas que cada vez mais se aproximavam a garota  começou a tentar resolver o puzzler. A cada segundo a parede estava menos distante da Ninja, ela varria tudo que estivesse na sua frente para esmagá-lo, seu suor escorria pela testa tentando resolver o puzzler. Os traços formavam várias figuras geométricas, mas nenhuma surtia efeito nas paredes, faltava uns cinco metros para chegar na garota. - Pensa... Pensa... – A garota  estalou os dedos pensando em algo que original, moveu as peças até os traços se conectarem e formarem um triangulo, porém  faltou  a única peça com um desenho do  dragão de gelo. Faltando 2 metros para a parede esmagá-la, rapidamente Kate moveu a peça para o topo da pirâmide, após movê-la a peça fez um barulho de ''Taaac'' e ficou azul como uma safira - Finalmente ! – A ninja  apertou o botão e uma porta se abriu na parede que ia esmagá-lo, entretanto no momento em que as paredes se chocaram a jovem shinobi da folha se jogou diante a porta, caindo com tudo do outro lado, levantando  do chão empestada de poeiras da cabeça aos pés. -Por isso que odeio puzzlers, nessas horas é o senhor que tem que assumir. -  Irritada com o treino “mental” adentrou na caverna, ela era escura e úmida, mas nada se comparava com o seu cheiro.

Seus olhos enxergaram uma luz no fim do túnel, finalmente um sinal de esperança para não enfrentar mais algumas armadilhas suicidas, mas para sua alegria ela havia se deixado levar pela esperança e distraída pisou em uma armadilha. O chão estremeceu de uma forma assustadora,  e a pedra em baixo dos seus pés abaixou, ao seu redor via o chão esfarelando, surgindo um absimo onde antes era chão,  mas a garota não devia se desesperar, devia fazer algo ou  cairia no mais profundo poço.  Suas orbitas dilataram ao ver a profundidade do buraco, sem pensar duas vezes, a menina concentrou o chakra na palma das mãos e começou a correr, pois realmente dependia sua vida estava dependendo disso. O chão caia muito rápido para a garota  e ela não ia alcançar o fim dessa armadilha, mas não importava o quanto fosse o tamanho do desafio, ela era uma Uchiha, não poderia desistir mesmo que morresse. Infelizmente antes dele chegar no outro lado, o chão deixou de existir e se tornou a mais pura escuridão, A ninja  sem desistir  pulou do ultimo chão que  restava puxando sua kunai  para perfurar a parede do outro lado. Seu punhal perfurou em cheio a parede, ela se segurava com uma mão, o peso do seu corpo preso por uma Kunai não iria ser sustentado por muito tempo e a garota teve a certeda quando a parede começou a rachar, era impossível ver o fundo do buraco, então com a mão livre ela fincou outra kunai para dividir o peso, no entanto aquilo só a deixava imobilizada.

“Pense Kate... “

A voz mais uma vez a invadiu, Aquele professor podia parar de só ficar observando e dando desafios e quem sabe dar uma mãozinha né, mas isso seria trapaça e ela preferiu encontrar uma saída por si mesma.

-Já sei.

A menina sorriu e com seus braços latejando pela posição ela simplesmente soltou uma das mãos e pegou uma kunai nova, então cravou a kunai na mão que sustentava o peso do seu corpo, aquilo havia doído pra caramba mas foi o necessário para ela acordar.

Estava de volta no seu campo de treinamento e o Hokage parecia satisfeito com o sucesso. Mas a menina olhou séria, parecia chateada.

-Levarei a metade do tempo na próxima vez, pode ter certeza disso.

OLHOU PRO CÉU E AVISTOU UMA NUNVEM COM UM FORMATO DE ROSTO . LOGO LEMBROU DE ALGUEM POIS A NUVEM ERA NARIGUDA IGUAL O NINJA QUE RECORDAVA. Então saiu dali.

Acordou ciente de que iria fazer sua primeira missão, colocoou seu lindo vestido preto e se arrumou para sair de casa, aquele ritual matinal era sempre parecidoe depois de alguns minutos saiu de casa com uma fatia de pão de forma na boca. Entretanto se deparou com uma cena que a tirou do sério. As ruas estavam totalmente enlameadas, o problema de morar numa vila cercada de floresta, era a maldita umidade que impedia a evaporação rápida da água e infelizmente havia chovido naquela madrugada.

Cogitou voltar para sua cama e deixar para concluir sua missão no dia seguinte, saltar por entre galhos e correr iriam deixar suas vestes em um estado deprimente, a garota era fresca demais para se sujar de lama. Deu meia volta e adentrou para sua casa, o problema era que seus superiores iriam ficar muito bravos se descobrissem o motivo do atraso da missão.

-Coragem Yuno, você consegue lavar tudo no tanque depois...

Ela sabia que o dia seria longo, pois depois de voltar do dia de trabalho ainda teria que limpr suas roupas e o chão da casa que ia ficar empesteado de lama.  Então respirou fundo e abriu mais uma vez a porta da frente. Ela desejou com todas as forças que não se sujasse e então uma coisa muito estranha aconteceu, seu Chakra começou a fluir e ao invés de pisar no chão  ela estava pisando no ar.

-Estou levitando?

Forçou seu corpo para cima e como se o ar seguisse seus comandos ela subia cada vez mais, alegremente rodopiou pela vila e seguiu o caminho de sua missão, dessa vez poderia seguir uma rota que nunca a sujaria, a rota dos céus.