Sala do Kazekage

A entrada do rapaz tinha sido deslumbrante, sentira um olhar pesado sobre si, mas não pode identifica-lo estava evitando manter contato ocular com as pessoas ali, observando apenas do peito para baixo, quando a rajada fora impedida de chegar em seu destino original, soube que havia deduzido corretamente o que estava acontecendo no recinto. Agora a sala estava dividida por uma parede de pilares, elas não eram grossas, mas tinham um numero exagerado, como se a técnica tivesse sido realizada duas vezes, de um lado Clarke e o precioso pote, junto com seus sapos e minhas cobras, do outro, eu, Hana e o Mascarado.
 Era estranho ouvir a voz do mascarado mas não olhar para seu rosto, Ethan teve que lutar contra a sua vontade de subir a visão, apesar de seus instintos quererem olhar para cima, ele se manteve focado em continuar olhando para baixo. Então o mascarado criou um clone, que atravessou as paredes de pilares como se fosse uma ilusão, mas era impossível, Ethan saberia se fosse este o caso, já do outro lado falou algo que a convicção do mascarado não surpreendeu o rapaz em nenhum momento, ele também sabia que o mascarado iria sair dali com o pote, só não seria em perfeitas condições físicas.
 Suas cobras estavam perto do pote, como guardas, mas nada podiam fazer diante de tamanha velocidade, e com um único ataque cirúrgico o homem decepou a cabeça de ambas, que se desfizeram numa poça de tinta, o rapaz sorriu, seus animais não eram como os sapos, não havia como ceifa-los, pois eu era o guardião da vida deles, e eu decidia quando poderiam ou não saírem da batalha, a poça estava lá, e ela se tornou a guardiã do pote, pois quando o clone do mascarado se aproximou as cobras voltaram, e tentaram se agarrar fortemente a seus pés, plantando-o no chão, numa tentativa desesperada de impedir que o mesmo chega-se até o pote.
Uma brisa de vento passou sobre o menino, não era nada extravagante e com certeza não era o suficiente para mover as madeixas de ninguém, estranhou quando o cabelo do homem se moveu tão repentinamente e de uma forma tão rápida, sabia o que iria acontecer, por isso, usou seu chakra no couro cabeludo, fazendo com que seus cabelos assim como o do oponente também crescessem, mas com um diferencial, seus cabelos iriam crescer em volta de si mesmo e se solidificar, era uma defesa simples mas o suficiente para defender aquela investida cabeluda de seu oponente - Desculpe, não sei como batalhar contra mim e roubar nossa arma, vai te ajudar na sua profecia de sentar no trono de ferro. - Pronunciou-se Ethan, enquanto calculava os seus movimentos, rabiscando alguma coisa em seu pergaminho, ainda não sabia o que fazer, mas sabia que tinha que fazer algo rápido.
" Bem o gabinete já esta fodido mesmo, vamos terminar com a bagunça " Articulou o próprio movimento mentalmente antes de realiza-lo, a cobra que estava enrolada em sua mão, enrolou a parte do seu corpo que sobrava no pergaminho o segurando, e então Ethan calmamente levantou sua mascara na altura da boca, aproveitando o lugar onde sua mão se encontrava, deu uma leve beliscada na pele com os dentes, o suficiente para soltar um pouco de sangue, o tipo de ferimento que o sangue para após descer um pouco, mas ainda assim o suficiente para o menino tocar a sua mão no chão e invocar o temido Rei das cobras, uma cortina de fumaça subiu no local, e logo dela saiu a maior cobra que o rapaz já havia visto, ela era tão grande que só a sua invocação naquele lugar fez o mesmo despedaçar-se, os escombros eram nada mais que pedrinhas batendo em sua grossa escama, Ethan sabia que assim que a cobra surgisse o lugar estaria condenado, por isso havia rabiscado uma águia em seu pergaminho, quando as coisas começaram a se quebrar Ethan saltou enquanto ainda havia um chão, a ave saiu do pergaminho e foi direto para baixo do rapaz, que para se proteger dos escombros criou uma redoma elétrica em volta de si, sua ave, e as cobras que estavam perto dele no momento. As aves de médio porte que acompanhavam o menino, voaram por entre a queda dos escombros em direção ao pote, agarraram-no com suas garras, as três e o mantiveram no céu, calmamente iriam voar para longe, sem se distanciar muito.
Quando acabaram de cair todos os escombros, a ave que carregava Ethan se aproximou da cabeça de Manda, o garoto saltou então das costas da ave para a cabeça da cobra, que resmungou - Menino maldito! Eu vou comer você no jantar - O Rapaz não respondeu, permaneceu em silêncio, até que a mesma nota-se a grande massa de chakra que emanava do mascarado - Não olhe diretamente para seus olhos - Alertou a cobra, antes que a mesma fizesse tal idiotice. Ethan agora já tinha todas as peças de que precisava em campo, estava na hora de atacar diretamente o mascarado e foi o que fez, na frente de sua mascara que já cobria novamente todo o seu rosto, surgiu uma pequena esfera de energia, que logo se transformou numa rajada disparada em direção ao clone do mascarado, então, boa parte dos escombros levantaram e subiram lá no alto de forma rápida, depois de alguns segundos cai dos céus uma especie de tampa, formada a partir da terra dos escombros, com adornos de um porco selvagem, estava caindo em cima do mascarado, na tentativa de no melhor dos casos esmaga-lo e no pior deles prendê-lo. Sabia que aquilo não era o suficiente para deter o mascarado, mas já era um belo começo.