Yūki no chikara (力勇気 O poder da coragem)Estava dentro de minha casa. – Que digamos, é um verdadeiro casarão – Estávamos apenas eu e minha irmã; a Luna, que tinha sete anos, uma fofura de pessoa, diga-se de passagem, e tinha um gosto peculiar por jogar videogames, claro que acho super normal, mas é muito mal visto pelos “amiguinhos” dela.
- Oi, Nawa! – Luna disse olhando pra mim do sofá por uma fração de segundos, fazendo uma expressão tão fofinha, mas sem largar o Joystick, e logo voltou sua atenção para o game de F.P.S. - Não fazia importância à falta de atenção em mim, eu só queria sair de lá, e continuava a caminho da porta, e parando próximo a ela, penso: Ela me chamou de quê?
- Ô, Luna! Já não te falei para não usar mais o meu nome Japonês? Depois que nos mudamos pro Blazil... – Tusso coçando a garganta. Odiava esse maldito sotaque japonês -... Mudamos pro BRRRRASIL, terá de me chamar pelo nome de... - Sou interrompido por uma Imponente voz feminina.
- Diogo Aoki Oliveira! Volte aqui! Você vai ficar olhando sua irmã hoje; eu irei ao mercado! – Disse descendo uma senhora, com rugas fortes mostrando sua idade avançada, mas com uma aparência atraente, e uma silhueta que arrasaria coraçõezinhos jovens com uma extrema facilidade.
- Pô Mãe... – Pensei em debater, mas... Em quê daria? Ela é o Legislativo, Judiciário e Executivo da casa, pois é divorciada, e convicta a não se casar jamais -... Está bom.
Diogo Aoki Oliveira. Esse nome tem mais histórias do que eu próprio, mesmo depois de 15 loucos anos. Aoki era o sobrenome de meu Pai, um nome de guerreiro de um Reino que foi tão surrado por envolvimentos desastrosos com relações conjugais, que caiu em um precipício de proporções milenar - Engraçado como "milenar" se encaixa bem com qualquer coisa que seja asiática -, e trouxe a desgraça para todos os povos, e fora extinto da história por ficar tão miserável e desprezível. Logo os integrantes, como forasteiros ou camponeses, se infiltraram em outras nações para tentar recomeçar a vida, e essa é só o início de uma história longa e complexa por esse nome. Ao menos essa é a história que me contaram. Quando vieram pro Brasil, adotaram o nome Diogo, pois era comum do local, e Oliveira porque Aoki significa Árvore verde em japonês, e logo, Oliveira... É uma arvore verde. Meu nome no Japão, era Nakagawa Aoki. Daí o apelido “Nawa”. São dois sobrenomes. O clã da família de minha mãe sofreu uma Chacina, e só sobrou ela, pois tinha viajado para se encontrar com meu Pai. Romântico, não? Daí, para passar o nome da família, ela resolveu por o sobrenome, como Nome comum, esperando que Fosse “Um nome próprio da família Aoki” Besteira, e uma besteira extremamente complexa... Nomes eram tão importantes assim? Não importa, o importante é que tenho que cuidar de minha irmã; e não estou com o mínimo saco para isso.
Minha mãe vai em direção à porta, e ao abri-la espreme os olhos e depois os esbugalham. Segue em direção à rua, e bate a porta com força. Viro-me pra ver o que a Luna estava jogando, caminho na direção do sofá pra sentar e começo a esquadrinhar a posição perfeita pra sentar, enquanto agachava-me lentamente, três baques altos vindo da porta apitam no meu ouvido, e erguendo o corpo vou atender a maldita porta.
- É hoje... É hoje... – Não que eu não gostasse de pessoas. Eu apenas gosto de uma paz matinal, que por Luna, minha mãe, e seja lá quem for que está chegando, acho que está completamente arruinada.
- Nawa, vamos jogar bola, seu fraco! – Falava o Eduardo Kenshi, ou como ele preferia; só Kenshi. Todo alegre. Como sempre.
- É, vamos... Serei o Kaká! – Dizia o Henrique Arraes, que todos chamavam de Arraes, porque já tinha outros dois Henriques na sala. E sim, não chamávamos nenhum de “Henrique”.
- Não dá... Terei que olhar minha irmãzinha. – Digo.
- Nossa cara, que saco, good luck! Vamos ‘Arrasar Arraes’! A gente joga sozinho... – Diz Kenshi se virando e saindo, como se já esperasse essa minha resposta. Esses trocadilhos que só ficavam legais na cabeça do Kenshi me faziam pensar o que é que passava na cabecinha desse pobre rapaz.
– Vamos... – Responde o Arraes ao Kenshi, mas não o segue. Olha pra mim e diz: - Bem que o Kenshi disse... Cara você precisa sair! E se a Cléo-patra deixar, você vai à Pracinha de sempre. – Então ele segue o Kenshi, apertando os passos pra chegar perto do Kenshi. Que ao chegar lá, ouço remotamente – Mas, serei o Kaká...
Eles chamam minha mãe assim, Cléo é o nome verdadeiro, e o patra, bem, digamos que sua Força Tríade foi bem difundida no bairro. Ou no Mundo.
Ao saírem, percebo uma silhueta se formando na minha frente, pois, antes de irem, a luz do sol, nem ao menos conseguia notá-la; de alguém no mínimo 20 centímetros menor que eles: era a Kyomi, desde que cheguei ao Brasil, eles três já viviam juntos, então, meio que fui acolhido pelo grupo. Encarei-a por alguns segundos, esperando que ela dissesse por que estava ali, estática, mas ela era assim; tímida ao extremo; incrivelmente misteriosa e quieta. Então, tomando coragem e sua pele corando mais e mais, ela falou:
- Oi, Nawa... – Da uma breve pausa, desvia o olhar, como sempre fazia, e segurando as mãos continuava. – Posso ajudar com sua irmã.
Sabe aquelas horas que a pessoa certa, chega na hora certa, com intenções certas? Está ai! Mas, na verdade, eu amo minha irmãzinha, mas não queria mesmo ficar com ela, se não me divertisse com meus amigos, leria um mangá, um filminho, qualquer coisa! Dou uma leve risada maliciosa enquanto coço a cabeça e digo: “Entra aê Kyomi...”.
Então, não é que as preces realmente são atendidas quando você menos imagina? Ela cuida com prazer da minha irmã, ela realmente a amava. Era engraçado como ela se entretinha e realmente entrava no mundinho da Luna; Então fui fazer as tarefas escolares, já estávamos no último dia do fim de semana prolongado devido a um feriado na sexta, e eu não tinha feito nem o inicio da vingança-da-professora-encalhada-por-não-ter-amigos-para-se-divertir que então se delicia com a desgraça alheia. Pois bem, enquanto Kyomi fazia o que eu devia estar fazendo, começo a fazer o que já devia ter feito há muito tempo atrás.
Depois de um tempo, Luna adormeceu. Já estava no final da parte mais complicada da lição, e o resto poderia fazer no intervalo de uma aula a outra, então guardei – Ou seja, joguei o caderno longe, perto da escrivaninha que tínhamos – E carreguei Luna até o quarto no andar de cima, a segunda porta à esquerda, a qual só de olhar o papel de parede doía meus olhos de tamanho brilho do rosa de todos os tons, presentes ali. Piscava varias vezes os olhos, e coloquei Luna na cama dela; que por sinal as cobertas eram rosa. Ao descer vi que a Kyomi estava grudada na Televisão, então perguntei o que era tão legal para ela grudar daquele ponto; ela não parecia gostar de nada, ou melhor, ela não explanava muito seus gostos.
- O quê que está passando ai, Kyomi? – Eu perguntava-a, descendo as escadas.
- As peripécias no Egito. Sei que... O nome parece idiota, mas... Tem coisas muito interessantes! Sério... Mesmo...
- Calma, calma – Ria de leve, normalmente eu sempre ria – Veremos se é daora mesmo! – Falava indo à direção dela, e por fim sentando ao seu lado. Minha mãe ainda não havia chegado, ela estava estranhamente demorando mais do que o costumeiro. Aquilo que Kyomi disse ser incrivelmente interessante, parecia meio infantil, mesmo que os relatos tinha realmente base realística, parecia algo destinado a crianças entrando em puberdade, não me parecia nada interessante, claro, que, qualquer coisa passando no Horário de A Super Máquina me pareceria totalmente tediante, eu sempre assistia essa série, e sempre assistia sozinho, com volume alto, e comendo algo, era a melhor parte do dia! Que foi totalmente estragada...Mas não sei o porquê, não me sentia tão mal, quanto normalmente fico, quando estragam algo meu, eu meio que... Estava gostando de ficar ali com ela?
Aquele episódio de As Peripécias do Egito, estava totalmente tenso e misterioso, e ele foi cortado antes de revelar o segredo, mudando para um filme de terror que já tinha começado, como se aquilo, que não tinha nada a ver com o infantil seriado atrás, fosse a continuação. Assim que muda para o filme de terror, estava naqueles ápices de uma tomada, onde a musica tenebrosa para e só ouve um som alto e grave de uma nota só. Meu coração pula da boca pra fora, mas tinha uma menina, então imperceptivelmente eu apenas desvio o olhar por um décimo de segundo e continuo na mesma posição, mas ela que estava do meu lado direito com as pernas cruzadas em baixo de si, no sofá, como se estivesse meditando, e segurando os joelhos com as mãos; segura minha mão e aperta ao ver a cena, foi involuntário, é claro, e só aconteceu por que o mais próximo que tinha dela era minha mão. Então, como se tivesse sido um erro do programa, começa a propaganda e ela relaxa ainda sem largar minha mão, até que então, se dá conta, e olha para mim, o que me levou consequentemente a olhar para ela também, a pele dela era linda, branca mais com uns resquícios de melanina ficando levemente amarela, e com aquilo tudo, o rosto dela ficou perfeitamente rosado e então inconsciente de qualquer coisa, eu só queria beijar aqueles lábios carnudos, levemente rachados e agora, extremamente vermelhos. Fomos chegando perto e a cada centímetro, ela ia ficando mais e mais corada, e eu mais e mais entorpecido e seduzido com o complexo inteiro de Kyomi. Quando estávamos a menos de 10 centímetros de distância ouço um Trovão rugir e uma intensa ventania escancara a minha porta, a expressão de Déjà vu dela, era como se já tivesse ouvido aquele barulho enésimas vezes, e aquilo a surpreendeu tanto a ponto de ficar paralisada.
Feixes de inúmeros raios passavam à minha porta, e com tamanha luz, uma silhueta escura e inidentificável se criara na minha porta, forço tanto a visão para ver quem era que, ao conseguir enxergar devido a um dos feixes de raio, percebo sua boca mexer incessantemente, e sua expressão furiosa e veias transparecerem enquanto se dirigia à minha casa. Enquanto se aproximava ouvia vagamente:
- Seu imbecil, largue a minha namorada! – O indivíduo inidentificável grita a um som ensurdecedor e puxando trezentos mil quilos de oxigênio, continua mudando um pouco o tom –... Ou terei que fazer você largar a força!
Eu na verdade não sentia-me ameaçado, e sim insultado por estarem gritando na minha maldita residência, enquanto beijaria uma menina extremamente linda e inteligente; mas realmente o que me sentia, era mais como se estivesse flutuando, sim, flutuando, perdendo alguma coisa, nada tinha nexo, tantas perguntas: Quem é esse cara? Por que ele está tão convicto de que eu, logo eu, estava dando uma de gostosão? E por que na presença vieram consigo tantos raios? ‘N’ perguntas surgiam, e eu só tentava me situar e tentava perceber se tinha perdido algo, aquele dia estava totalmente louco, mas mesmo assim não deixaria que qualquer moleque me insultasse na minha própria casa! Quando, em ponto de ebulição tinha me preparado com toda munição de palavrão e desaforo, Kyomi, sem jeito e gaguejando berra:
- Pe-Pedro! Eu já te disse que não temos nada! – Então enquanto se preparava para um discurso, interrompo e faço uma das milhares pergunta que tinha:
- Ei, O que diabo você está gritando? Kyomi não tem... – Paro e repenso, sendo que eu não tive muitas, se tive alguma resenha com ela. Continuo – Eu não sabia que ela namorava!
- Eu não namoro, Nawa. – Sussurra ela perto de mim e com uma expressão de derrota. Nawa? Penso. Mas não era hora para aquilo. Mas, se ela não namora com ele... Ele deve ser algum daquele perseguidor que quando a menina mostra qualquer ponta de misericórdia para sua antissocialidade crônica, ele acha que ela está dando em cima dele, e toma-a como posse.
E então como ele ainda continua vindo em minha direção furioso, eu saio e fico na varanda da casa esperando-o, que ao chegar, parece o ser mais tranquilo do universo, e questiona-me:
- Então você quer roubar minha namorada? – Ele fala dando um leve sorriso e completa – Veremos! - Fala de um modo imponente levantando sua sobrancelha esquerda enquanto falava.
Após consumar seu dito, flexionando um pouco os joelhos e vindo em minha direção, golpeara minha barriga com a palma da sua mão direita. Ao sentir o atrito contra a minha barriga, fico extasiado por segundos enquanto eu era jogado aos ventos por metros de distâncias; aquilo não era um golpe comum, e creia, eu já senti muitos golpes comuns, era diferente, pulsava dentro de mim, e foi então que, depois de anos, eu realmente senti medo. A sensação do golpe me remete a uma aula que tive alguns semestres atrás, dizia o velho dos óculos-de-garrafa aos alunos: “As ondas são uma perturbação oscilante de alguma grandeza física no espaço e periódica no tempo – como esse velho consegue ter tanta verborragia? Que saco. – Diogo está ai?! – Ele alerta – Então, continuando, as ondas são oscilações de diversas maneiras que podem: produzir sons, produzir desastres naturais e desastres físicos.”.
Após minhas costas colidirem com o solo, meu êxtase se dissipa, e então volto à lucidez e tamanha dor me abraça, que eu, junto todas as minhas forças para um urro de dor, meu rosto encharca de suor, minha cabeça se enche de veias alteradas, e o que se acontece é um urro surdo; tamanha distorção foi me proporcionada, tamanha dor, que eu não consigo pronunciar nem se quer uma palavra, enfim, ao me encontrar com o chão, minha cabeça se esbarra numa pedra e tenho uma pequena concussão. Então, um berro agudo ecoa pela, até então pacífica praça:
- Nawa! – Ruge Kyomi. Tal brado ressoa a quilômetros de distância.
Enquanto os olhos de Kyomi brilham e se enchem de lágrimas que relutam em cair, como se ainda não acreditasse no que estava acontecendo, surge Pedro; sua afeição totalmente rude, sem quaisquer emoção se destaca em meio aos trovões que aos poucos se dissipam, então, o tal ser maléfico diz:
- Esquece-o Kyozinha, vamos!
Ao processar a informação, a face da garota muda totalmente, o amor expressivo desaparece, e as lágrimas sangram em total ódio. O paradoxo desse mundo cruel, o qual o amor produz ódio, e quanto mais amor se cultiva, com uma semente só negra, se brota o ódio mortal.
Então, Kyomi franzi as sobrancelhas em uma expressão de ódio, as lágrimas cessam, e o eco do grito não se ouve mais, a mesma pressiona as mãos, e se mantem imóvel por segundos; quando se vira em fúria para Pedro, esbugalham os olhos em espanto, uma silhueta se aproximava tão velozmente, e se ouvia como se um murmuro se expandindo:
- Patada Brutal!
Vislumbra a silhueta, Kyomi; e Pedro percebendo a reação espantada de Kyomi, se vira rapidamente. Kenshi aparece subitamente nos céus, girando e formando dois saltos mortais (backflip), e desferindo seu calcanhar à queima roupa sobre a cabeça do Pedro, todavia, com enorme destreza, em milésimos de segundos, Pedro dá meio passo ao lado, e o movimento quase que letal pega de raspão. Ainda no ar, Kenshi percebe que seu golpe não pegou em cheio, então ao pousar, ele salta para trás aproximando-se de Kyomi e Diogo que ainda está desacordado, e se coloca em posição de batalha.
Volto à consciência. Abro os olhos lentamente e com constantes piscadelas. Está tudo embaçado, estou sobre o colo de Kyomi o qual é tão macio que não desejava sair dali tão cedo, mas... O Pedro? Cadê ele? Busco-o com meus olhos, e percebo um tênis ao meu lado, um All Stars preto e encardido bem familiar, estava tudo tão confuso, ouço umas vagas e distantes frases, e balbucio algumas palavras:
- Nawa, cê ta bem? – Dizia Kenshi, olhando rapidamente pra mim, e logo voltando sua atenção à frente com olhos fixos e sem desfazer aquela pose de batalha.
- K-Ken-Kenshi? – Balbucio com dificuldades devido à concussão.
- E... ‘Ó lá o cara, meu’, chegou até a gaguejar com “El gran Rey Kenshi” – Brinca Kenshi.
Logo atrás dele, vindo correndo e chegando atrasado como de costume, o Arraes. Que para; se agacha, e leva à mão aos joelhos, esbaforido, e imediatamente fixa seus olhos em Pedro e os franze com aspecto de raiva, e diz:
- Oi, Diogo, viemos ver se já poderia brincar, e vimos esse cara, ou melhor, o Kenshi viu e saiu em disparada...
(Estando sem internet, não pude recapitular a história que fiz com 13 anos, então vou continuar com minhas próprias ideias, e talvez, eu mude como era de costume no original.)
Arraes se recupera e junto de Kyomi procuram me carregar, que enquanto me levanta em meio aos meus cambaleios o Arraes questiona:
- Se, agora, estamos em três – Ninguém me nota a Kyomi –, e devamos moralmente te vingar, será desleal a luta, certo?
- Cara, você não de nada, o moleque veio em meio a raios, cara! – Berro.
Arraes se espanta e se prepara para seus debates que não leva à algo direto, o que sem dúvidas faria dele um dos maiores diplomata, mas é interrompido por Kenshi somente com uma expressão de raiva apertando os olhos, como se tivesse perguntando: “O que vocês estão fazendo, idiotas?”; o que sem dúvidas faria do Kenshi um dos maiores encrenqueiros.
Então, eu, Kenshi e Arraes nos posicionamos com bases de luta, e olhamos pro Pedro, quando ele profere:
- Não se preocupe com números Arraes. –Após proferir, o Pedro leva os dedos à boca e solta um alto assobio e cinco rapazes aparecem, e ao se encontrarem na frente do Pedro, já vai à nossa direção sem pestanejar; dois deles indo pela direita, um ao centro, e dois pela esquerda.
- Patada Brutal! – Assim que os cinco vem ao nosso encontro, Kenshi da um leve sorriso de canto de boca, corre na direção deles e girando duas vezes no ar, disfere ambos os calcanhares em cheio na cabeça daqueles os quais vinham pela direita e abate-os.
- Mil rajadas – Os dois que vinham pela esquerda vão ao Arraes, que se movimenta de modo impressionante, atacando-os em lugares inusitados, desfere golpes tão rápidos que quase não se vê, e sua velocidade atordoa-os só te tentar acompanhar. Arraes, por fim, golpeia-os nas suas batatas usando as pontas do indicador e médio deles, fazendo os inimigos caírem.
Por fim, o inimigo do centro se depara comigo de braços cruzados e com um sorriso, mas ele não para e desfere um soco que quando seu punho, que estava tremendo, chegou próximo ao meu rosto para, ele estava curvado e cabisbaixo quando tenta me acertar, então inclino um pouco a cabeça pra olhá-lo e percebo que ele estava suando. Ele estava com medo. Enfim, guarda o seu braço, se curvando várias vezes pra mim e falando: “Gomenasai, Gomenasai, Gomenasai...”; Este puxa de um dos seus muitos bolsos que havia nas roupas, um lenço, o qual passa no rosto de ambos, que despertam assustados e correm para lugares aleatórios cada um desses.
- Sabia que poupá-los não adiantariam. – Diz Pedro. – Acabemos logo com isso!
Então Pedro estende sua mão e começa novamente a relampejar, e enfim um raio cai sobre ele, não, sobre a mão dele, e o raio pousa ali e a sua carga energética se mantém usando o Pedro e começa a se expandir em pequenas quantidades para o lado. Eu fico paralisado.
Ok. Está certo, esse dia não falta mais nada de estranho. Mas... O quê? Interrogações passava o tempo todo em minha mente, e não sabia mais o que pensar, a única coisa que tinha pra falar, foi o que saiu de mim, gritei:
- O quê?! – Berramos em coro, eu e o Kenshi.
- Ele está servindo de para-raio e de algum modo não é afetado, contando que ele está pisando no chão, é fato que já sumira, mas se não... Será que ele aguenta toda essa carga? – Pensa Arraes.
- Ele é muito forte, fujamos, só isso. – Diz Kyomi aterrorizada.
- Vocês não entendem né? Ficaram com dúvidas sobre algo tão simples, superestimei seus parceiros Kyomi. Venha logo! – Pedro fala.
- Eu que criei esse problema, terminá-lo-ei. – Kyomi se move na direção de Pedro, mas é interrompida, alguém à segura pelo pulso, e ela vira o rosto. – Diogo?
- Sem chance. – Murmuro. – Sem chances! – Berro. – Um por todos, certo, guys? – Olho pro Kenshi e dou um leve sorriso.
- Sempre! – Dizem ambos.
Corremos em direção do Pedro, eu estava no meio, atrás deles, mas ele só correram após eu passa-los. Eu raramente choro, não sou do tipo de mostrar meus sentimentos desta forma, sabe? Quando há algo muito triste? Fico chateado, com a face para baixo. Quando há algo muito feliz? Rio, ora. Mas quando fico com raiva, mas quando alguém tenta destruir algo meu, tira as únicas coisas que entesourei? Aí sim. Corro até ele com os olhos lacrimejando, mas com o rosto fechado, eu dessa vez, estou concentrado.
- Não adianta, parça! – Pedro dispara sua onda energética diretamente em mim, estando a uns 5 metros de distancia.
Fico espantado, não sou ágil como o Arraes, nem um pouco forte como o Kenshi. Mas eu queria tanto defender meus amigos, e ainda mais Kyomi, que eu realmente não me importei comigo, me lancei sobre a energia, e foi quando eu percebi qual era o verdadeiro poder. Eu sempre achei que o verdadeiro poder fosse a coragem simples e pura. Mas na verdade, a coragem que te dá o verdadeiro poder, é àquela que é usado para ajudar os seus amigos.
Foi quando percebi uma aura de azul cintilante em volta de mim ao mesmo tempo em que o raio se chocaria em mim. O raio choca com a aura cintilante e ambos se dissipam, então começo a correr muito mais rápido.
- Tomodachi Chikara... E o maldito nem sabe o que aprendeu; a única coisa que eu não posso aprender.
Impressionante. A primeira vez e ele conseguiu sugar toda essa carga. Como eu pensei... É ele. – Analisa Pedro.
Passei pelo raio dele? O qu– não importa. Estando a 1 metro dele, só quero saber de enfiar minha mão na fuça dele. E com essa velocidade então...
- Vamos Lá! – Ruge Diogo.
À meio metro de Pedro, Diogo se joga pra acertá-lo, e permanecendo imóvel, Pedro guarda o polegar entre os dedos e leva a sua mão à altura do seu maxilar, e a sua outra mão ele sobrepõe em suas costas; esperando para refletir o ataque de Diogo e contra ataca-lo. O que estava em ótimas e perfeitas condições para o Pedro, quando o Diogo tinha se lançado ao ar, e não podia recuar dessa posição. Quando percebe o resguardo rápido de Pedro, os olhos de Diogo se esbugalham sem reação. Um som de contato com corpos ecoa, mas uma repentina fumaça impossibilita de Arraes, Kenshi e Kyomi enxergarem. Então um corpo sai da fumaça sendo disparado para longe, quando Kyomi, que estava sem reação.
- Na... wa? – Murmura Kyomi.
A fumaça começa a sessar e no centro desta havia duas pessoas, enquanto era lançado a alguns metros, Diogo abre um dos olhos com dificuldade fica surpreso e então cai.
- Quem é este, agora? Droga. – Pensa antes de cair, Diogo, e relembra a cena.
Quando eu ia ataca-lo, brota um ser esguio repentinamente; poderia ficar mais confuso? Ele segurou meu braço, e me jogou longe. Ele é muito forte, se realmente for aliado do Pedro, não vai ficar nada legal isso aqui.
E então o curioso e esguio rapaz, começa a falar audivelmente:
- Então... Um Aoki enfrentando um Gohan, nada mais que nostálgico. – Diz o rapaz, e começa a gargalhar de um modo muito forçado.
- Maldito, você me ama, certo? Esse dessa vez não te ajudará em nada, um completo inútil, desconhece qualquer técnica japonesa, se tentar passar sua arte grega, só se lastimará, como sempre. Então... Sayonara. – Pedro sai correndo com as mãos para trás digno de um ninja, numa velocidade inimaginável.
- Acho que devo me apresentar, certo? – Pergunta o rapaz.
- Pera, peraê... – Me levanto com dificuldades e tirando a sujeira da minha roupa. – Mas o que diabo aconteceu agora? Mas o quê? – Berra Diogo. – Desisto cara, desisto de entender isso, vou para casa. – Acabando de pronunciar isso, fecho os olhos e sacudindo a cabeça me direciono para casa, o que era a uns 15 metros de distância, e quando abro para olhá-la, o senhor estava a meio metro de mim.
- Acho que devo explicações. – Diz ele. – Pois bem,