MINHA CASA?

NINGUEM SAI!! CADE MINHA CASA??

Saitama aparentemente ainda não estava completamente familiarizado com aquela aldeia, e no caminho de volta para casa acabou errando alguns atalhos. Mas se deu conta tarde demais, quando percebeu já estava em um lugar totalmente estranho.

- Que lugar é esse? Isso não se parece com a minha casa!

MINHA CASA?

NINGUEM SAI!! CADE MINHA CASA??

- QUEM É VOCÊ?? O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA CASA?? - Eram as palavras de Saitama para um estranho que havia surgido em sua casa, ou pelo menos era o que onde menino careca pensava que estava.

MINHA CASA?

NINGUEM SAI!! CADE MINHA CASA??

- Não minta!! Eu peguei o caminho certo e tenho a total certeza de que aqui é a minha casa! (Vendo pela sua cor) Você deve ter feito alguma coisa por aqui! Devolva minha casa! - Saitama parecia enfurecido de um jeito indiferente, não que ele estivesse pronto para partir para briga, mas ele tinha esse jeito difícil de entender.

- Não vou te dizer meu nome, vai que você desaparece com ele também! - Saitama apertou suas sacolas sobre a mão as mantendo bem firmes, não poderia saber o que aquele estranho chamado Ayako poderia fazer. Ao mesmo tempo procurava ao redor por sua casa.

SUA MAIN

ooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

- É claro que é aqui. - Fez-se uma pausa enquanto pensava - Eu virei a esquerda, peguei o atalho por traz do restaurante e...eehh...AHHH EU PEGUEI O ATALHO NO RESTAURANTE ERRAADDOOO!!!

Saitama parecia frustado por ter errado o caminho mesmo sendo algo tão simples. Como é que alguem poderia ser tão bom em feitos heroicos e tão ruim em coisas banais? Nem a ciência explicava Saitama.

- Bem, minha casa é onde eu estiver. - O gennin sentou ao chão vasculhando suas sacolas. - É Saitama à propósito. Ér, bem.. eu aceito suas desculpas pelo seu engano.

SUA MAIN

ooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

- Então... - A garota parecia uma boa pessoa, embora fosse confusa quanto ao lugar que estava. - O que é que você faz por aqui exatamente?

Saitama começava a comer algumas frutas da sua sacola. E aos poucos a ideia de "um bom local para se treinar" começa a dominar sua mente.

SUA MAIN

ooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Após recuperar parte de sua energia Saitama finalmente estava pronta botar em prática aquelas ideias influenciadas por Ayako. O garoto estava ainda sentado sobre o chão, e não pretendendo se levantar tão cedo permaneceu do mesmo jeito.
Pretendia evocar e treinar suas habilidades únicas e raras, algo que poderia ser quase impossível em um campo como aquele. Não havia muito areia (ou pó) no chão. Mas isso não seria um empecilho por muito tempo...

- Então você não se importa de eu treinar um pouco por aqui não é? Digo, as coisas podem se sujar um pouco. – Agora cruzavas as pernas e mantinha uma posição de meditação. – Ah! E tente não ficar muito impressionada!

A energia do seu corpo emanava de forma sutil, espalhando-se pelo ambiente e navegando através das camadas de ar de forma misteriosa. Saitama focava suas forças em encontrar uma fonte que pudesse abastecer sua necessidade momentânea de areia.
Não demorou.
E logo o Gennin encontrou algo ao qual pudesse usar. A algumas dezenas de metros dali o jovem notou a presença de uma espécie de parquinho de diversão, não era o jeito mais prático nem tanto agradaria as crianças no dia seguinte, mas o garoto careca não tinha muito mais opções no momento.
Logo o chão começou se inundar com o pó esfarelado e denso, caminhando entre a grama sendo arrastado pela vontade de seu dobrador. Ela começou a se acumular em baixo do garoto e aos poucos ia tomando a forma de uma fina plataforma que gradualmente se elevava sobre o solo. Em poucos minutos Saitama se encontrava totalmente flutuando em cima de uma plataforma feita de areia e controlada por sua KG. Era uma, quase inacreditável, plataforma de areia flutuante.

Treinos da semana: 1/5
Palavras: 286/250

Jutsu Aprendido:

SUA MAIN

ooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

"O mundo é um hospício". Definição engraçada essa. Me faz refletir sobre um bando de coisas, mas radicalmente me remete aqueles dias, onde as sombras andavam sobre a terra. Dias sombrios. Mas não Saitama, ele não ligava coisa com coisa, talvez sua ingenuidade o atrapalhasse.
Não.
Definitivamente não.

Saitama não era ingenuo. Mas ele tinha aquela aura brilhante que ofuscava qualquer sombra próxima de si, talvez seja por isso que ele nunca as veja.
- Você é engraçada - Saitama sorria de leve enquanto comia algo. - Ei, pegue isso. Você ta com fome não é? me parece com fome. - O garoto careca jogou o que parecia ser algum tipo de fruta na direção de Ayko. Neste momento o garoto já havia voltado para o chão.

- Hey, que tipo de habilidades você tem? Digo, cê acabo de fala que treina, anda, me conta! Se precisar de ajuda pra aprender a lançar shurikens talvez eu consiga ajuda-la!

SUA MAIN

ooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

A cada simples vez que usava seu poder Saitama começava a sentir como seus sentidos se estendessem através das suas habilidades. Essa sensação não era incomum. Muitas pessoas começavam a ter certas sensações realistas quando exerciam uma tarefa por muito tempo, ou muitas vezes repetidas. Uma espécie de sensação fantasma.
Com o garoto careca mão estava sendo diferente. Quanto mais ele usava seu poder, quanto mais ele sentia aquele chakra especial fluindo por seu corpo mais ele sentia que aquela areia fazia parte dele. Era como se aquela areia funcionasse como um complemento do seu corpo, a tal ponto que ele estava até mesmo começando a sentir o que tocava nela, quase como se tocassem sua própria pele.

- Hmmm. Isso é estranho. Sinto quase como se ela fizesse parte de mim.... – Era a pergunta habitando sua mente. Qual era a máxima extensão dessa relação? Era isso que Saitama estava prestes experimentar. Começou fazendo seu chakra fluir através das suas veias, o sentindo pulsar entre cada célula de seu corpo (como se isso fosse possível), fazendo com que todo seu ser se encandeasse com aquele sensação.
Fez-se então fluir uma pequena porção de chakra pelo ar, atraindo e acumulando uma porção igualmente pequena de areia flutuante, esta que começava a se juntar partícula por partícula culminando em um processo que moldava sua forma em alguma figura esférica.
Mais algum tempo e a figura se moldou em algum tipo de olho independente e flutuante. Uma técnica bizarra e bela ao mesmo tempo, algo que não se vê todos os dias. Aquele “terceiro olho” parecia conectado ao seu próprio o permitindo ter uma visão bem completa sobre tudo a sua volta, também o permitia controla-lo livremente pelo espaço.

Técnicas da semana: 2/5
Palavras: 286/250

Técnica:

Nosa Jureg

Realmente aquela areia não era comum. Saitama começava a sentir como se ela fizesse parte do seu ser, quase como se houvesse uma relação íntima entre eles. Algumas vezes parecia que eles haviam crescidos juntos por toda a vida. Talvez não nesta vida.
- O que é isso? – Saitama olhava para sua mão esticada diante seus olhos e começava a imaginar algumas coisas absurdas. Um grande poder, ou mal, que sempre atingiu sua família foi não ter limites para sua inventividade.
Aquele homem amaldiçoado, ele podia transformar qualquer coisa em realidade.... Mais nesta época Saitama ainda não sabia nada sobre aquele homem obscuro. E não será eu quem irá conta-los. Por mais diferente que ambos possam ser, por mais brilhante que a alma do Gennin seja ainda é melhor que ele não sofra nenhum influencia daquele ser hediondo. Não podemos nem calcular quais seriam os resultados.
Então vamos combinar, não falaremos mais sobre aquele “homem que vendeu o mundo”.

Saitama imaginava que em suas veias não corria sangue, mas sim pulsava uma areia igualmente fervente. Era sua pura alucinação, mas sentia com se realmente pudesse fazer algo desse tipo. Começou-se então a concentrar seu chakra de forma que ele inundasse cada corrente sanguínea de seu corpo, encharcando cada pedaço de seu ser com aquele energia densa e viscosa. Quase visível.
Então a transformou em energia que poderia dobrar sua kekkei Genkai, ou seja, a energia que usava para manipular sua areia. Aos poucos começou a ver seu corpo se desmanchando como se esfarelasse em areia, era belo e assustador ao mesmo tempo. Mas não perdia o controle sobre o mesmo, era como que se Saitama se tornasse a própria areia. Era um novo tipo de existência, um tipo assustador e incrível ao mesmo tempo.

Técnicas da semana: 3/5
Palavras: 294/250

Técnica:

Nosa Jureg

A dominação de areia era uma habilidade realmente formidável em todos os sentidos. Na minha enorme experiência, talvez de até centenas de anos (a gente perde a noção de tempo quando se vive como eu), não lembro de ter vistos muitas habilidades com tanta flexibilidade.
O controle da Kekkei Genkai que Saitama começava a desenvolver é extremamente eficaz tanto em ataque, suporte e defesa. Mas o garoto ainda está no seu caminho, que digamos, ainda é longo. Suas habilidades como suporte haviam crescido consideravelmente mas sua capacidade de defesa ainda estava muito abaixo do que desejava, pelo menos por hora.

Pois os próximos passos do jovem Gennin seria justamente aperfeiçoar algumas técnicas neste sentido. Começou-se concentrando toda sua energia, primeiramente de forma interna em seu corpo, e após acumular uma quantidade assustadora de chakra Saitama finalmente começou a dispersa-la pelo ambiente. Espalhando-a pelo campo, encharcando cada metro quadrado de terreno com seu poder, quase natural. Deste modo começou reunir imensas porções de areia, grão por grão, não que isso fosse realmente detectável, mas no fundo era assim que suas técnicas funcionavam. É claro de uma forma extremamente automática, tanto que nem sequer Saitama sabia ao certo como funcionava.
Ou talvez soubesse.

Por baixo de toda sua ingenuidade, e aparente falta de inteligência, Saitama era um gênio nato.

Envolto de todo seu poder Saitama começava a construir sua fortaleza inabalável, se envolvia por uma barreira de areia tão solida e densa que se tornava impenetrável. Saitama se cercou em uma cúpula de areia com quase um metro de espessura em todas as direções. Uma defesa absoluta.

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Lá de dentro, afundado na sua própria escuridão mesclado com tons de sua solidão invisível, Saitama começava a raciocinar de forma mais aguda do que costumava. Tendo a cabeça fria, e no lugar, postava-se de forma que conseguia perceber as falhas e fraquezas de suas próprias técnicas, as enxergando de forma unilateral.

- Não é possível. Enquanto houver tantas falhas eu ainda vou ta muito exposto.... Talvez se eu mudar isso... e quem sabe isso ..... – A mente de Saitama começava a traquinar dados e mais dados, processando cálculos, teorias e fórmulas. Cronometrando o tempo de preparo, uso e as possíveis brechas e desvantagens de suas técnicas.

Desfez seu chakra sobre um selo em sua mão – tigre – dispersando sua fortaleza sobre o chão, quase que inundando o local com areia. Esta técnica era realmente poderosa e poderia criar uma defesa quase que absoluta em todas as direções, mas ainda era lenta e criava uma brecha enorme com isso. Em situações reais o garoto Gennin iria precisar de muito mais velocidade para conseguir defender ataques velozes e imediatos.
Não pretendia enfeitar nem revolucionar nada, até porque coisas complexas levariam mais tempo para serem construídas. Então se manteve no bom e velho básico, ergueu seu chakra de forma tão espontânea e rápida que criou uma sólida parede com enormes medidas de altura, largura e espessura. Uma parede intransponível.

Para completar sua técnica, ela também podia se mexer de forma quase viva, navegando pelo campo como uma enorme onda em um mar deserto. A parede era tão solida que nem uma arma conhecida a transpassaria. Além de contar com uma incrível capacidade de regenerar danos feitos com outras partículas de areia ou pó até mesmo do ar.

Ainda tomou mais um certo tempo para praticar estas técnicas, e revisando suas falhas conceituas, tentava atingir a perfeição.

Técnicas da semana: 5/5
Palavras: 569/500

Técnica:

Nosa Jureg

O que é que ela estava dizendo? Pensava Saitama. Ayako dizia que podia fazer algo como "teleporte instantâneo", seria isso algo parecido com "Macarrão Instantâneo"? Digo, Saitama realmente acreditava que as habilidades da garota a sua frente podia ser relacionadas com macarrão.
Ele simplesmente não podia aceitar que alguém pudesse possuir uma habilidade tão impressionante.
Criar macarrão? Nada podia ser mais legal que isso. - Hann?? Pois eu duvido. Ninguém tem uma habilidade tão incrível assim!

Game Over

Nem sempre histórias são contadas como queremos....

A tarde caia em seu fim depressivo, quando a escuridão finalmente tomava conta sobre os céus e terra, deixando tudo em trevas. Mas há sempre luz. Uma luz baixa e quase imperceptível vindo da lua e das poucas estrelas ainda brilhando sobre o céu. Nesta momento Saitama sabia que havia chegado a hora.
Saiu dali em direção à algum outro local.