Entrada de Amegakure

- Post negado pela Clarke, favor desconsiderar tudo abaixo.

As tão sonhadas missões de coletar informações já não pareciam tão emocionantes quanto ela pensava. Viajar a pé era realmente algo horrível de se fazer, já não tinha mais noção de tempo ou espaço, não fazia ideia de a quantos dias estava naquela viagem.

A maioria das fronteiras já haviam sido visitadas, onde a princípio deveria-se enxergar Amegakure, só era visível água e mais água. Aparentemente todos os portos que antes levavam até a Vila Oculta da Chuva já haviam "fechado as portas". Essas eram todas as informação que havia obtido sobre seu alvo até aquele momento.

A falta de suprimentos estava cada vez mais próxima, sua bolsa antes repleta de alimentos e bebida agora não eram nada mais do que uma garrafa d'água e algumas barras de cereal. Ela já estava começando a se sentir perdida no mapa, iria ela cair ali, em meio ao nada?

Ela não pretendia desistir tão fácil, continuou percorrendo seu caminho, por mais que se sentisse mais fraca a cada passo. Suas pesadas vestes e a máscara ao menos serviam para aquece-lá em meio ao frio que por ali fazia. A densa floresta pela qual caminhava parecia menos amigável a cada segundo.

Em meio as folhas das árvores se tornavam visíveis alguns prédios e torres, indicando a presença de uma civilização, amigável ou não. Saltou no galho de uma das árvores, tomando visão do portão da Vila Oculta da Grama, aparentemente apenas um guarda guardava o local, talvez por conta da situação econômica precária da aldeia.

Por motivos de segurança realizou um único selo com seus finos dedos, dessa forma, estaria invisível aos possíveis ninjas presentes no local enquanto permanecesse na chuva. Resolveu circular a área daquela pequena aldeia, na procura de alguma brecha.

Não demorou muito até encontrar um ponto cego na vila. Aparentemente nenhum guarda por ali passava, ou talvez quem cuidasse daquela área estivesse em algum outro lugar naquele momento, porém não interessava para a garota. Adentrou os muros e passou a andar pelas ruas, ainda oculta nas gotas da água da chuva.


Andou por toda a pacata aldeia, inclusive parou em um restaurante para se abastecer com alguns suprimentos para a sua viagem de volta a Kumo, porém não obteve sequer uma informação sobre a Aldeia da Chuva, estaria ela sendo enviada para lá apenas para fracassar miseravelmente?

Próximo ao porto, aonde um navio cargueiro preparava-se para zarpar dali, pode ouvir alguns murmúrios vindos de dois ninjas. Pela cautelosidade de ambos a jovem acreditou que se tratava de algum assunto importante, portanto aproveitou-se da sua invisibilidade em meio a chuva para esgueirar-se por entre os prédios, aproximando-se o máximo possível dos homens.

Alguns minutos de ouvidoria foram o suficiente para Mei descobrir que aquela embarcação navegaria em direção a Ame para fins comerciais, com um tempo de viagem de mais ou menos três horas. De acordo com o ninja que aparentemente fazia a segurança do local, aquilo era algo a se manter em total sigilo. A jovem se pôs em pé e desceu do prédio, caindo em meio a um beco escuro.

Teria de verificar por si mesma, não pretendia levar informações duvidosas ao Raikage. Realizou um único e simples selo de mão, formando uma cruz com seus dedos, e um clone surgiu ao seu lado, aparentemente tão tenso quanto a sua criadora, aquele seria um movimento arriscado.

O clone logo misturou-se com as gotas d'água que despencavam do céu, indo em direção ao navio cargueiro, com o intuito de infiltrar-se no mesmo da forma mais furtiva possível, com o fim de averiguar a atual localização da Vila da Chuva. Se aquilo funcionaria ou não, descobriria em três horas.


Mei aproveitou a situação para buscar mais algumas informações extras, porém não obteve muito sucesso, o máximo que conseguiu foi descobrir algumas coisas básicas sobre Kusagakure que provavelmente seriam úteis no futuro, ou não. Já haviam se passado duas horas, portanto o clone havia conseguido se infiltrar com sucesso, tudo que teria que fazer era sair do local e esperar.

Já estava com um pé fora da aldeia quando parou de sentir as gotas d'água caírem sobre seus ombros. Em um piscar de olhos tornou-se visível novamente justamente quando estava ao lado de dois guardas que faziam a vigilância. Ouviu alguns gritos vindos dos mesmos, porém não parou para dialogar, simplesmente seguiu mata a dentro, o mais rápido que conseguia.

Em meio aos galhos das árvores, já a alguns metros da Aldeia da Grama, a jovem parou para descansar, porém, nunca com a guarda baixa, permaneceu com algumas senbons entre os dedos. Observando os seus arredores percebeu que os ninjas ainda a perseguiam, e não pareciam nada amigáveis.

Esperou ambos estarem a uma distância propícia e arremessou quatro senbons com chakra nos dois ninjas. Pegando-os desprevenidos, foram paralisados em um piscar de olhos. Mei saltou do galho aonde permanecia, caindo em direção a um dos homens, desferindo-lhes um fortíssimo soco.

O ninja atingido foi diretamente ao chão, o golpe canalizado com chakra foi forte o suficiente para causar uma rachadura com o impacto do alvo ao chão, fazendo-o desmaiar no processo. O segundo homem, antes paralisado, partia para cima da garota, arremessando diversas shurikens.

Um salto para trás foi o suficiente para que a garota se esquivasse das estrelas cortantes. Aproveitando-se do ninja em meio ao ar, não podendo mudar sua trajetória, a jovem sacou duas shurikens envoltas por fios de náilon e as arremessou na direção do oponente. Alterando a trajetória dos projéteis com seus dedos envoltos nos fios, o inimigo foi enrolado e preso, caindo diretamente ao chão.

- Seja cortês comigo e talvez eu o deixe ir... - Aproximou-se lentamente do ninja, a máscara que cobria seu rosto abafava sua voz, tornando quase impossível que o ninja descobrisse se era uma mulher ou um homem. - Quero todas as informações que sabe sobre a Aldeia da Grama; situação econômica, militar, relações diplomáticas e comerciais, tudo que vier na sua cabeça... - Não sabia como, mas conseguia amedrontar o ninja por mais que nunca tivesse passado por alguma situação parecida antes. Talvez fosse por causa da máscara.


O ninja não exitou em começar a falar, afinal, era ele quem estava na situação de vida ou morte. Alguns minutos de diálogo foram o suficiente para o ninja deixar escapar algumas simples informações sobre Amegakure e sua vila natal. De fato Kusa mantinha relações econômicas com a Aldeia da Chuva, portanto, poderiam ser consideradas aliadas.

A jovem levou os dedos até seu bolso, empunhando uma afiada kunai. Não gostava nem um pouco daquilo, porém era necessário. Em um simples e rápido corte, cortou a garganta do ninja interrogado, manchas de sangue espirraram em sua máscara, manchando-a. A garota realizou o mesmo movimento perturbador com o ninja que havia desmaiado.

Levou seu polegar entre os dentes, realizando um simples corte no mesmo. Sua mão tocou o chão e em um piscar de olhos uma lesma apareceu. Mei pediu para que carregasse um dos corpos para algum lugar afastado. Ambas estavam longe da Vila da Grama, dificilmente seriam descobertas. A lesma respondeu o chamado sem fazer nenhuma pergunta, recolheu um dos corpos e seguiu para Leste.

Mei pôs um dos corpos em suas costas e seguiu seu caminho de volta a Kumo, pretendia esconde-lo ou até mesmo enterrá-lo em algum lugar ainda mais longe. O sangue em sua máscara doía psicologicamente, ela jamais havia se imaginado matando alguém. Pensou em todas as consequências, em todas as possibilidades, e se aquela vítima fosse somente um ninja inocente fazendo seu trabalho?

A jovem parou por alguns instantes, observando sua própria sombra. A tristeza tomou conta de seu corpo, lágrimas surgiam em seus olhos, fazer aquele tipo de coisa lhe passava uma sensação horrível. A garota continuou seguindo seu caminho, afinal, a dor não passa, você simplesmente se acostuma com ela.


Observou a posição do sol, aparentemente três horas já haviam se passado, portanto realizou o selo do tigre, dissipando o clone antes criado. Sua mente foi invadida por informações, até descobrir que sua missão havia sido concluída; Amegakure no Sato havia sido encontrada.



Considerações:

• Máscara
  
• Aparência | Vestimentas
  
• Todos os equipamentos se encontram guardados em uma bolsa que esconde por debaixo do manto.
  
• Mei não carrega consigo a bandana de Kumogakure.
  
• A máscara que encontra-se em seu rosto abafa a voz da garota, tornando quase impossível a percepção de sua voz feminina.
  
• O Bunshin infiltrou-se no navio cargueiro, conseguindo averiguar a localização da vila e logo foi dissipado pela sua dona.
  
• Esse post foi feito com o propósito de concluir uma missão. Ninguém acabou criando o porto de Kusagakure, aonde eu iria postar, portanto, tomei a liberdade de narrar aqui mesmo, por mais que o local dominante da narrativa não seja Amegakure
  
• Jutsus utilizados:
  

  Spoiler: