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1[Área de Treino] [Suna] River Empty [Área de Treino] [Suna] River Sex 15 maio 2015, 14:02

River

River

Gennin
Área comum de treino da Academia.



Última edição por River em Qua 22 Jul 2015, 07:09, editado 2 vez(es)

2[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Sex 15 maio 2015, 18:02

River

River

Gennin
Local do treino: Área de Treino da Academia Ninja de Suna
Objetivo do Treino: Aprender Jutsus, ué.
Jutsu Aprendido: (Abaixo)
Números de Linhas: (Abaixo)
Regra de Treinos: Treinamento de Jutsus, Treinamento de Bijuus


...
Após tornar-se Gennin, o novo desafio de Han era chegar a Chunin perfeitamente, mas antes, ela precisava de Jutsus, Habilidades especiais. Como iria começar a fazer missões sem o mínimo suporte contra oponentes? Iria lançar uma shuriken? Faça-me rir.

Com seu sonho de ser útil – um suporte excelente, na verdade - a alguém, resolveu começar a trajetória, o caminho para seu desejado destino. De início, precisava apenas do básico. Clones descentes, camuflagens eficientes, algo um pouco ofensivo, e também alguma coisa que possa resolver o problema com genjutsus de forma tolerável.

A área de treino da Academia certamente era a melhor opção no momento. Havia outros gennins treinando, e todos quase no mesmo nível de habilidade. Ideal para começar seus treinos. Quem sabe no futuro passar a treinar no deserto ou em cavernas como os ninjas mais prendados? Hm... acho que não, Han ainda valorizava a limpeza e sua bela pele.

Mais cedo, havia ido ao arsenal de pergaminhos da Academia e recolheu alguns que ensinavam alguns jutsus. A maioria bem comum. Abriu um por um, atirados de forma relaxada no chão.

Treino do Kage Bunshin no Jutsu ( 319 palavras )
As instruções não eram complicadas, mas Han, com sua famosa impaciência leu tudo rápido, e claro, pela metade. Obvio que, não era necessário uma atenção redobrada. Han não era alguém com o QI baixo, e nem alto, era algo equilibrado para sua idade.

Usando o Bunshin no jutsu – que aprendeu ainda quando estava na academia – como base, fez a primeira tentativa. Fracassada de imediato. Tentou diversas vezes até ter sua paciência esgotada, jogar o pergaminho no chão com força e sentar-se no chão com as pernas dobradas e a mão direita segurando o queixo, tentando entender porque não havia dado certo. Recolheu o pergaminho com a mão esquerda, sem perder sua pose de pensador, e voltou a ler, porém, com mais calma. Estudando mínimos detalhes. Deveria habituar-se a detalhes se desejasse ainda ser uma grande médica. Para a cena tornar-se ainda mais perfeita, faltava-lhe óculos de professora.

Enrolou o pergaminho com o cuidado que nunca teve com as coisas, e o reservou junto com os outros. Em posição ereta, dei um suspiro, e então, concentrou-se. “Concentração, Devoção, Intuição, Imaginação, Realização da Alma e Sabedoria.” – Recitou consigo mesma as qualidades do Chakra que fluía pelo seus membros – como de costume o que sempre dizia em pensamento para si mesma quando buscava em seu interior o que precisava para conseguir algo.

Juntou as mãos, repetindo os selos mostrados no pergaminho, tentou, e tentou. As primeiras tentativas: um fracasso só! Mas após tentar várias vezes, consertando erros, melhorando, e experimentando novas formas, conseguiu. Mas não foi um sucesso imediato. Custou quase a tarde toda de Han.
Mesmo com o sucesso, Han não deixou de treinar, continuou fazendo vários clones, e mandando eles fazer coisas aleatórias, testando-os em rumo a perfeição. Durante os testes, necessitou corrigir alguns detalhes, até que, não encontrou erro algum em sua técnica.
Já era quase noite, quando ela sentou no chão, e relaxou, preparando-se para o próximo treino.
Jutsu:

Treino do Kanashibari no Jutsu ( 304 palavras )
Após relaxar, começou a treinar outro jutsu. Era tal de Kanashibari no Jutsu. Na biblioteca, alguém cujo Han já não lembrava mais do rosto e nome, havia dito a ela que era útil para ela – e seu sonho de se tornar uma grande médica. Mesmo não gostando de dar ouvido para desconhecidos, ela seguiu a dica.

O jutsu se tratava de um modo de paralisar corpos, seja animais ou humanos utilizando meras sembons! Como não chamar atenção de uma Gennin? E para aprender, chamou alguns estudantes para serem cobaias humanas.

Recolheu algumas sembons de sua bolsa, concentrando seu chakra delicadamente nas pontas das sembons, que eram tão afiadas a ponto de excitar os instintos médicos que Han jurava ter.

Usando a primeira cobaia. Um menino baixo, magro, aparentemente muito mais novo que os outros, bem animado com os experimentos dos quais não estava muito ciente. Han havia dito que iriam brincar de algo “muito divertido”. Lançou a primeira sembon no menino, assustando um pouco as outras crianças que, para demostrar serem corajosos, ficaram quietos, em posição ereta. O menino, por outro lado, correu chorando, com a mão onde a sembon havia penetrado, segurando o sangue, irritando Han.

Pegou um livro de anatomia humana básica, e começou a estudar os pontos estratégicos. Para não correr o risco de perder mais uma cobaia. E partiu para novas tentativas. Tentou com quase todas as crianças. Algumas correram, outras apenas caíram, e alguns permaneceram fortes até o fim dos experimentos. Até que Han conseguiu. Sua irritabilidade sumiu como gota de agua numa frigideira quente. Assumiu um sorriso. Dispensou metade das crianças – as mais chorosas, e deixou as mais fortes para os próximos treinos.

No céu, o crepúsculo tomava posse em um espetáculo rosa e laranja. Han pode contemplar por uma janela da Academia. E como amava aquela visão.
Jutsu:

Treino do Genjutsu no Kai ( 237 palavras )
O breu da noite já havia engolido seu amado crepúsculo quando Han voltou para seu treinamento. Estava mais manhosa, como sempre ficava ao ver algo que ama. Sonhava com o dia que sentiria isso por um homem, mas sabia que talvez jamais amaria um homem como amava o crepúsculo. Suspirou, lembrando de sua infância com os tios – precisava de algo que retirasse sua expressão boba.

Era vez de um jutsu em especial. Precisava de algo para usar contra Genjutsus. O mundo era perigoso, e como bom suporte, precisava estar pronto para sofrer ataques ilusórios. Ser pessimista era quase uma qualidade já para Han. A ajudava a ver o pior das situações rapidamente, conseguindo se safar de alguns imprevistos da vida.

Mas para aprender a sair de um genjutsu, ela precisava de alguém que soubesse usar um. E voilá! Lá estava um estudante que conhecia um genjutsu básico, o que já bastava para Han. Leu basicamente o pergaminho, treinou o selo, e por fim, pediu para o estudante usar o Genjutsu.

Inicialmente, ela não reconheceu o Genjutsu, mas logo notou coisas bizarras à sua volta. Lembrou dos dias com os amigos, nas festinhas onde as drogas eram liberada. Via coisas inexplicáveis, tonta, louca, tanto faz, estava feliz. E como aquele Genjutsu a fazia relembrar aquela felicidade que a deprimia no fim do dia. E então, “Kai”. Usou o selo, e todas aquelas lembranças sumiram junto com o Genjutsu.
Jutsu:

Treino do Touton no Jutsu ( 297 palavras )
Sorridente e feliz, certamente, o quarto jutsu da noite, daria para mais um antes da academia fechar – caso o fizesse rápido. Este se chamava Touton no Jutsu. Havia lhe chamado a atenção apenas com sua descrição rápida: Capacidade de ficar transparente! Ou invisível, para os simples. Seria uma técnica de grande importância para ela, caso resolvesse tentar entrar para a ANBU de sua vila. Imagine só: uma ninja que fica invisível. Mas certamente vários outros ninjas já possuíam aquela técnica também, mas não diminuía o desejo de Han pela técnica.

Diferente das outras técnicas, Han sentou-se calmamente, e leu todo o pergaminho, com uma paciência inacreditável. Suas cobaias, naquele pouco tempo juntos, já a consideravam louca. Enquanto lia, Han agitava seu chakra por todo o seu corpo, tentando o reunir, expandir, e manter uma ordem. A técnica requeria concentração e expansão de chakra por cada célula do corpo. A intensão era ficar invisível, então, até mesmo fora de seu corpo, até por suas roupas era necessária a expansão. Mesmo com pouco chakra, ela conseguiu expandir corretamente. A primeira tentativa foi sua mão. Tentou milhares e milhares de vezes até surgir o primeiro efeito, a primeira transparência. Quase berrou de alegria, se conteve, mas deu uma pequena gargalhada meio macabra.

O novo desafio foi seu corpo e roupas por inteiro. E novamente tentou várias e várias vezes, se perdendo na hora. Quando finalmente obteve sucesso, estava sozinha na área de treino da academia, nem mesmo uma alma viva. Estava tudo escuro, apenas uma luz-foco em cima do tatame que Han utilizava. Ao longe estava um faxineiro varrendo o chão. Invisivel, Han observou tudo ao seu redor, até o momento em que o faxineiro apagou as luzes, deixando Han sozinha – ela desativou o jutsu, e acendeu a luz novamente.
Jutsu:

...
Sozinha na academia, com apenas seu tatame aceso, sentiu o peso da solidão. Refletiu sobre todas as vezes que foi má com alguém. Todas as vezes que sentiu prazer ao ver alguém se ferir. Suspirou, tentando ignorar seu lado mais obscuro que a dominava aos poucos. Não desejava aquilo para ninguém, algo que não podia compreender, uma dor, um vazio, algo que lhe tomava dos pés à cabeça, lhe martelava com força e lhe enfraquecia aos poucos. A melancolia da noite, a depressão dos fins de tarde, o véu negro que abraçava amargamente todos os descuidados.

Desejou, no fim, não ser ninguém. Sentiu o álcool faltar na língua, e o tabaco faltar nos pulmões. Sentiu o peso da abstinência. Desejou ser o nada, ser o tudo. Ser o mendigo que deita sobe a calçada gélida toda noite buscando em seus braços o aconchego de uma perdida mãe. Ser a prostituta que aquece a cama de algum homem que mente todo dia para a esposa. Ser um jogador que naquela noite ganharia tudo... ou perderia tudo, questão de sorte. Ser até mesmo o Kage em seu leito de orgulho. Ser o bebe que acabou de nascer, ou que nem nasceu e já possui um nome. Han era confusa. Deitada no chão do tatame, inalou mais uma vez aquele ar congelante que predomina os desertos à noite. Gostaria de ter inalado outra coisa naquele momento, algo que lhe aqueceria o corpo, seu pulmão em especial. Ou o ar quente de uma suíte com paredes mal pintadas, e uma cama desarrumada, olhando para o teto com uma lâmpada central fraca, sentindo o peso de um corpo mais robusto dominar o seu completamente, e ouvindo o que parecia a mistura de uma cama rangendo e respiração ofegante alheia. Poderia estar em qualquer lugar, sendo qualquer pessoa.  

Treino do Yokuatsu no Chakra ( 294 palavras )
E pensando naquilo tudo, Han levantou, com uma expressão vazia no rosto, olhos mortos, e sem esboçar um sorriso costumeiro.  Ninguém havia aparecido nos últimos que pareciam intermináveis minutos, o que fez Han tomar coragem para fazer o último treino do dia. Yokuatsu no Chakra era o nome do jutsu.  

Havia chamado a atenção de Han por motivos em especial. Poder se tornar seu chakra imperceptível fazia parte de uma boa camuflagem. Han gostaria de ser invisível as vezes, ou o tempo todo. Ser normal, comum, pelo menos uma vez na vida, aquele jutsu poderia lhe proporcionar isto. Com um breve suspiro, tomou o pergaminho, o ultimo, com as mãos tremulantes e pôs-se a ler. Delicadamente, seus dedos deslizavam sobe as linhas, como se estivesse lendo uma poesia. Sorria meigamente para si mesma, tentando controlar aquela bad.

O jutsu só dizia que ela precisava suprimir seu chakra, como se fosse houvesse um frasco secreto dentro de si, e todo seu chakra deveria se abrigar ali, naquele pequeno espaço. Han se perguntava se conseguiria. Talvez sim, pensamento positivo era bom naqueles momentos amargos...

Inicialmente agitando seu chakra, detectando-o dos pés a cabeça, por cada célula e veia, juntando-o no centro de seu corpo. Isto não era muito fácil, mas nada de rachar a cabeça de alguém – pela dificuldade. Precisou de pouco tempo até reunir todo o chakra, sentiu-se cansada após tal ato. E então, suprimiu aquela esfera dentro de si. Mas não foi de imediato. Tentou diversas vezes antes do sucesso. Tentou em seguida usar algum jutsu, e não conseguiu, não havia “chakra” em seu corpo, e ao desativar a técnica, conseguiu reproduzir um Bunshin. Tirando nota que, não apenas deixava seu chakra invisível, mas como mascarava-o a ponto de nem ela mesmo poder usar.
Jutsu:


- Todos os jutsus que posso treinar pela semana em um unico post. Peço que avaliem como se fossem separados.
- Desculpe os devaneios, mas eu escrevo assim naturalmente --'

3[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Sex 15 maio 2015, 18:11

Nagatame

Nagatame

Gennin
Aprovados

4[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Sex 15 maio 2015, 21:23

River

River

Gennin

Treinamento de Status
(1886 palavras)
Semana cheia. Han mal havia se tornado Gennin da Academia, e já possuía muito o que fazer. Já havia feito até mesmo uma lista de tarefas: treinar jutsus novos, estudar sua leitura e oratória, fazer missões. Mas faltava algo nessa lista... Algo que pudesse alimentar o corpo e a resistência física. E, de acordo com os livros da biblioteca, não era difícil, só precisava de algo chamado... “Exercícios Físicos”. Algo que não parecia tão alarmante para Han. Mas não foi bem assim que aconteceu...

Meia hora correndo pela aldeia do vento, a garota já estava ofegante. Pedindo tempo ao tempo. E se possível, que ele parasse para ela respirar. Como esperado, ele não deu, então ela usou a segunda opção. Entrou em um bar local e pediu um copo de agua com dificuldade, a garrafa de whisky nas prateleiras atrapalhava seu raciocínio. Sentou, bebendo devagar. Ao seu redor, via algumas pessoas fumando. Tentador. Resistiu à tentação e saiu para fora do bar com pressa. Não podia mais aceitar aquela vida depressiva, fugir não era a melhor opção, claro. Mas não podia dar o luxo de batalhar tão “fraca”. Seu medo, ódio, e raiva estavam interligados a esse problema, e a cada batalha, a vencia mais. Dar um tempo para tudo aquilo seria a melhor opção, buscar forças seria a melhor opção.

O dia mal havia começado e ela já estava cansada? Na-na-ni-na-não. Não tinha esse direito.

Voltou a correr, porém, devagar, apenas curtindo a brisa constante que alisava as ruas de Suna como se estivesse afagando um gato peludo, com delicadeza. E como Han amava aquilo. Mas não correu por muito tempo, apenas o suficiente para chegar a sua meta final: uma piscina própria para treinos. Lugar prefeito para exercícios cardiovasculares. Uma saúde melhor era necessária. Resistencia, também!

Deu um tempo, até o corpo descansar, sem relaxar demais. Vestiu um maio branco com uma diferença bem especial: o tomara-que-caia. Chegava a ser o charme das vestes. Ser vista usando tal peça a deixava confiante. Botou a detestável touca, e os óculos, e pulou na piscina, de ponta. Nadou por horas, todos os tipos de nados que sabia. Crawl, de Costas, de Peito, Borboleta; Algumas pessoas ficaram ali só para ver seu desempenho.

No fim, olhou para o céu, e viu seu amado crepúsculo. Se reuniu a borda da piscina, contemplando o fenômeno que os dias lhe oferece com serenidade. A noite cobriu o céu rapidamente com um tom anil, mas não impediu Han completar seus exercícios. Mas antes de continua-los, ela relaxou na piscina. Sentindo o frio tocar sua pele, congelando a ponta de seu nariz. Gostava daqueles momentos.

Após um banho morno, um bom tempo perdido nos vestuários. Voltou para as ruas de Suna, correndo, com um pouco mais de velocidade. Sua meta agora era outra: uma trilha secreta – nem tanto assim - entre as muralhas de Suna que a levava para um mirante abandonado, em um ponto que diziam ser majestoso, onde o amanhecer era “especial”. Pretendia ir lá a mais tempo, porém, a preguiça não lhe permitia. Porque tempo nunca lhe faltou, apenas eram desperdiçado com pessoas desmerecedoras de tal coisa.

A corrida lhe exaustou; havia muito o que fazer ainda, não havia tempo para descansar. Únicas vezes que corria, era em avaliações, fora isso, passava maior parte do tempo em biblioteca, lendo livros e escrevendo em seu bloco de notas.

Ao chegar ao local desejado, apenas sentou, em cima de uma pedra redonda. A vista era realmente sensacional – para quem gostava de ver paisagens desérticas, claro. Porém o local estava degradado. As muretas de proteção estavam enferrujadas e ausentes em alguns pontos. Os bancos nem existiam mais. Em um canto, haviam seringas usadas, bitucas de fumo, uma base de fogueira apagada, apenas cinzas. Em outro, haviam garrafas vazias, algumas quebradas, bastantes cacos de vidro pelo chão, e camisinhas usadas. Era entristecedor, várias pessoas já deveriam ter se perdido ali. Como uma cidadã comum, decidiu ignorar tudo aquilo.

Dobrou as pernas, e entrou em posição de yoga. “É daqui que o sol nasce para toda a Aldeia. Talvez, o Karma desse lugar seja ideal, seja... glorioso como o sol, ardente como o fogo, capaz de limpar a alma. Talvez seja aqui... onde o Medo, ódio, e a raiva nascem ao crepúsculo, e morrem ao amanhecer. É aqui.” – Falou consigo mesma. Sorridente. Concentrava seu chakra em seu corpo, fazendo-o dançar suavemente. Aquilo era calmante para ela. Como se pudesse fazer o que quiser dentro de si. Mas como nada nessa vida é para sempre, uma voz lhe interrompeu.

- Este lugar não é perigoso para uma menininha ficar? – Aquela voz não era estranha para ela. Olhou para trás, e não havia ninguém. E ouviu de novo, no pé de seu ouvido direito, - Você nunca gostou de ficar sozinha, não é mesmo? – Han olho para a direita, e não viu absolutamente ninguém. O som do ferro rangendo lhe assustou, não havia nada a sua volta para reproduzir aquele som. No fundo, sabia que aquilo era coisa de sua mente. Seu medo. A voz era de alguém que já não respirada, não viva mais em seu mundo. Alguém amado, talvez. Alguém que não merecia seu tempo, talvez. Mas isso não importava mais, o que passou, passou. Aquela voz continuaria invadindo seus sonhos em forma de Medo. Certamente, era quem ela deveria enfrentar aquela noite...

Voltou a posição de yoga, fechando os olhos. Buscando em seu interior a fonte daquele medo incompreensível. Dentre vários fragmentos, uma dor de cabeça aguda tentou lhe atrapalhar. “Concentração, Realização, Sabedoria.” – Recitou calmamente. E acabou achando algo sobre sua infância. Era seu tio ateando fogo nela mesma com um chicote de fogo. Uma reluzente serpente em chamas a tocar suas costas com fervor e rapidez, deixando apenas marcas cobertas por sangue fresco e cicatrizes eternas. Sim, seu maior medo era o fogo. Mas o achava belo, tão inalcançável e prepotente.

E por instantes, se viu novamente uma criança que acabara de ser descoberta – após roubar algumas moedas de ouro. Abaixo dos olhos indignados de seu tio, se encontrou às lagrimas. Escondia o rosto com as mãos, na tentativa de fugir daquela realidade tortuosas, quando lembrou que, só sairia dali se vencesse. Retirou as mãos do rosto, mas não conseguiu olhar para o rosto do tio, sentia medo. Medo da serpente em chamas que lhe marcaria as costas para sempre. Sentiu diversas coisas naquele momento, já não lembrava mais das palavras que, originalmente, ele havia dito. Compreendia seu erro. O roubo era errado. E brevemente começou a aceitar seu erro. Seu tio havia, sim, errado. Mas seu erro foi o que fez Han aprender. Após alguns minutos refletindo, ela virou-se, levantou a camisa e expos as costas. Aquilo já havia ocorrido, e havia feito ela ser o que era, se sentir aquilo mais uma vez lhe faria não sentir mais aquele medo, assim sentiria mais alguma mil vezes. Ficou esperando a primeira chicotada, e nada aconteceu. Ela olhou para o rosto de seu tio, e ali não viu face alguma. Tudo se apagou, encerrando o fragmento.

Han não entendeu o que ocorreu naquele fragmento. Mas não lembrava do rosto de seu tio, nem o de sua tia. Pelo contrário, nem lembrava mais nem ao menos seus nomes, como se jamais tivessem existido, e realmente não existiram. Vagando por fragmentos, acabou lembrando de algo que um dia desejou esquecer, mas camuflou em ideias sobre “vivi com meus tios, meus ferimentos foram por causa deles”. Nada era real. A muito tempo, quando era criança ainda, pouco mais que cinco anos de idade, seus pais foram assassinados, e mesmo com vários ferimentos, Han sobreviveu milagrosamente. Como a casa foi incendiada, acabou se queimando. E novamente se viu uma criança coberta de sangue, dentro de um incêndio, seus pais mortos em sua frente, sem uma face.

Ela agachou-se e pôs as mãos na cabeça. “O que passou, passou, Han! Não se abale com isso. Veja seu futuro, será uma grande ninja. Fuja disso, vença isso! – Eles morreram por minha causa – Eles morreriam de qualquer forma. Mas pense, você acha que eles estão gostando de ver a filha deles ficar se lamentando, com medo do elemento que eles dominavam? Você lembra? Seu pai controlava o fogo, criava serpentes de fogo no ceu, e contava belas historias ninjas. Sua mãe? Ela controlava o vento, ajudava seu pai a lhe contar histórias dobrando o fogo com o vento. Se amava tanto isso, porque está com tanto medo? – Eu não... eu... ... ... sim. Eu lembro.... – Então pare de agir como se essa bela lembrança fosse seu maior medo. Pois não é!” – discutiu consigo mesma. Ela simplesmente levantou passivamente e olhou ao redor. Buscava algo com os olhos. E lá estava, uma carta sobe a escrivaninha. Lembrou-se que, naquela noite, sua mãe havia escrito uma carta para alguém importante. Carta que jamais foi enviada. Pegou a carta, sabia que jamais leria o que estava escrito na carta, mas apenas saber para quem foi a última pessoa que sua mãe escreveu, já seria confortante. E para sua surpresa, em baixo da carta estava uma foto de Han com seus pais, abraçados. Rostos surgiram em sua mente, lhe transmitindo paz. Logo voltou sua atenção à carta, e lá estava “Para Hana, abrir só quando se formar na Academia!”. Ficou certamente triste, mas nenhuma lagrima escorreu de seus olhos.

- O que foi, Han? Não sabe o que fazer? – Aquela voz novamente a atormentando.

- Sabia que ela se importava comigo? – Han perguntou, com um tom calmo, mal parecia que sentia algo pela ocasião.

- ... Sim, sabia. Mas você não se importa com ela, então porque essa pergunta, se viveu a vida tentando esquecer eles, inventando mentiras sobre seu passado? – E em sua frente formou-se um vulto negro que aos poucos ganhava uma forma humana.

- Não sei, você sabe? – Han perguntou, colocando a carta e a foto sobe a escrivaninha, voltando seu olhar fixo para a criatura que tomou a forma de Han, porém, sem nenhuma cicatriz.

- Talvez, no fundo, quisesse ter sido a pequena Hana. Jamais ter sido Han, a perdida.

- Talvez... Mas sabe, ouvindo isso, fico ainda mais feliz por ter me tornado Han. Quem eu seria, quem eu tentaria ser, quem eu iria quer ser. Bom, isso é relativo, não é? Acho que no fundo, mesmo se eu fosse Hana, seria Han, e visse versa. Não há o que temer.

- Seu medo, na verdade, não era o fogo...

- Sim. Era você.

- É, eu sempre soube disso. Só queria saber quantos fragmentos teria que ver para descobrir isso. – Ela deu uma gargalhada meiga, como a que Han dá geralmente quando está feliz. Han sorriu para a criatura, que pegou fogo em seguida. Olhou para seus pais, e eles já não estavam mais lá. Sua visão escureceu e um clarão vermelho surgiu. Abriu os olhos, e lá estava o sol, ardente como o fogo surgindo no horizonte. Seus raios formavam serpentes pelo céu, penetrando bruscamente nas sensíveis nuvens que estavam de passagem. Podia refletir sobre seu amor misterioso pelo crepúsculo. Mas do amanhecer, não possuía mais medo algum. Naquele momento, sentiu certamente seu Karma mais forte. Como se, seu espirito estivesse se expandido pelo espaço que o medo deixou de ocupar – e um pouco mais.

5[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Sex 15 maio 2015, 22:53

Big Boss

Big Boss

Akatsuki
#Aprovado - 280 Pts

Avaliação:

Pontos Positivos:
- Boa ambientação e detalhamento.
- Boa ortografia.
- Bom Tempo Verbal.
- Narração Coerente.
- Bom desenvolvimento.
- Boa história. (se original)
- Enredo bem construído.
- Boa divisão de parágrafos.
- Ótima noção sobre escrita e Narração.
- Boa formatação.
- Gostei do Pikachu e.e

Pontos Negativos:
- Alguns erros de concordância.
- Algumas palavras repisadas em sequência.


Considerações:

6[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Sáb 16 maio 2015, 14:45

River

River

Gennin

Treinamento de Status
(2283 palavras)
E novamente, um novo dia. Acordar pela manhã. Fitar por breves segundos o teto mal acabado do pequeno e degradado quarto alugado em um beco de Suna – era o que dava para pagar. Aquilo não incomodava Han, pelo contrário, lhe dava ainda mais determinação para terminar logo seus “estudos” e se graduar em algo melhor. Certamente desejava algo melhor para sua vida... E quem não deseja? Única forma de conquistar esta realidade, era estudar e treinar bastante, e sobre treinos, já havia começado a um tempo. Corria todas as manhãs, e pelo menos uma vez pela semana, visitava a piscina para praticar, além de natação cotidiana, também exercícios cardiovasculares para melhorar sua respiração ao todo. Também não fugia dos treinos com jutsus na Área de Treinos da Academia Ninja de Suna. Sentia-se cada vez mais livre, e mais próxima de seus sonhos.

Não tomou café da manhã, apenas vestiu as roupas costumeiras e partiu. Como todos os dias, o sol predominava em Suna. Passou rapidamente em uma padaria, comprando um pão que comeu enquanto caminhava em direção ao portão da aldeia. Diferente de suas caminhadas normais, essa ela iria para além da muralha.

Era jovem, gostava de uma boa exploração e o deserto parecia uma ótima opção para se perder um pouco. Dentro de uma bolsa estava tudo que ela precisava. Garrafas com agua – e uma com bebida, para devaneios tolos -, algumas armas ninjas para defesa, uma muda de roupa limpa, isqueiro, um saco de dormir, um cobertor pequeno, e por fim, algumas coisas para comer (biscoitos recheados, salgadinhos, frutas). A bolsa havia ficado um pouco pesada, mas esse era o objetivo. Se conseguisse carregar aquele peso até o destino final, provaria que sua resistência havia aumentado nos últimos dias. Seria um bom teste até.

Sobre o destino final? Uma cachoeira próxima ao país do rio. Diziam que era belíssima. E claro, Han estava ansiosa para conhecer. Acabou indo sozinha, como sempre. Han era alguém de poucos amigos e desconfiada com os que tinha.

Saiu de Suna às pressas, mal pensando nos perigos que estava propensa. Sua cabeça estava focada apenas no destino maravilhoso que lhe aguardava.  Ou era o que ela pensava.

Como esperado. Não sabia o que era pior: a distância a ser andada, ou o sol forte do deserto. Bebia com fervor, descuidando-se. O caminho era longo, e se a agua chegasse ao fim, o que lhe restaria? Provavelmente, o bom uso do shunshin para voltar rapidamente para a aldeia – caso fosse possível, é claro.

Após tanto andar, encontrou aconchego na floresta a frente, sentou-se em baixo da primeira arvore, e ali fechou os olhos para descansar apenas um pouquinho, mas acabou dormindo.

Seu corpo doía por completo, como se tivesse recebido uma surra bem dada, estava correndo com dificuldade – com alguns breves tropeções - pela floresta, não via direito o que vinha pela frente, mas ouvia um urro alto vindo atrás, uma respiração rápida, alta e bem ofegante que a cada passo, parecia mais próxima a menina. Sentia desespero, como se fosse morrer. Seu desespero acabou lhe fazendo tropeçar em sua própria perna. Caiu protegendo o rosto com os antebraços, ralando-os. Rapidamente recuperou-se, olhou para trás de relance assustada, não havia ninguém. Fechou os olhos, tentando fugir daquela realidade. Fracassando. Levantou, e voltou a caminhar, mancando. Como um tique comum dela, olhou para as próprias mãos, e lá viu sangue, muito sangue. Não entendia. De quem era aquele sangue? De alguém ou dela mesma? Fechou os olhos novamente, lacrimejando. Ao abrir, olhou as próprias mãos e limpas estavam. Novamente encontrou-se confusa. Olhou para os lados, e por fim, de relance para trás, e viu-se sozinha em uma floresta escura.

Perguntava-se o que havia acontecido... a pouco estava sobe o sol fervente que dominava o deserto do País do Vento, relaxando em baixo de uma arvore. E agora, estava perdida. Deveria retornar? Mas para onde? O que haveria lá para ter feito Han correr tanto? E porque seu corpo doía tanto? – Muitas perguntas ao vento que jamais seriam respondidas de imediato. Ela suspirou, buscando alivio, sem sucesso. Sentia frio. Andou o suficiente até chegar em um pequeno riacho que cruzava a floresta. Após andar tanto por lugares que pareciam exatamente idênticos, chegar até um lugar diferente parecia uma conquista. Agachou-se na beira do riacho e põe-se a lavar as mãos com fervor, até algo lhe interromper. Seu reflexo apresentava uma imagem desfigurada. Estava com sangue e cortes profundos por todo o corpo, olhou novamente para as mãos, e lá viu sangue já seco. A agua do riacho tornou-se sangue. Han deu um grito agudo, caindo para trás. Começou a correr, retornar para onde estava antes, buscando a saída.

Passou todos todas as mesmas arvores que pareciam idênticas, passou até mesmo por onde havia caído. No chão havia muito sangue, o qual ela não havia notado antes. Parou, lacrimejando, sentia à vontade de ficar ali parada para sempre, temia o que estava pela frente: o breu. “Vamos, Han, continue a andar. Não fique parada!” – Ordenou a si mesma. Voltou a caminhar em passos curtos, desencorajados.

Caminhou uma curta distância até ouvir o som de um arbusto se mexendo, procurou e não o encontrou. Tudo a sua volta estava parado como uma pintura. Certamente não compreendia. “Vamos... Coragem, Han! Está tudo bem, é apenas coisa de sua cabeça.” – incentivou-se. Voltou a caminhar, sem reconhecer seu destino. E dentre passos e sons de arbustos aleatórios, sentiu pisar em algo melado e pastoso. Olhou para o chão, e viu uma massa que parecia uma mistura de órgãos, pele, sangue, e ossos esmigalhados. Não de apenas um corpo, e sim uma grande chacina por toda a parte. Não sabia se vomitava ou gritava. Pôs a mão na boca, e engoliu o vomito. Tentou sair de cima daquela nojeira. E virou-se, assustando-se com uma silhueta que surgia na escuridão.

- Sabia que voltaria... Han. – Falou como se tivesse o mundo sobe as mãos. Han recuou, pisando novamente naquele muco de sangue e carne. Não podia recuar mais sem pisar naquilo. – Porque está fugindo? Sou eu, seu amigo... Nohar. – A menina não recordada de ninguém com aquele nome.

- Eu não sei quem... – Sua voz estremeceu ao ver o rosto do ser. Tão familiar. Sorria meigamente, seu corpo estava limpo. Nem uma gota de sangue, o que incomodava Han de certa forma que nem ela poderia explicar. – Foi você quem matou todas essas pessoas? – Han gaguejou conforme o rapaz se aproximava.

- Não são minhas mãos que estão cobertas de sangue... São as suas. – Ele respondeu com naturalidade. Aproximou-se de Han a ponto de conseguir segurar em sua cintura, e puxar bruscamente contra seu corpo. Roubando sutilmente um beijo. Ardente. A fazendo recordar quem havia sido ele. Aquilo não durou muito. Sentiu seu corpo ser empurrado em cima daqueles corpos, e uma dor insuportável no abdome, olhou de relance para sua barriga, onde havia um buraco. Seu intestino estava fora de seu corpo, junto com seu útero e rins. Ela berrou de dor, e por fim, acordou.

Sim, era um pequeno pesadelo que Han costumava ter. Já era noite, sentia bastante frio, sua pele encontrava-se arrepiada. Olhou para a floresta adentro e não conseguiu enxergar nem dois metros à frente, estava escura como o breu. O deserto frio estava certamente mais convidativo para acampar. Assustada pelo pesadelo, Han apenas abriu sua mochila e retirou o saco de dormir, forrando no chão e o cobertor em seguida. Colheu pequenos gravetos, e umedeceu com a bebida alcoólica, pondo, por fim, fogo com o isqueiro. Voilá! estava sua fogueira. Não iria durar a noite inteira, apenas até Han conseguir dormir, foi o que ela pensava.

Passou boa parte do tempo sentada em cima do saco de dormir, enrolada no cobertor, fitando o bosque à sua frente. Temendo algum animal selvagem ou coisa pior: assassinos e estupradores. Refletia sobre o pesadelo também. Porque havia visto aquela pessoa depois de tanto tempo... Alguém que também já estava morto. Gostaria de ser morta naquele momento, apenas para não ter que ser torturada daquela forma. Suspirou, soltando o ar pela boca, vendo o favor no ar. Aquilo lhe lembrava fumo. Sorria despreocupada, brizando aquele momento.

A solidão lhe tomava conta naquelas horas, e a tristeza por igual. A fogueira foi se apagando aos poucos. Han assistiu até a última fagulha que voo daquela fogueira simples para longe, como borboletas flamejantes a morrer no tempo. Em seu olhar, o vazio dominava. Em sua boca, um sorriso desiludido camuflava seu pessimismo. “Talvez seja o destino... Me encontrar aqui, solitária, apenas eu e frio misterioso que o deserto encobre pelo dia... que me toca bruscamente, penetrando minha pele. É curiosa essa palavra: Penetrar. Quantas coisas já penetraram nessa mesma pele e por acaso não reclamei? Devo resistir ao frio, é isso que ele quer.” – Não enxergava nem um metro a frente. Fechou os olhos, aguardando o amanhecer. Fugindo de sua própria loucura. E como já imaginava, não demorou muito até os primeiros raios da alvorada tocar sua pele como um carinho de Deus.

Recolheu tudo, pôs na mochila com cuidado, e adentrou na floresta. Histórias de fantasmas não podiam impedir seu caminho, que por acaso, já estava chegando ao fim. E chegou. A cachoeira era tudo aquilo que diziam. Havia uma queda, e uma pedra bem no meio dela, perfeita para meditar. Seria ali seu treino. Mas ainda não sabia se realmente havia valido a pena a viagem. Chegou ainda pela manhã – do outro dia, claro. Despiu-se por completo e subiu em cima da pedra da queda d’agua. Sentou-se com as pernas dobradas, em posição de Yoga. Sua meditação começou ali, com a agua afagando sutilmente seu cabelo e suas costas.

Pretendia ficar ali o dia todo, meditando. Buscando as energias naturais que a agua possuía – assim como tudo que vivia permanentemente conectado com a natureza.

A agua lhe acalmava. Seu elemento natural poderia ser Suiton, mas no fundo, sabia que não, talvez o vento tivesse mais haver com Han. O vento e o tempo. Ali encontrou uma paz inexplicável. Ao fundo, só ouvia som de pássaros, e do vento em si. Após alguns minutos naquela breve harmonia. Han abriu os olhos, e uma borboleta azul celeste passou em sua frente e desapareceu. Parecia que aquele curto momento havia durado mais, como se passassem em câmera lenta enquanto Han acompanhava-a com a cabeça. Aquilo certamente havia sido especial. Quando voltou a olhar para frente, sentiu algo a empurrar o peito, como no pesadelo. Ela caiu de costas sobe a pedra, quase afogando-se com a agua que lhe sufocava a boca. Levantou assustada, sem entender o que havia ocorrido. Mesmo assim, sorriu meigamente. E fechou os olhos, concentrando-se em fragmentos. Buscando algo sobre Nohar. Lembrou de algumas coisas. Nohar foi alguém que a sangue frio foi assassinado quando Han ainda era criança. Sua culpa foi deixar o grande amigo apagar-se de suas memorias. Nada poderia fazer... Mas porque ele viria atormentar logo agora? E então, tudo escureceu.

Se viu nos olhos de alguém a qual não podia controlar. Corria bastante, suas mãos que vagamente apareciam no campo de visão estavam imundas de sangue. Ouvia o mesmo urro do pesadelo, os mesmos sons. E então caiu, no mesmo lugar onde Han havia caído, e da mesma forma. Levantou, com medo, e correu até chegar no riacho. Lá, lavou as mãos e o rosto. No reflexo, Han pode ver o rosto de Nohar cheio de sangue e cortes. Notava medo em seus olhos trêmulos. E então, algo atravessou seu abdome, fazendo seu intestino sair para fora. Seu corpo caiu no riacho, manchando a agua de vermelho. Ainda vivo, gemendo de dor, foi arrastado com os órgãos desconectando um a um de seu corpo até uma caverna, onde foi arremessado em uma pilha de corpos, ficou ai, sofrendo até morrer. Mas antes do último suspiro, ele chamou pelo nome da menina. Tudo escureceu, e Han abriu os olhos, aflita. Compreendia o que deveria fazer. Sabia o caminho, seu destino.

Pulou da pedra, vestindo suas roupas rapidamente, recolhendo suas coisas. E então adentrou na floresta, caminhou seguindo sua intuição, até chegar em uma parte que lhe era familiar. Parecia ser o mesmo lugar em que caiu no pesadelo. Arvores com as mesmas marcas. Correu em direção ao destino do pesadelo, e enfim, encontrou o riacho. Parecia intacto, como no pesadelo. Ela agachou e lavou as mãos.  Levantou e seguiu o mesmo rumo por onde Nohar foi carregado. O caminho foi longo, e a cada passo, ela jurava poder sentir sua dor. Ser puxado naquele estado deveria ter sido torturante. A garota permaneceu forte diante a tudo, mas aquela pose cessou quando avistou a caverna. Entrou com passos curtos, temendo algo. Mas estava fazia, e bem iluminada, haviam buracos pelo teto de toda a caverna que estava mais para uma gruta bem bonita. Vagou pelo local, até chegar a um buraco não tão fundo, provavelmente tinha cerca de dois metros. Lá, haviam muitos ossos espalhados, como imaginado. Jamais encontraria os de Nohar no meio de tantos, e a criatura que havia feito aqui já deveria ter partido a muito tempo. Não havia mais vestígios de novos corpos ali.

Não havia muito o que fazer, mas podia ser cordial. Han escreveu em selos budistas e os prendeu em diversas partes da gruta com a intensão de levar paz a aqueles espíritos. Também rezou e orou por todos eles. Aquele momento espiritual não fazia bem apenas aos espíritos, aquela conexão alimentava a alma de Han de alguma forma. Voltou para a cachoeira, mas sentiu sua alma longe demais para voltar a meditar. Decidiu então partir de volta para a sua Aldeia. Correndo, como sempre.

7[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Seg 18 maio 2015, 00:28

Big Boss

Big Boss

Akatsuki
#Aprovado - 120 Pts

Avaliação:

Pontos Positivos:
- Boa ambientação e detalhamento.
- Boa ortografia.
- Bom Tempo Verbal.
- Narração Coerente.
- Bom desenvolvimento.
- Boa história. (se original)
- Enredo bem construído.
- Divisão de parágrafo.
- Ótima noção sobre escrita e Narração.

Pontos Negativos:
- Alguns erros de concordância.
- Alguns erros de ortografia.
- Divisão de parágrafos desmoderados.
- Algumas palavras repisadas em sequência.


Considerações:

8[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Sex 22 maio 2015, 18:09

River

River

Gennin
Local do treino: Área de Treino da Academia Ninja de Suna
Objetivo do Treino: Aprender Jutsus, ué.
Jutsu Aprendido: (Abaixo)
Números de Linhas: (Abaixo)
Regra de Treinos: Treinamento de Jutsus, Treinamento de Bijuus


...
Novamente se encontrava naquele lugar tão comum quanto o deserto. Dessa vez, estava com alguns amigos de Academia que por acaso já eram Chunnins. Han havia sido a unica que ainda era Gennin. Todos haviam aceitado ajuda-la.

Konoha Shoufuu ( 172 palavras )
Como primeiro jutsu do dia, preferiu escolher algo diferente... talvez seu primeiro taijutsu. Não queria nada muito difícil de aprender. Afinal, era o primeiro do tipo.

Diferente de Ninjutsus, Genjutsus e outros variantes. O Taijutsu não gastava Chakra... Usava outra “fonte” de energia: Sua força física. Certamente era para aquele momento que ela havia se exercitado tanto! Treinos eternos.

Acompanhada com um Chunnin já um pouco experiente, observava a explicação recebida, e analisava os movimentos do Chunnin enquanto ele concluía o jutsu Konoha Shoufuu em um boneco de palha para treinos com perfeição.

Após ouvir por um bom tempo a aula teórica do Chunnin, chegou a vez de Han tentar.

Sua primeira tentativa, não conseguiu evitar um desequilíbrio da perna esquerda e acabou caindo no chão de forma constrangedora. Fechou os olhos, e logo abriu, fitando o Chunnin que a encarava com um olhar de compressão e simpatia. Levantou, e tentou executar aquele golpe milhões de vezes. Até que finalmente conseguiu. Abraçou o Chunnin com força. E o dispensou, saltitando pelo tatame.  
Jutsu:

Gengakure no Jutsu ( 283 palavras )
O dia estava ótimo até então. Vez de outro jutsu, dessa vez, algo diferente. Han planejava combar estilos de batalha, e para isso teria que treinar bastante. Um sonho antigo e ainda vivo. Genjutsus... Como base, preferiu começar com os Genjutsus passivos. Para usar apenas como um bom suporte. Talvez, no futuro tentaria alguns ativos para começar um pouco mais de violência... Mesmo sendo alguém bem calma, Han poderia ser bem agressiva.  

Lá estava Gengakure no Jutsu... Mais um jutsu que a ajudaria a aperfeiçoar a habilidade de camuflagem. Algo que ajudasse com seus novos planos de vida. Dessa vez, não deixaria apenas invisível ou indetectável. Faria os dois, talvez bem mais útil no futuro, indo contra pessoas com menos “mente” que Han. Certamente ela iria aperfeiçoar a mente.

Seu ajudante agora era um chunnin, ele conhecia a técnica, mas ainda assim, possuía menos mente que Han. A explicou basicamente como era o jutsu e que era feito como qualquer outro genjutsu.

“Sumir..” – Mentalizou. O Chunnin parecia confiante em sua frente. Ele possuía velocidade, mas lhe faltava mente – burrice, na opnião de Han. Na primeira tentativa, nada aconteceu. Forçou mais algumas vezes, e nada.

Pegou o pergaminho do jutsu e começou a ler, provavelmente havia algo errado com a explicação do chunnin, e Han encontrou. A menina era boa com leituras e detalhes. Apenas fitou o chunnin com um olhar de “porra cara!”.

Voltou a tentar, seguindo de acordo com o pergaminho, e após algumas tentativas em sequência, ela conseguiu. Ficou animava, mas nem tanto, sorria delicadamente. O Chunnin saiu, contando uma piada para uns outros que se retiraram junto. Han ficou solitária novamente. Não precisava mais de ninguém para continuar o treino.
Jutsu:

Fuuton - Suiran Reppu ( 203 palavras )
Solitária, deu início ao seu verdadeiro plano: treinar habilidades de elementos, os quais manteria em segredo. Não queria ser vista como uma ninja elemental. Apenas como uma futura e comum médica da vila que viveria pelo seu trabalho no majestoso hospital geral da cidade.

Com o passar dos dias, sua visão sob seus desejos mudou. Não se sentia mais como a menina que desejava ser útil. A palavra útil ganhou um novo significado. Precisava de, acima de tudo, a própria independência. Gostaria que nenhum outro ninja soubesse daquele desejo desesperado de sair daquela fortaleza e pôr os pés no mundo acompanhada com apenas os espíritos de seu passado.

A ponto tempo, havia despertado o fuuton dentro de si. Ela sempre soube que o vento era o seu tempo. Símbolo do Redemoinho – terra que Han desejava conhecer apenas para deixar flores para seus antepassados acompanhados com uma oração verdadeira.

A técnica era fácil. Rank D. Fuuton - Suiran Reppu. Apenas para levitar e controlar armas de pequeno porte. Bem útil para um Gennin. Necessitava apenas de um selo: a serpente.
Ler aquele pergaminho foi rápido para Han. Conseguiu executar a técnica na terceira tentativa, levitando uma Kunai e colocando em cima de uma mesa.
Jutsu:

Fuuton - Kaze Kunai ( 267 palavras )
Usando a mesma kunai deixada na mesa durante o treino anterior, a menina iria treinar um outro jutsu também do elemento Fuuton. Precisava começar com coisas pequenas para avançar com sucesso para as grandes.

O jutsu da vez era Fuuton - Kaze Kunai. Não havia entretido muito a menina quando encontrou o pergaminho quase mofando no fundo de um baú velho na biblioteca, mas era interessante. Caiu bem na lista que precisava de tarefas do dia: Treina-lo até atingir a perfeição após treinar o Fuuton - Suiran Reppu. E foi o que fez.

Leu o pergaminho com carinho, tomando cuidado para não danificar mais o papel amarelado e fino, quase rachando. Sentia repulsa. Como as pessoas puderam deixar um pergaminho tão degradado e abandonado daquela forma? Falta de cuidado com as coisas. Principalmente coisas interligadas à educação de novos ninjas. Não era algo que se destacava tanto nas periferias que Han frequentava. Biblioteca precária.

Levantou com determinação, com o pergaminho sob as mãos. Enrolando-o com carinho para pôr em um porta-pergaminhos que ela mesma havia comprado mais cedo em um mercadinho de coisas do lar. Azul anil, se quer saber. Não havia encontrado nada cinzento ou branco para combinar com o “vento”.

Recolheu a kunai, e tentou diversas vezes. Concentrando o chakra em fuuton com delicadeza e controle. Suas meditações haviam a ajudado a controlar melhor seu chakra, assim como alguns treinos. Tentou e tentou, sem desistir. Não se importava com a hora, só parou após conseguir fazer três vezes seguidas com perfeição. Não parecia esboçar nenhum sentimento naquele momento. Precisava desesperadamente de uma fuga de realidade.  
Jutsu:

9[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Sex 22 maio 2015, 18:16

Youko

Youko

Gennin
Todos aceitos e adicionados à ficha. Retirei a nota que diz que o taijutsu era indefensavel.

10[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Ter 26 maio 2015, 14:18

River

River

Gennin
Local do treino: Área de Treino da Academia Ninja de Suna
Objetivo do Treino: Aprender Jutsus, ué.
Jutsu Aprendido: (Abaixo)
Números de Linhas: (Abaixo)
Regra de Treinos: Treinamento de Jutsus, Treinamento de Bijuus


Dynamic Entry ( 202 palavras )
Mais um dia de treino. Buscando o equilíbrio, escolheu um Genjutsu, um Taijutsu e um Ninjutsu de fuuton. Aqueles treinos talvez suprimiria a falta de desejo que lhe consumia. Já não sabia o que queria. Talvez o caminho mais agressivo fosse o melhor, já que, o caminho para se tornar alguém passivo não estava muito fácil.

Começou pelo treino do Taijutsu... Novamente um de nível baixo: Dynamic Entry. Não ia precisar de coisas muito radicais inicialmente. Han leu o pergaminho com atenção, mas desagrado. Não queria estar ali. Gostaria de estar estudando medicina no hospital, mas esse já era um sonho distante.

Possuia resistência física para dar pulos e saltos perfeitos. Treinava todos os dias para aquilo. E a base do taijutsu era o salto para a voadora.

Usando um boneco de palha da academia, Han treinou chutes comuns, e depois começou a treinar voadoras. Até conseguir uma boa base. Han era boa com luta corporal, e pretendia aperfeiçoar esse seu lado agressivo – em sua mente, imaginava o rosto de um certo alguém no boneco, o que lhe dava mais força.

Treinou bastante até executar o Dynamic Entry perfeito no boneco. Seu corpo suava, e ainda nem havia se aproximado do crepúsculo.
Jutsu:
Kanashibari no Genjutsu ( 179 palavras )
Agora era a vez do Genjutsu. Escolheu um genjutsu fraco. Como todos os outros, ele era passivo. Parecia que Han estava em uma fase de coisas passivas. Raramente treinava algo realmente agressivo, mas faziam parte de seu antigo desejo. Agora buscava outro rumo.

Kanashibari no Genjutsu era como um ninjutsu que a garota já havia treinado antes, porém em forma de Genjutsu, o que facilitaria muito para o seu lado. Ao invés de precisar usar sembons, ela só iria precisar trocar olhares com o alvo de forma sutil.

Um combo usando qualquer um dos dois jutsus com Taijutsu seria perfeito. E Han só pensava em usar aquele genjutsu passivo como uma porta larga para a agressividade – assim como qualquer outra coisa que treinava.

Solicitou a ajuda de um gennin para aprender a executar o jutsu. Leu o pergaminho devagar, sem ignorar nenhum detalhe, não queria perder tanto tempo tentando na pratica sem ter a teoria perfeita de funcionamento. E assim foi, concentrou-se bastante. E na terceira tentativa conseguiu executar com qualidade mediana. Mas aperfeiçoou com o passar do treino.  
Jutsu:
Fuuton - Tsuyoi Kaze Nami ( 321 palavras )
O último jutsu para treino daquele dia. Han deixou para ser o mais difícil – havia terminado os outros dois rápido para deixar mais tempo para se forcar inteiramente nesse. Não era nada com rank alto... era apenas um jutsu de fuuton rank C. Era muito para ela, certamente. Fuuton – Tsuyoi Kaze Nami era seu nome. Fazia algum tempo que não concentrava seu elemento natural: o vento. Precisava de tempo até encontrar o elemento em si novamente.

Diferente dos outros jutsus de fuuton que treinou, esse ela não teria que encantar alguma arma ou algo do tipo. Teria que criar fuuton dentro de si para exalar para fora de seu corpo em forma de lamina. Isso era o que deixava Han curiosa para compreender o funcionamento. Jamais havia aprendido jutsu que requeria aquele tipo de fluxo.

Leu várias e várias vezes o pergaminho. De todos os ângulos, buscava uma explicação boa. Chegou a ir a biblioteca rapidamente para buscar alguns livros e pergaminhos sobre o chakra e seu fluxo, e também coisas sobre a conexão entre Elementos e Chakra natural. Leu tudo que parecia ser necessário, buscando entendimento. Han adorava aquilo; estudar mais do que o pedido.

E finalmente começou a parte pratica. Não que não gostasse, mas apenas preferia a teoria. Quem sabe um dia tentaria ser professora de academia. Não era fã de crianças, mas adoraria repassar suas aprendizagens para olhinhos curiosos.

Em seu corpo, concentrou o chakra junto com o elemental. Deixando-os fluir delicadamente, como uma dança à dois. Em um ritmo constante, mas variável, ela tentou lançar sua primeira tentativa. Saiu como uma baforada desordenada. Tentou várias vezes, corrigindo seus erros, buscando a perfeição. Uma lamina era o que ela queria. Excitava em algumas tentativas. Mas após várias e várias, conseguiu o primeiro projete. Ele dançou no ar levemente, cortando-o com entusiasmo. A visão era bela, e o resultado foi fatal para uma marionete no canto da sala.  
Jutsu:

11[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Ter 26 maio 2015, 16:00

Kazuaki Yuki

Kazuaki Yuki

Gennin
@Aprovado

12[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Ter 02 Jun 2015, 18:38

River

River

Gennin
Local do treino: Área de Treino da Academia Ninja de Suna
Objetivo do Treino: Aprender Jutsus, ué.
Jutsu Aprendido: (Abaixo)
Números de Linhas: (Abaixo)
Regra de Treinos: Treinamento de Jutsus, Treinamento de Bijuus


Treino do Ninpou - Doku Kiri ( 296 palavras )
Hora de treinar uma arte ninja diferente. Ninpou era a palavra certa para essa arte. Precisava ser agressiva, já que não seria mais uma médica. Talvez fosse virar uma assassina futuramente. ANBU, quem sabe. Precisava do básico. Sua nova meta de vida se formava a cada segundo que passava na periferia. Não tinha tempo para ser alguém boa e honrosa.

Ninpou - Doku Kiri foi o primeiro jutsu escolhido. Combinava demasiadamente com a visão que desejava ter de si mesma em um futuro próximo. Além do mais, um veneninho uma vez ou outra, não fazia mal a ninguém.

Han começou o treino não muito animada. Seus olhos estavam vazios, parecia não ter um foco em si, nem ao menos um brilho vivo para humanizar sua aura carregada com um certo ódio incerto.  

De seu estomago, fundiu chakra e uma energia negativa, a fim de fundir e com resíduos criar veneno em forma de chakra dentro de si – e enfim, tentava soltar aquela substancia com a boca. Apenas para tentar expelir de dentro para fora. Afim de soltar veneno. Não obteve sucesso nas primeiras tentativas. Precisava de algo mais.

Com os pergaminhos do dia em cima de uma bancada de madeira barata, Han selecionou o que estava detalhado o jutsu Ninpou – Doku Kiri e leu com cuidado. Paciência e buscar paz. O ódio não era seu aliado – não ainda.

Após ler com mais atenção, ela tentou, tentou e tentou. Várias e várias vezes, sem uma pausa sequer. Desejava apenas conseguir. Repetiu tudo que o pergaminho dizia na teoria e tambem na hora da pratica. E no fim do dia, conseguiu.

Han não parou os treinos por aquele dia, estava com um estresse a flor da pele, mas dentro de seu coração, buscava a paz para continuar aquilo.
Jutsu:

- Todos os jutsus que posso treinar pela semana em um unico post. Peço que avaliem como se fossem separados.

13[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Ter 02 Jun 2015, 18:44

Youko

Youko

Gennin
Aceito

14[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Ter 02 Jun 2015, 22:55

River

River

Gennin

15[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Qua 03 Jun 2015, 12:38

Hinara

Hinara

Estudante



APROVADO&ADICIONADO!

16[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Qua 03 Jun 2015, 14:14

River

River

Gennin
Local do treino: Área de Treino da Academia Ninja de Suna
Objetivo do Treino: Aprender Jutsus, ué.
Jutsu Aprendido: (Abaixo)
Números de Linhas: (Abaixo)
Regra de Treinos: Treinamento de Jutsus, Treinamento de Bijuus


Treino do Myohokou Suiaban ( 319 palavras )
Mais calma e confiante, Han voltou para a área de treino saltitando. Havia aprendido a base do jutsu médico e isso permitiria um grande avanço para sua vida. Em seus braços haviam três pergaminhos, e um deles era sobre sua kekkei genkai: Kagura Shingan. Aprender tudo sobre sua kekkei genkai era um de seus grandes objetivos. O jutsu era Myohokou Suiaban, um Iryo bem especial para Han.

Iria usar como base o Chiyute no jutsu como base. Filtrar seu chakra, porém dessa vez, ela teria que espalhar pelo seu corpo e manter aquele ciclo.

Lendo o pergaminho, sentiu um pouco de remorso. Teria que morder o próprio corpo para executar o jutsu. Imaginava como seu corpo iria ficar “feio” após vários usos frequentes. Já bastava suas cicatrizes bem marcadas em suas costas, em breve teria marcas de dentes por todo o corpo.

Mas a ideia a excitava de forma surpreendente. Imaginava um ninja forte lhe mordendo sem dó. Possuindo-a de forma suave com um toque de selvageria. Claro, sexualmente. Mas também não poderia resistir a esse ato de forma simples e casual. Apenas cura-lo, ajuda-lo, sentir-se especial por um curto período. Bom, já era satisfatório para Han.

No pergaminho dizia claramente que ela mesmo poderia se “auto curar”. Para isso, ela precisava de “algo” para curar. A melhor forma de arranjar essa coisa era abrindo uma ferida em si mesma. Sacou uma Kunai bem afiada e alisou firmemente em seu braço esquerdo. Um fio de sangue escorreu após alguns segundos, apresentando o corte feito. A menina sentiu uma pontada de dor no local que poderia ser facilmente ignorada.

Enquanto o sangue escorria levemente, Han começou a concentrar seu chakra iryo. Suspirou, e mordeu-se de leve. Nada aconteceu. Tentou mais vezes, e na quinta tentativa ela finalmente conseguiu. Seu corte sumiu, deixando apenas o rastro de sangue na pele. Estava moderadamente satisfeita, e ainda possuía tempo para mais treino pesado.
Jutsu:

Treino do Fuuton - Toppa no Jutsu ( 269 palavras )
Além de desejar aprender os jutsus de sua Kekkei Genkai e de Iryo Ninjutsus, Han desejava aprender mais sobre fuuton também. Ter o controle de tudo que estava ao seu alcance era uma boa meta à se seguir. Desejava ser completa. Como gennin, sua prioridade tornou-se o vento e suas tecnicas. Essa meta poderia permanecer por um bom tempo, mesmo com a inclusão de novos “elementos” em sua grade de poder. Mas por enquanto, apenas o vento mesmo.

Dentre os dois pergaminhos restantes, Han acabou pegando ao acaso o que continha o jutsu Fuuton - Toppa no Jutsu. Pela descrição apresentativa, ele poderia ser comparado ao jutsu a muito tempo treinado Fuuton - Tsuyoi Kaze Nami. A diferença era pequena. De uma lamina para pequenas esferas. Talvez fosse usada a mesma “técnica” em si para executar, e Han já a possuía com perfeição.

Como de costume, abriu o pergaminho sempre com um cuidado incomum, e leu com atenção cada palavra marcada no papel já flácido. Algumas letras já apagadas não atrapalhavam muito a leitura. Han já estava acostumada com esses infortúnios que o mal uso causava nos pergaminhos abandonados da biblioteca.

Nem precisou ler demais para decifrar o jutsu. Em seu corpo, concentrou o chakra junto com o elemental Fuuton. Deixando-os fluir delicadamente, como uma dança à dois. Em um ritmo constante, mas variável, ela tentou lançar sua primeira tentativa. Saiu como uma baforada desordenada. Tentou poucas vezes, até alcançar o sucesso. Lançou várias bolas de vento, e como mira, sempre as marionetes mal feitas da academia. Já havia destruído milhares, e destruir mais algumas não faria mais diferença.
Jutsu:

Fuuton - Daitoppa no Jutsu ( 334 palavras )
Nem um pouco exausta, notou que restava apenas um pergaminho a sua espera. Fuuton - Daitoppa no Jutsu era o que dizia na referência lateral do pergaminho. Abriu com delicadeza, desdobrando o pergaminho. O jutsu parecia algo que ela não iria poder treinar naquele ambiente limitado. Percebeu que, infelizmente aquele dia chegou. O dia que teria que treinar ao ar livre, em baixo daquele sol miserável que cobria Sunagakure no Sato por 365 dias por ano.

Han saiu sem muita pressa da academia. Levava consigo os três pergaminhos. Gostaria de deixar os usados na biblioteca para evitar danos. Aquele desvio de rota com certeza iria atrasar seu treino. Mas o que mais desejava era atrasar mesmo e ver se o sol abaixava mais um pouquinho. Han odiava o calor.

Como desejado, deixou os outros dois pergaminhos na biblioteca do centro de Suna. O cheiro de livros velhos atraiam Han bem mais que o cheiro de vinho que vinha de um bar do outro lado da rua. Porém, teve que resistir. Voltou a trilhar seu caminho para alguma área em que pudesse treinar sem ter medo de destruir o terreno por completo.

Alcançou um ponto plano de Suna, perto das periferias, distante da cidade em si. Ali parecia perfeito. Havia apenas areia no local. Provavelmente era o terreno de alguém que ainda poderia estar pensando no que construir ali... um prédio de terra, uma casa de terra, ou um monte de terra. De qualquer forma, apenas terra tinha em Suna mesmo.

Começou as tentativas. Diferente dos outros jutsus, esse não exigia que ela exalasse algum chakra pela boca. Pelo contrário... esse ela manipularia o vento em geral de forma básica e agressiva. Na verdade, ela iria precisar sim usar a boca, mas de forma mais amena. Um simples sopro já seria o suficiente. Tentou, tentou, e tentou. Até que obteve os primeiros resultados.

Conforme foi aprimorando os sopros resultantes, Han focou-se mais em buscar a perfeição naquele jutsu. Ele seria a base para muitos outros.
Jutsu:


- Todos os jutsus que posso treinar pela semana em um unico post. Peço que avaliem como se fossem separados.

17[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Qua 03 Jun 2015, 14:19

Hinara

Hinara

Estudante



APROVADO&ADICIONADO!

18[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Sex 05 Jun 2015, 18:51

River

River

Gennin

Treinamento de Status  
(2024 palavras)

"River" - Parte 1

Agora, como Chunnin, Han teria novas responsabilidades consigo mesma. Estava no segundo estágio em sua vida como Ninja. Era a hora certa para se focar nos planos para o futuro, treinamentos árduos e novos conhecimentos. Deveria estar pronta para ajudar seus superiores sempre que fosse necessário... era seu trabalho. Um dia buscaria um mestre para servir. Iria ser uma grande ninja médica. Bom, talvez não. Han não possuía a capacidade de ver o futuro, mas poderia molda-lo, e foi exatamente para isso que ela havia despertado antes mesmo do primeiro sinal da alvorada. Saiu de casa às pressas, mas com calma. Sorridente, possuía uma missão para fazer. Não era uma missão comum nem para a vila. Era uma missão consigo mesma. Bem, para alguns, seria uma missão um tanto boba.

Fazia bastante tempo que Han não saia da vila para dar um passeio pelo deserto do País do Vento. Sentir os raios de sol tocar a pele e o vento gélido penetrar em sua carne. Ela sentia saudades daquilo. Estava ansiosa por sua aventura. Desde que descobriu seu elemento natural – o vento – ela estava querendo fazer aquela jornada espiritual e conectar-se mais ao seu elemento. Possuía o básico como Gennin, jutsus com baixa escala e quebra galho, nenhum suficientemente bom para destruir um lugar ou matar alguém de nível mais elevado. Gostaria de aperfeiçoa-lo como Chunnin. Tornar-se o Mestre do Vento ou alguma coisa parecida.  Uma ótima meta para início de mês, sentia-se pronta para isso.

Caminhou por longos e cansativos minutos, em busca de um lugar especial sobre seu passado. Onde a paz reinava e as almas conviviam com a luz. Queria refletir um pouco, fazer algumas orações para seus antepassados e buscar uma luz para si mesma. Os espíritos tinham muito para falar, e ela não havia tido tanto tempo para os ouvir nos últimos dias. Teria que descontar essa falta de alguma forma.

Dentro de sua bolsa haviam milhares de coisas para acampar, além de velas, incenso com cheiro de ervas e flores, e papeis com mensagens de amor e paz, um buque de Crisântemos azuis, Gérberas coloridas, Lírios Brancos e Palma de Santa Ria rosadas – o buque mais bonito que Han já havia feito em sua vida e teria um destino muito especial. Sem contar as armas ninjas que carregava sempre consigo, caso encontrasse perigo pela frente. Mas sobre os perigos, Han possuía uma preferência pelo Fuuton para usar em sua defesa.

Sua trilha a levou a um lugar comum do País do Vento: uma cadeia de pedras grandes e medias aglomeradas em um grande espaço. Ela se aproximou lentamente. Não estava com pressa, pelo contrário, ficaria ali o tempo que fosse preciso. Próxima as pedras, contornou-as até encontrar uma fenda e desmascarar seu mistério. Havia uma caverna profunda em baixo daquele lugar, Han não hesitou em entrar com dificuldade pelo buraco. Sim, era bem apertada a fenda, mas a gruta era larga e iluminada por buracos na parede. A luz que entravam por eles refletiam na água que dormia no fundo da caverna e iluminava o resto da gruta – era curioso, mas no fundo da lagoa haviam coisas douradas, parecia ouro, e aqueles objetos misteriosos de metal ajudavam mais ainda a iluminar o local. A passagem de Han era uma espécie de ponte de pedra que a guiava até um círculo no meio daquela “lagoa subterrânea”.

A menina demostrava a maior calma do mundo, mesmo estando com vontade de pular de alegria e sair correndo até o círculo. Precisava demostrar respeito ao local. Fazia muitos anos que não ia lá. Ainda recordava dos vaga-lumes e das noites que esteve ali solitária antes de encontrar Sunagakure no Sato e ser posta no orfanato local. Aquele era seu lar.

O círculo central não era comum. Possuía várias estacas com cuias com velas já derretidas até o talo, e no centro havia uma pedra. No chão haviam desenhos de círculos feito com algum tipo de tinta de origem animal, talvez sangue. Tudo bem velho e empoeirado. Haviam teias densas em diversas partes. Parecia que havia ocorrido um ritual ali a milhares de anos atrás.  

Pôs as bolsas no chão e se aproximou de uma pedra que parecia um tumulo com o epitáfio levemente apagado. Han sabia o que a muitos anos encontrava-se escrito naquela pedra oval. Sorriu, estando em frente ao tumulo. Pegou em sua bolsa as velas, os papeis, e as flores. A enfim, começou a arrumar o local. Retirou as ceras velhas das cuias, jogando o excesso na lagoa, e colocou uma vela nova em cada cuia. Nas estacas, prendeu os papeis, cada um com uma mensagem de paz. Por fim, pôs o buque em frente à pedra. Acendeu alguns incensos. Ajoelhou-se e começou a rezar baixo. O cheiro dos incensos criava uma atmosfera maravilhosa. Aquela calma... fazia tanto tempo...

- Hoje, eu serei seu avaliador. – Uma voz assustou Han, mas não tanto. Ela já esperava por aquele momento. Abriu os olhos, e em sua frente viu um velho mestre: River. Vestido com aquela bela armadura que a tempo já havia esquecido de como era. Azul de suas vestes, e o vermelho de seus olhos; de longos cabelos negros, presos em um rude rabo de cavalo. Era um samurai antigo. Não era velho, pelo contrário: era bem jovem, porém, vivido, cicatrizes em seu rosto e partes expostas do corpo denunciavam isso.

- Você... finalmente. – Han sorriu como se tivesse ganhado uma declaração de amor de alguém amado. Ela sentia uma felicidade comparável. A muitos anos, havia sido feita uma promessa, e agora seria cumprida. Apenas seus verdadeiros mestres poderiam a avaliar e era exatamente o que havia a levado até ali. Uma missão consigo mesma. – River, esperamos tanto tempo por esse momento, e agora, estou pronta... Pronta para te provar que evolui muito desde o último encontro. – E como achava aquele nome bonito... “River”. De todas as coisas, era a única que jamais poderia esquecer... o nome de alguém que acreditou em uma órfã sem rumo com as memorias corrompidas.

- Provará, minha querida flor. – Era engraçada a forma que ele costumava chamar Han de flor, em referência a Hana, o nome de batismo de Han. A menina não se importava, achava amigável. Ela costumava olhar para seus olhos sombrios e sem vida. Ardiam em chamas como os de Han.

Sua voz era serena, e sua mão estava sempre apoiada em uma bainha longa sem espada. Aquilo era um tanto curioso, mas para Han, não. Ela sabia o porque não havia uma espada. River não precisava de uma espada de verdade. Em campo de batalha, era conhecido por portar uma espada longa e fina feita apenas de vento, toda bem modelada. Não havia um suporte, ela surgia do nada. Transparente, com um efeito belo de vento a circulando com delicadeza.

Han era o contrário de River. Falava alto e com agressividade grande parte do tempo. Por hora, era calma, feminina, com um toque de romantismo entredentes que encantava qualquer homem. Mas claro, essa personalidade durava pouco. Era curiosa e teimosa, não sabia quando atacar, e por isso, ia no desespero.

Quando mais jovem, encontrou aquela fenda. Encantada com as luzes brilhantes que iluminavam a caverna de noite como se fosse um imenso universo, com nébulas e buracos negros; invadiu aquela tumba e encontrou o espirito de River sentado em cima da pedra, tocando uma flauta feita de bambu. Havia sido a primeira vez que a menina viu um espirito em sua frente. Não sentiu medo, por pensar que era um homem. Avançou hesitando. River não desapareceu, fitou a menina, e nos olhos dela encontrou os seus. Vermelhos como um incêndio.

Não era mal humorado, havia uma paciência e um amor dentro daquele homem quando ele olhava para Han errar todos os golpes que ele arduamente tentava ensinar a ela. Ria e repetia até ela aprender. A ensinou que velocidade não era nada se não soubesse usar ao seu favor. O vento poderia ser mais rápido que o homem. E como ele adorava repetir aquelas palavras... River era quase um mestre do vento enquanto vivo. Agora nem uma lembrança era mais. Quem iria lembrar de um figurante da primeira grande guerra?

Han levantou, não deixando de fitar os olhos de seu mestre. Aquele olhar desbancava River, porém, ele não perdia seu posto de indiferente. Era um homem, e homens não poderiam demostrar sentimentos. Via que Han estava cada vez mais velha, mais bela, e nela refletia alguém que um dia amou. Talvez visse Han como uma filha.

- Quais sãos seus aliados, flor? – Ele perguntou, com o mesmo tom sereno e despreocupado de antes. Mesmo que fosse uma pergunta um pouco sem sentido por estarem solitários, ela sabia de quem se tratava os aliados. Han olhou ao redor, e viu agua, sentiu o vento – buscando-os de uma maneira que só alguns compreendiam.

- O vento. Certamente. – Ela respondeu, sorrindo.

- É um ótimo aliado. Mas apenas ele? Um verdadeiro ninja alia-se a tudo ao seu redor que for de origens naturais. Mas não apenas aos elementos. Ele também é obrigado a aliar-se aos animais e as arvores.

- Eu sei, River... Mas ainda estou aprendendo. – Ela suspirou, maneando a cabeça para o lado, desviando o olhar imediatamente. – Dominarei a terra e o céu se for preciso para lhe provar que posso ser boa. Posso ser como você. – Ela voltou a fita-lo. Sacando uma Kunai comum. Soprou delicadamente sob a Kunai, formando uma espada de vento (Fuuton - Kaze Kunai) – Eu vou ser.

Ela pulou para trás, afastando-se como se estivesse esquivando dele. Seu salto lhe fez tocar a agua, correndo por cima dela como se fosse terra firme (Mizu no Kinobori). Seus olhos não esquivavam de River. Era seu oponente, e ela não poderia perde-lo de vista.

- Sabe, flor, você nunca será como eu... Sabe tão bem quanto eu.– Ele falou mas Han ouviu sua voz como se fosse um sussurro ao pé da orelha. Tão delicado, deixava Han arrepiada. Ele sumiu, e logo apareceu na frente dela, já executando um golpe com uma espada de vento belíssima que fazia os olhos de Han iluminar-se em torno daquela escuridão. As duas espadas se tocaram, como se fossem se quebrar. Não atravessaram uma a outra, pelo incrível que pareça.

Uma série de golpes foram feitos por River, que parecia um boneco sendo controlado por linhas, como uma bela e perfeita marionete. Han só podia esquivar-se e defender com a própria espada, temendo que ela se desfizesse. Sem contar com os “aliados” de River, tomou o primeiro ataque: um jato de agua surgiu de repente embaixo de Han, a fazendo-a afundar imediatamente após tomar um certo dano e sua kunai cair nas profundezas.

Enquanto afundava lentamente, viu seu ar fugir dos pulmões e ouviu a Kunai chocar contra metal no fundo do lago. Soou como um sino grosseiro. Ecoou em sua mente e a fez recordar brevemente sobre tudo que aprendeu com River durante sua infância. Ao tocar o fundo, viu a imagem luminosa de River por cima do lago, aguardando-a. Sentiu a Kunai próxima a sua mão e agarrou-a com força.

Voltou a nadar até a superfície, onde levantou, até conseguir pisar sobe a superfície. Novamente transformou a Kunai em espada e voltou a duelar. Nunca ficando no mesmo lugar, desviando dos ataques marinhos que ele lançava. Ela pulou até uma parede, e agarrou-se com apenas uma das mãos (Kabenobori), e então combou Fuuton - Daitoppa no Jutsu com Fuuton - Tsuyoi Kaze Nami, para disfarçar a lamina, que atravessou River. Por ser apenas um espectro, não foi ferido, apenas tocou onde iria lhe fatiar ao meio. Ali haviam vestígios do chakra de Han e sua conexão com o vento.

Naquele momento, Han já estava atrás dele (Shunshin no Jutsu) o decapitando com a espada de vento. River desapareceu no mesmo segundo que sua cabeça foi cortada.

Respirando ofegantemente, ela caminhou até o círculo, e sentou atrás da pedra. Fechou os olhos, mesmo sem ver, pôde sentir que River havia surgido atrás de si, sentado na pedra. Pôde ouvir o som da flauta de bambu. A mesma música de sua infância.

19[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Seg 08 Jun 2015, 13:11

Youko

Youko

Gennin
Aprovado! [ 290 pts ]



Pontos Positivos:
- Bom detalhamento do ambiente
- Boa ortografia
- Poucos Erros ( se é que teve algum )
- História bem feita
- Enredo bem construído
- Boa divisão de parágrafos
- Ótima noção sobre escrita e Narração.
- Boa formatação.

Pontos Negativos:

Nenhum ao meu ponto de ver, seu texto foi : AWESOME



Observações:

20[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Seg 08 Jun 2015, 18:30

Big Boss

Big Boss

Akatsuki
#Aprovado! - 290 pts



Pontos Positivos:
- Bom detalhamento do ambiente.
- Boa ortografia.
- Pouquíssimos erros.
- História coerente com as anteriores.
- Enredo bem construído.
- Ótima noção sobre escrita e Narração.
- Boa formatação.

Pontos Negativos:
- Alguns erros de concordância.
- Faltou o Pikachu; (não vou descontar por isso, mais devia e.e).
- Erros leves de pontuação.
- Algumas palavras repisadas em sequência. (como "Superfície")

OBS: Não houve alteração na nota então sua mudança de Status continua valida;


Spoiler:

Clarke:

21[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Seg 08 Jun 2015, 23:54

River

River

Gennin
Local do treino: Gruta submersa - Tumba de River
Objetivo do Treino: Aprender Jutsus, ué.
Jutsu Aprendido: (Abaixo)
Números de Linhas: (Abaixo)
Regra de Treinos: Treinamento de Jutsus, Treinamento de Bijuus


Treino do Kagura Shingan ( 888 palavras )
Ainda dentro da caverna de sua infância, treinando constantemente com River. Estava preparada já para aprender e aperfeiçoar mais seu Fuuton, porém havia mais alguma coisa a ser aprendida. Fazia alguns dias que ela carregava uma cópia do pergaminho do jutsu Kagura Shingan – a base principal de sua kekkei genkai!

Estava no lugar onde gostaria de aprender aquele jutsu. Sua vida estava ali. Não teve mais ninguém depois de River. Ele foi o melhor mestre para alguém tão revoltava e insegura. Era tão misterioso quanto a mente da menina em um ponto mais profundo. Profundo como um buraco negro que sugava qualquer coisa e eliminava lentamente. Bom, não sabemos ao certo se realmente eliminava, ou se deixava guardado, escondido, onde nem mesmo Han podia procurar. A tempo acreditava que o amor poderia estar por lá, mas tinha medo de esticar seus braços e arriscar-se para tomar algo que a muito havia desaparecido.

A presença de River não era física no momento, porém Han podia o sentir delicadamente por toda a imensa gruta. Gostaria de saber o que havia ocorrido com ele para ter um sepultamento tão incomum. Mas não era exatamente isso que abalava o pensamento de Han. Não era comum “ver” espíritos e restos dos que já foram. E ela levemente podia ligar esse fato com sua kekkei genkai em fase bruta e descontrolada. Talvez naqueles poucos espíritos que a menina podia ver houvesse vestígios de seu chakra apenas manifestando-se no local de sua morte. Era a única explicação.

Temia aprender a controlar o Kagura Shingan e perder a capacidade de ver River, porém, era necessário aprender aquele jutsu se quisesse ser mais “forte” e útil. Sacrificar algumas coisas, as vezes, era o certo a fazer, o necessário para alcançar os objetivos. Mas não estava em seus planos perder River para sempre. Se fosse preciso...

Kagura Shingan era como um doujutsu – ideia que deixava-a plenamente excitada. Lhe oferecia a capacidade de “ver” a circulação de Chakra dentro das pessoas. Não apenas isto. Havia vários bônus que esse jutsu oferecia para a ninja. Identificar mentiras e verdades, quantidade de chakra, a circulação e intensidade, detectar chakras próximos de uma determinada área, etc.

Com a pequena cópia em suas mãos, ela se pôs a ler atenta a cada linha de péssima caligrafia. Han não se importava de ter uma letra considerada de quase impossível compreensão alheia – apenas ela precisava entender mesmo. Sentada em cima da lápide de pedra de River, com as pernas cruzadas, pouca roupa – apenas top preto e mini saia preta, cabelos presos em um coque alto com a franja solta. Han certamente era uma ótima visão. Ingenuamente, sua calcinha estava a mostra, sem tirar a sensualidade natural e o ar de menina moça.

O foco da vez eram seus olhos que pareciam mais “vermelhos” que o normal naquele local. E usaria River como “cobaia”. Queria “ver” o chakra que, de acordo com a teoria de Han, manifestava-se ainda pelo local de seu sepultamento. Com os treinos de ninja médico, ela aprendeu a controlar o chakra de uma forma diferente, e usaria isto como uma base. Naqueles últimos meses, havia aprendido a manusear o chakra de diversas formas. Já não estava tão ansiosa. Dentro de seu corpo surgia uma ambição.

Usando suas sabedorias, manuseou seu chakra para a região dos olhos, delicadamente, buscando resultados. Estava em seu DNA conseguir executar aquilo, seu destino. Um tanto complicado. Em busca daquilo, passou três dias quase imóvel, sentada naquela pedra, concentrada. Três dias que a fez refletir muito. Jamais demorou tanto para aprender alguma coisa – isso a fazia lembrar do quão “importante” aquela técnica era, e já lhe alertava para manter segredo de todos. Não podia se tornar uma escrava.

No fim do terceiro dia, Han deu uma pausa. Espreguiçou-se, tomou um banho no lago mesmo. Mergulho até o fundo e pegou uma pedrinha vermelha. Parecia um rubi, mas ela não possuía a habilidade para diferenciar uma pedra comum para uma preciosa. Era tudo igual.

Poliu delicadamente um lado da pedra com uma kunai afiada. A parte polida havia ficado quase perfeita. A pedra refletia em seus olhos, e seus olhos refletiam na pedra. Um espelho tão precioso. Ela apenas a guardou dentro da bolsa. Aquela pedra formaria um belíssimo colar. Uma lembrança da tumba.

Comeu algumas laranjas que encontrou em uma arvore no fundo da gruta, onde haviam várias arvores. Parecia até uma selva repleta de vegetação até mesmo no teto! A comida trazida de fora já estava escarça, e por sorte, havia encontrado frutas no fundo da gruta enquanto nadava e iluminava a gruta com tochas – sim, isso fez parte de alguns treinos de escalada e nado.

Novamente voltou para a lápide, concentrada, com a mente já limpa e relaxada. Já estava a quase cinco dias dentro daquela gruta, sem sentir o cheiro do deserto e os raios solares penetrar em seus poros agressivamente.

Fechou os olhos, reunindo chakra naquele ponto. Seria sua base sensorial. Quando abriu, foi capaz de ver o chakra de River espalhado por aquele círculo. Fraco, mas ainda ali, abandonado, buscando um rumo. Desativou logo em seguida, um pouco assustada. Temendo não conseguir mais ativar, repetiu a operação diversas vezes até ter certeza que conseguiria manipular aquele jutsu tão importante. Sorriu, sentindo-se capaz de tocar o céu e o mar com apenas uma mão.  

Jutsu:

Treino do Kaze Shunshin no Jutsu ( 166 palavras )
Finalmente havia aprendido todos os Hijutsus de seu extinto clã. Agora era a vez de seus “aliados” – assim como River costumava chamar os elementos naturais que o ninja podia manipular.

Han já havia aprendido alguns jutsus de Fuuton, e precisava de mais para provar a River que podia controlar o vento de diversas formas. E para isso, não poderia esquecer do clássico Kaze Shunshin no jutsu. Não era algo “útil”, mas precisava ser completa.

Com base do Shunshin no jutsu que já havia aprendido quando ainda estava na academia ninja, Han começou a elaborar como executaria tal jutsu com o auxílio de uma cópia de pergaminho também.

Simples e prático, começou manipulando o vento ao seu redor. Não havia brisas naturais dentro da gruta, apenas o vento que Han mesma reproduzia com seu chakra. Como uma dança do vento, ela usou o Shunshin no jutsu, quase como uma combinação. Praticamente, o Kaze Shunshin no jutsu era isso: o shunshin no jutsu mascarado com chakra de fuuton.

Jutsu:

Treino do Fuuton - Reppushou ( 266 palavras )
O segundo jutsu de Fuuton para encher sua coleção. Fuuton – Reppushou era um dos poucos que faltavam para completar os de rank C e começar um nível mais elevado de seu amado elemento. Porém, gostaria de um breve tempo para aprender um pouco de Taijutsu e Genjutsu – o que lhe interessava muito. E por fim, quem sabe um novo elemento para aumentar sua grade de habilidades.

Pisando sob a agua (Mizu no Kinobori), Han podia aproveitar mais o espaço. Correndo por toda a lagoa sem afundar. Com toras de madeira, fez alguns alvos boiando na superfície. Perfeito para seu treino.

Antes de começar a correr pela lagoa submersa, a menina havia lido a cópia do pergaminho, a base do jutsu era a mesma que quase todos os jutsus que usavam o chakra exterior para executar. Não havia mistério nenhum para Han.

Ao longe, a garota podia ouvir a canção de sua infância tocar com longas pausas. Como se faltasse ar nos pulmões para soprar a flauta. Mesmo falha, era uma bela canção. Han ousava acompanhar cantarolando. Podia sentir River por todo o local lhe guiando. Os treinos pareciam mais difíceis com aquele karma ali. Mas era necessária aquela dificuldade. A moça precisava aprender a manipular o chakra até em momentos mais tensos.

Com o chakra concentrado na palma das mãos, ela começou a correr e tentar executar o jutsu para empurrar as toras inertes pela falta de movimento da agua. Várias e várias tentativas até conseguir reproduzir o primeiro empurrão. Passou parte do dia se divertindo com aquele jutsu. Certamente ele seria inteiramente útil no futuro.

Jutsu:

Treino do Fuuton - Tama no Tatsumaki ( 289 palavras )
O último jutsu rank C era Fuuton - Tama no Tatsumaki, um jutsu parecido com o Fuuton – Tsuyoi Kaze Nami, porém, ao invés de formar uma lâmina, ele forma um tufão.

Este jutsu também não possuía nenhum mistério aparente. Em teorias, ela teria que agitar o chakra ainda dentro de si para formar um tufão, ao invés de manter o chakra em harmonia para formar uma lâmina cortante.

Recuperando-se do último treino, buscando a seriedade que River cobrava, Han encontrou-se tensa novamente. Mesmo não gostando da seriedade, River estava certo: ser amigável e animada a levaria à morte certa. Deveria ser flexível sem perder o posto ou ter alterações de humor repentinas. Han deveria ser mais do que sentimentos.

Treinar com River não era apenas satisfazer-se, era para alterar-se por completo. Exigia-se de si mesma. A ambição cresceu junto consigo, junto com a vontade de superar o mestre. Naquele momento, desconsiderou completamente todos os mestres que havia tido enquanto estava em Suna. Apenas River contava como um verdadeiro mestre, apenas à ele deveria ser totalmente fiel. E seria.

Na garganta, moldou o chakra com perfeição, como já havia aprendido e feito milhares de vezes durante todos os treinos e testes feitos na vida. Agitou-o com leveza, fazendo-o dançar uma dança giratória ainda dentro de seu corpo. Já possuía a habilidade de manusear o chakra com certa precisão. Para seu nível, ela alcançava níveis mais elevados de energia que o normal. Consequência de seus longos treinos em busca de independência. Por fim, ela soltou o chakra de fuuton delicadamente, soltando o que parecia ser uma baforada desordenada, precisava de mais cuidado e delicadeza.

Ela repetiu quantas vezes fossem necessária até corrigir tudo e aprender a executar o jutsu com perfeição.

Jutsu:

Treino do Fuuton - Hanachiri no Mai ( 264 palavras )
Por fim, o último treino, preparando-se para uma nova batalha contra River, em busca de sabedoria e educação. Uma nova personalidade para a menina confusa e espiritualmente abalada. Assim como seus sentimentos, o jutsu se tratava de um verdadeiro turbilhão. Fuuton - Hanachiri no Mai era a proposta. Tipo de jutsu que requeria um selo... Han odiava selos, mas os respeitava e executava.

Lembrava-se do tempo que demorou até decorar e conseguir executar cada selo. Jamais possuiu pratica para o tipo de coisa. Saia-se melhor em jutsus que precisava apenas dobrar o chakra no ar com as mãos, ou com a boca. Coisas mais simples, sem precisar de tantos movimentos com o corpo.

Pétalas também a interessava. Depois de fuuton, gostaria de aprender um pouco sobre Hana ninpou. Seria interessante, além de controlar o vento em si, controlar as flores. O que combina mais que vento e flores em uma trecho de romantismo barato?

Novamente usado toras inertes na superfície da agua como alvo, ela tentou executar pela primeira vez. Sempre se enrolava um pouco para formar o selo do dragão. Então o treinou mais milhares de vezes, a ponto de conseguir o executar com mais rapidez sem possíveis erros.

Voltou a tentar executar o jutsu. Notou que, além de usar selo, ela teria também que manipular fuuton. Muito trabalhoso, mas se saísse como dizia nos pergaminhos, seria lindo. E foi. Na decima terceira tentativa, ela conseguiu realizar o primeiro protótipo do jutsu. Han adorava flores mais que o normal. Após o primeiro protótipo, ela executou mais algumas vezes, destruindo as toras sem dó.

Jutsu:

- Todos os jutsus que posso treinar pela semana em um unico post. Peço que avaliem como se fossem separados.

22[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Ter 09 Jun 2015, 00:11

Youko

Youko

Gennin
Aceito

23[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Ter 09 Jun 2015, 20:51

River

River

Gennin

Treinamento de Status  
(1887 palavras)

"River" - Parte 2

Após uma semana dentro daquela gruta, Han já estava sentindo-se um pouco diferente do normal. O isolamento era bom para refletir sobre a vida, e concentrar-se para treinos. A atmosfera do local era espirituosamente pesada, mas confortava o coração da jovem de uma forma um tanto curiosa. Longe de tudo que poderia abalar seu estado mental, longe das pessoas que julgavam-se donos dela, distante de tudo que ela considerava. Tudo que já não era mais nada – pelo menos, naquele momento.

Deitada despojadamente vestida apenas de sutiã preto e mini saia preta, ignorando o quão exposta poderia estar, de olhos fechados, a moça cantarolava uma canção diferente. Quase soltando palavras, mas ainda apenas múrmuros. Parecia distraída e nenhum sorriso enfeitava seu delicado rosto. Pálida como um defunto e de lábios vermelhos como o sangue – aquele clima gélido da gruta contribuía bastante para a aparência exausta de seu corpo. Sua pele não estava mais tão brilhante e aveludada... estava ressecada e opaca. Porém, seus lábios estavam ainda mais belos, recheados e vivos, como um morango bem maduro que sensualmente repartia-se no meio a cada palavra dita.

Talvez fosse um dos planos da menina conquistar uma nova aparência, bem mais delicada e singular. As longas madeixas brancas perdiam-se no tom sombrio de sua pele. Quase alcançava a cor de seu cabelo de tão clara. Poderia ser uma bela visão para necrófilos ou para homens que sentiam atração por mulheres brancas.

Quando a canção chegou ao fim, a menina virou-se de bruços, apoiando-se com os cotovelos. Com a mão esquerda, apoiou a cabeça, enquanto a direita continuou apoiada no chão. Fitava obcessivamente a imagem espectral de River parado em cima do lago.

River parecia mais distante que Han. E porque não estaria? Estava já morto e aquilo que estava projetado era apenas um espirito e uma quantidade razoável de chakra manifestando-se naquele “templo”. Tão belo, porém inalcançável, era a imagem que gostaria para si mesma. E para alcançar, teria que mudar. Mudar para valer.

Após alguns minutos, ambos olhos se encontraram. Olhos vazios que trocavam sentimentos esquecidos. Naquele momento, Han percebeu algo que não queria admitir. Preferiu guardar isto para si mesma. Não havia porque levar aquilo à tona naquele instante. Gostaria apenas de contemplar o infinito e o impossível. Impedida pelo repentino teleporte de River para trás da moça.

Imediatamente ela virou-se, ainda apoiada pelos cotovelos. A troca de olhar era inevitável. Adorava o olhar frio e indiferente de River que vagamente enrugava a glabela, demostrando algum tipo de “incompreensão”. A moça, por outro lado, possuía uma espécie de malicia no olhar, comum de sua personalidade. Já era algo normal. Precisava mudar isto.

Han esperava apenas ele dizer alguma coisa... o silencio não era incomodo, era instigante. A imagem de River era sedutora, mesmo sendo fria. A menina não podia negar que seu mestre, que havia sido um pai, era seu “tipo”. Talvez, por influência da convivência, Han passou a encantar-se por homens frios com uma indiferença no olhar e uma voz grossa e rude. Sempre respeitou seu mestre, mas mesmo ele sendo um espirito, ela o desejava. Uma semana havia sido o suficiente para ela perder-se na própria imaginação.

- Não sei o que passa em sua cabeça, mas há muito o que fazer. Não possui tempo para ficar deitada, exposta dessa forma como se fosse uma gueixa após sexo. Precisa voltar a treinar. – Ele resmungou, sem tirar os olhos de Han. Não olhava seu corpo, apenas seus olhos, fixamente. Também não havia se sentido ofendida pelas palavras ditas... talvez ele estivesse certo, e ela gostado de ele ter percebido suas intenções.

- Gueixa após sexo? Quantas já viu neste estado tão íntimo e quem sabe, sensual? – Han riu, levantando-se imediatamente, um sorriso de canto de boca surgiu, assim como seu ânimo perdido a um tempo. Ela caminhou até River, e estendeu a mão como se pudesse tocar seu rosto. – Tenho todo tempo do mundo para treinar, River... – Ela sorriu meigamente, com os olhos esbanjando afeto. River apenas a encarou, não era capaz de compreende-la. E como um verdadeiro insulto, repentinamente ela abaixou a mão e o atravessou grosseiramente, caminhando contra ele – Assim como você também...

Foi indiferente a ele por alguns segundos. No fundo, sentiu a mesma tristeza que ele – por um motivo tão parecido... Ele, por estar morto. Ela, por jamais poder o ter. Mesmo se seus desejos fossem realizados, nunca daria certo. River era solitário, e Han era uma menina apenas – que vivia como adulta. River apenas desapareceu, e uma lagrima escorreu sobe a bochecha pálida de Han. Não faria diferença se ele tivesse visto ou não, nada mudaria.

Vestiu suas roupas, deixando passar apenas as botas e as meias longas, o casaco tambem havia sido dispensado. Abotoou todos os botões da camisa formal branca e ajustou a posição da mini saia pedra. Prendeu o cabelo em um coque alto, mantendo apenas a franja solta, arrumada. Na beira do lago, olhou fixamente para sua imagem refletida. Achava-se absurdamente bonita, e havia passado a gostar mais daqueles olhos que por acaso, eram bem comuns em Suna.

Caminhando sobe a agua (Mizu no Kinobori), com o Kagura Shingan ativo, Han podia ver claramente onde o chakra de River mais manifestava-se como uma bola de luz azulada. Próxima a entrada da gruta. Aquela era a localização do espectro de River. A focou fixamente para não a perder de vista, podia sentir que, desde que Han aprendeu o Kagura Shingan, aquele chakra de River havia sido reduzido drasticamente. Certamente diminuía mais a cada esforço feito e também, a vontade de existir que desaparecia aos poucos.  

Tinha certeza que o perderia, cedo ou tarde. E o que restaria? Era o que Han temia. Sentiu remorso por ter sido rude com River. Odiou-se. Por alguns segundos, fechou os olhos, e sentiu algo lhe atravessar. Uma dor insuportável lhe dominou. Ela abriu os olhos e nada viu, seu corpo estava intacto. A dor permanecia. Perdeu o controle do próprio chakra e começou a afundar.

Novamente naquela mesma situação lastimável. Afundando lentamente, bebendo litros de agua, aquela dor... Seus olhos apenas focavam na imagem de River parado, flutuando por cima da superfície. Aquela suposta troca de olhar e a perda de consciência...

[...] Quando abriu os olhos novamente, já não estava na gruta. Em sua frente haviam várias pessoas batalhando com fervor. Muitos corpos e almas perdidas. Em sua mão, ela empunhava uma espada feita vento. Aquelas mãos... não eram suas mãos!

Como haviam ocorrido outras vezes, novamente ela estava vivendo a vida de outra pessoa. E não podia ficar parada! Começou a correr, pulando corpos, fugindo daquele lugar, mas parecia impossível, quanto mais ela corria, mais longe ficava. Era o sinal de que, dali não poderia sair.

Bom, por onde deveria ir? Olhou para o redor, e ouviu a voz de uma mulher berrando, chamando por River. Han buscou e viu um samurai com elmo escondendo todo o rosto. Sem opções, correu na direção do samurai, que começou a correr, matando alguns ninjas com bandana de vila desconhecida. Han também foi obrigada a decapitar uns e outros contra sua vontade.

Guiada até um acampamento no meio de um campo, Han sentiu-se insegura. Aproximou-se de um lago parado para matar sua sede, e viu River no reflexo, estava sujo de sangue e com alguns cortes. Olhou para trás, e viu o samurai tirar o elmo, soltando uma longa trança branca. Olhos vermelhos como os de Han no escuro. Mulher que a fazia recordar-se de si mesma.

- River, quantas vezes já lhe disse para não ir para a linha de frente com essa ferida aberta? Está se matando! – Não parecia nada contente.

- Eu preciso ajuda... estamos perdendo espaço. – Sentiu seu corpo falar por si própria com a voz que tanto amava de River.

- Morto não ajudará ninguém. – Nos olhos da mulher, Han pode ver uma tristeza profunda.

- Morrerei se for preciso para salvar aqueles que sirvo. – Tom frio, indiferente aos sentimentos da mulher, Han pode se sentir no lugar dela. Aflita e sem um chão para se apoiar.

- Você é um tolo, River. Mas... – ela suspirou – Esqueça. – Virou-se e partiu floresta a dentro.

- Faço isso por você, Niguel... – Palavras ditas ao vento, ela não havia ouvido... já havia partido. Sentiu como se fosse a última vez que havia a ver com vida, e seria.

Ouviu gritos e avistou uma imensa serpente de fogo subir ao céu bem no local do acampamento. Tentou correr, mas um grande corte em seu abdome não permitiu. Começou a sangrar cada vez mais. Porém, não desistiu, caminhou quase arrastando-se até o acampamento, onde não viu nem uma alma viva. Haviam pessoas degoladas, corpos carbonizados e alguns, apenas com cortes fatais sem afetar sua aparência em si, e Niguel era um desses.

Arrastou-se até o corpo e o abraçou, com força. Deveria ter dito antes. Agora tudo estava perdido. Sentiu uma dor em suas costas, e viu a ponta de uma flecha sair de seu peito. Apenas perdeu a consciência aos poucos, tendo o último toque de sua amada. [...]

-  Alguns ninjas me trouxeram para cá e tentaram ressuscitar-me... Foi um fracasso. Trouxeram apenas parte de chakra e espirito. Mas isso não faz diferença. – Era a voz de River que Han pode ouvir enquanto recuperava a consciência lentamente. Tossiu e cuspiu uma dose alta de agua. Abriu os olhos e estava deitada no círculo, enquanto River estava na posição padrão, sentado em cima da Lápide. – Mas... se eu tivesse pedido para ela ficar? Se fugíssemos? Teríamos sido um casal? Não me arrependo. Se tivesse ocorrido de outra forma, eu não teria essa segunda chance de ajudar alguém que amo. – Han levantou, mesmo atenta as palavras de River, ela insistia em demostrar indiferença a ele. – Quando te conheci, vi a chance de me vingar... tomar o corpo de uma menininha sem a menor ideia de quem seja, fraca emocionalmente e espiritualmente, mas agora, não vejo ninguém menos que alguém que gostaria de proteger.

- Está morto, não pode fazer nada. – Han rosnou.

- Sim, estou morto, mas ainda posso lhe oferecer proteção... Deixe-me acompanha-la como um anjo da guarda, carregue esse nome como título de honra, me dê seu corpo e eu lhe darei minha alma. – Ele levantou-se e ficou em frente de Han – Faz tanto tempo que gostaria de fazer essa proposta e sair deste lugar sem medo de desaparecer para sempre. E eu sei que você não gostaria que eu desaparecesse...

- Não fale besteiras, River. Não sou uma marionete.

- Eu sei. Não serei um parasita. Trabalharemos juntos... me faça esse favor, e eu irei fazer tudo que você desejar. – Sua mão aproximou-se do rosto da menina, como se fosse acaricia-lo. – Eu já estou morto, e essa é a única forma que posso ser útil. – No fundo, River pode sentir Han o aceitando, ele sorriu de forma que a garota jamais havia visto antes, e desapareceu. Assim como seu chakra...

Misteriosamente, Han sentiu o chakra dele dançar com o seu dentro de si, como se ele tivesse sido sugado por ela. A menina abaixou, perdendo a pose de forte e pôs-se a chorar como uma menininha. Estava triste demais, mesmo já sabendo que isso iria acontecer. Perdeu apenas mais algumas horas ali até decidir abandonar aquele lugar que havia perdido seu encanto.

24[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Ter 09 Jun 2015, 23:21

Youko

Youko

Gennin
Aprovado! [ 280 pts ]



Pontos Positivos:
- História Envolvente
- Boa ortografia
- Pequena Quantidade de Erros
- Treino Bem Organizado
- Ótima noção sobre escrita e Narração.
- Boa formatação.

Pontos Negativos:

Acho impossível encontrar erros em seus treinos e também adoro le-los, pois um parece a continuação do outro, fazendo com que eu me envolva mais na história. Seu treino foii : INCREDIBLE


25[Área de Treino] [Suna] River Empty Re: [Área de Treino] [Suna] River Qua 10 Jun 2015, 01:24

Big Boss

Big Boss

Akatsuki
#Aprovado! - 280 pts



Pontos Positivos:
- Bom detalhamento do ambiente.
- Boa ortografia.
- Pouquíssimos erros.
- História coerente com as anteriores.
- Enredo bem construído.
- Ótima noção sobre escrita e Narração.
- Boa formatação.

Pontos Negativos:
- Alguns erros de concordância.
- Ainda faltou o Pikachu e.e.
- Erros leves de pontuação.
- Erros de ortografia.
- Um pouco clichê.

OBS: Não houve alteração na nota então sua mudança de Status continua valida;


Exemplos:

Clarke:


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