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Vá súdito, pegue meu almoço. - O homem que se vestia totalmente de roxo com exclusivamente uma blusa com meu rosto estampado correu em pressas em direção ao norte do palácio para pegar minha refeição. O cotidiano ali era muito fácil, todos me serviam para fazer tarefas que algum dia eu teria que fazer manualmente, e isso de certo modo me irritava. Eu sempre preferi fazer tudo sozinha, mas gritar com os outros e dar ordens era divertido. Mas toda aquela coisa pacífica e sem ter ninguém com que lutar desacostumava meu corpo, ele clamava pela adrenalina. Ou talvez, por amor.
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Imperatriz! - Um outro homem qualquer ofegante abriu a entrada principal da sala do meu trono, ele continha um símbolo de defesa imperial na testa, logo o reconheci como membro oficial da defesa do castelo. - T
entamos impedir o forasteiro, mas ele está aniquilando todos os guardas para te encontrar! - Ele se agachou nos próprios joelhos, seu olhar deixava claro que perdera amigos por causa do visitante indesejado, ninguém podia ferir meus súditos além de mim.
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Ótimo. - Sorri e me levantei, me apoiando no braço do trono, ajustando em seguida meu longo manto roxo que cobria todo o meu corpo, deixando vagamente segmentos do meu rosto expostos. -
Não se preocupem, irei cuidar disso pessoalmente. - Os guardas próximos fraquejaram, não queriam deixar sua líder se ferir, assim como também não desejavam morrer.
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Mas impera.... - O guarda oficial tinha alguma coisa a dizer, até sua voz ser interrompida por sangue, muito sangue saindo de sua boca, fazendo vários outros buracos de seu corpo saírem sangue, de sua garganta, de seu peito, de sua perna. Ele posto em pé, tremendo, sua mente massivamente dolorosa, com seu corpo cheio de furos e seu sangue indo ao chão como uma cachoeira, até uma longa espada atravessar sua testa, fazendo sua cabeça separar-se de seu corpo. O assassino se revelou, mas eu mal conseguia observa-lo, era uma pessoa igual a mim, com um capuz roxo igual ao meu, uma postura igual a minha, só que eu mulher, ele homem.
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Youko... - Ele sumiu e eu então percebi uma voz próxima, atrás de mim, com longas mãos segurando meus ombros, tirando meu capuz de meu rosto. Virei-me para olha-lo, um rapaz que eu nunca vi na vida, cabelos cor-de-vinho, um rosto lindo. Algumas memórias vazias me percorreram, alguma coisa me dizia que eu já o tinha visto uma única vez na vida, mas eu não me lembrava. -
Por que você me matou? - Ele disse em sereno para mim, sumindo tão rápido quanto chegou. Não soube porque, mas meu corpo desabou no chão, minha cabeça latejava e eu não conseguia mais me mexer.
Meu olho abriu, já não estava no palácio, estava no meu velho e solitário quarto, no apartamento 7 da rua. Não entendi absolutamente nada daquele sonho, mas coisas assim acontecem, são fragmentos de pensamentos que se juntam e quase nunca faz sentido, então ignorei. Mas, ainda assim, sonhos assim eram melhores do que o despertar, eles geravam mistérios, questionando a mim mesma sobre o que alvejo, o dia se limita em treinar, fazer alguns bicos para ganhar dinheiro, comer e dormir. Não há diversão, não há nada de especial. Ainda sim, infelizmente, preciso dele. Algum dia ainda irei dormir e sonhar eternamente.
Abri minha gaveta para pegar alguma blusa qualquer e encontrei cuecas masculinas, não entendi o porque daquilo estar ali, apenas agarrei elas e joguei no chão em um canto distante do quarto, peguei algumas blusas, fui ao banheiro e tomei um banho ligeiro, vestindo o que peguei e colocando meu manto. Um entendiante dia me aguardava, e eu teria meu capuz envolto do meu corpo para me acompanhar.
- Detalhes:
Youko Ativa.
-Capuz Roxo cobrindo o Corpo.
-Equipamento xxxx
- Vestimenta: