Missões - Shon Hozuki

Área de missões do personagem SHON HOZUKI.

- MISSÕES COMPLETAS -

RANK D: 4
RANK C: 6
RANK B: 4
RANK A: 0
RANK S: 0

Mais um dia começava em Kiri, frio como costumeiro. Shon acordou num salto e começou a se arrumar apressadamente, hoje receberia sua primeira missão como gennin, apesar de ter certeza que seria algo chato ele não se importava; independendo da dificuldade, era uma missão e precisava ser cumprida. Saiu de sua casa carregando seu armamento ninja - sem esquecer sua garrafa d'água - e trajando suas vestes comuns com um manto negro cobrindo todo seu corpo. Minutos depois chegou no gabinete do Mizukage e bateu à porta. ─ Entre! ─ Ouviu alguém gritar e assim o fez. A mesa do mizukage ficava no no centro da sala rodeada por pilhas de papéis e pergaminhos, ele jazia sentado com um pincel em mãos. Dois ambus estavam parado feito estátuas no canto da sala e sua assistente a seu lado. Shon se aproximou. ─ Mizukage-sama, vim solicitar uma missão. ─ Disparou. Imediatamente o homem lançou um pergaminho nas mãos do garoto e pediu que ele se retirasse da sala. "Uhh... Ele não é um homem de muitas palavras, né?" Andando para sair do prédio, Shon abriu o pergaminho que lhe fora dado e avaliou a missão. Não uma missão chata como ele imaginou que seria, era até difícil pra uma rank D.

Assim que saiu do gabinete o garoto foi direto pra casa arrumar uma mochila de suprimentos, teria que sair da vila e provavelmente não voltaria tão cedo. De mochila pronta, partiu veloz pelos portões da vila. "Primeiro tenho que encontrar um das vilas que foram roubadas, depois achar pistas e por último encontrar os ladrões." Andou por alguns quilômetros até que chegou a uma vila aparentemente normal. Vendedores saíam de suas lojas e algumas pessoas saíam de suas casas com olha esperançoso para ver o garoto passar. Deviam estar pensando: finalmente estaremos livres dos ladrões. Isso fez com que Shon risse consigo mesmo. Pediu informação a um e a outro até que encontrou a casa do líder da vila e se direcionou para lá. ─ Toc-tooc! ─ Disse meio que cantando na entrada do edifício onde se encontrava o líder, uma senhora robusta veio atender com passos pequenos. Assim que abriu a porta deu um pulo de alegria e um gritinho eufórico. ─ Você é o ninja que vai nos livrar dos ladrões? ─ Perguntou. ─ Sim, hehe, acho que sim. ─ O garoto respondeu sem graça e a senhora pulou deixando escapar mais um grito de euforia. ─ Haaaaaaank! O ninja chegou! ─ Gritou alto. O homem apareceu no mesmo instante dentro de uma cortina de fumaça, seria um ninja também? ─ Seja muito bem vindo, garoto. ─ Disse o senhor simpático.

Depois de horas explicando a situação atual da vila para Shon, Hank finalmente parou de falar. Pelo que ele disse os ladrões atavam sempre no mesmo dia da semana, quinta-feira, e coincidentemente era o exato dia Shon chegara. De acordo com Hank, os "roubos" começavam às duas horas da tarde. Os habitantes eram obrigados a levar uma certa quantia de dinheiro para o grupo na praça central da vila. Aquilo precisava acabar. Às exatas duas da tarde o sino tocou alto, ressoando por toda a vila. Shon, que ainda estava na casa do chefe, saiu correndo para a praça naquele mesmo instante. Ao se aproximar um pouco o garoto pôde ver uma carroça com vários sacos em cima, presumiu que fosse o dinheiro do povo. Havia cinco homens de postura marrenta caminhando entre os civis que lhes davam tudo o que tinham. ─ Ei! ─ Chamou atenção. ─ Devolvam tudo ao povo ou vão se arrepender. ─ A praça ficou completamente calada por dois segundos antes dos ladrões irromperem em gargalhadas. Era de se esperar. Como é que um garoto franzino daqueles ia enfrentar cinco grandalhões? ─ Volte pra casa, garoto! E nós perdoaremos. ─ Disse o homem mais forte, devia der dois metros de altura, virou-se e continuou o saqueamento. Uma onda de fúria consumiu o garoto de cabelos prateados e ele lançou uma kunai num dos sacos que estavam sobre a carroça; via-se moedas e mais moedas escorrendo pela abertura ocasionada pela kunai e espalhando-se pelo chão. Todos voltaram-se para ele novamente. Um dos homens resmungou algo e começou andar na direção do garoto, os civis começaram a correr para se afastarem gritando assustados. Com um sorriso no rosto SHon fez alguns selos de mão antes de dizer em alto e bom tom o nome do jutsu. ─ Mizu Bunshin Bakuha no Jutsu! ─ De seu corpo saíram dois clones de água, julgou que seria o suficiente. E era. Os dois clones correram na direção do homem que estava na frente e desferiram juntos uma voadora em seu estômago. O homem caiu no chão com as duas mãos sobre a barriga. ─ Mais alguém? Não? ─ Disse olhando para as unhas de sua mão em tom de deboche. Foi quando os quatro restantes começaram a correr na direção dos clones que explodiram ao mesmo tempo liberando uma torrente de água contra os homens que caíram desacordados metros atrás. Com ajuda de alguns civis Shon amarrou as mãos e pés dos quatro ladrões juntos e os colocou sobre a carroça, depois de tirar todo o dinheiro, claro. ─ Nunca voltem aqui. ─ Proferiu friamente com o olhar cruzado com o do líder do bando, em seguida usou o Mizudeppou no Jutsu numa versão diminuída e vagabunda no animal que puxava a carroça para assustá-lo. Deu certo e ele saiu correndo feito louco da vila. A paz voltou a reinar. Shon voltou para Kiri. Tudo estava em seu lugar.

Missão Concluída:

Segunda missão de Shon, ele estava eufórico. Se sua primeira missão envolveu sair da vila - não é o que a maioria dos gennins faz - imagina a segunda! Devia ser algo muito maior!Algo melhor! Derrotar um criminoso perigoso? Quem sabe. Assim que se aprontou ele correu para o gabinete do Mizukage e lhe pediu outra missão. Estava certo sobre aquele pressentimento, ele sairia da vila; contudo não enfrentaria nenhum criminoso de alta periculosidade, onde ele  estava com a cabeça ao pensar que o Mizukage liberaria uma missão com tal risco para um gennin? Se bem que ele não liga muito pros ninjas da vila, ou pra ninguém, mas isso não vem ao caso. O que importa é Shon tinha uma missão a cumprir. Uma esquadrão médico da vila precisava de uma flor rara que é encontrava apenas nas montanhas a oeste de Kiri e o jovem garoto precisava encontrar essa flor, ou essas flores - quanto mais melhor - e levar de volta para a vila. A partir daí o esquadrão médico cuidaria de tudo. O garoto partiu em sua jornada trajando suas vestes costumeiras, uma mochila de suprimentos nas costas e sua garrafa de água a qual ele não larga, presa a perna direita.

Seguiu para as montanhas a um passo médio, calculando em média quanto tempo levaria para completar a missão. "Nesse passo vou chegar ao pé da montanha em dois dias, um dia procurando e mais dois pra voltar." Pensava. "Então, se eu aumentar o passo posso terminar essa missão mais rápido pra poder pegar outras." Deu um longo salto com a ajuda do Shunshin e aumentou sua velocidade drasticamente por grande parte do caminho. Ele devia saber que pra alguém como ele, com tão pouco chakra, usar um jutsu por tanto tempo pode ser muito cansativo. Duas horas depois e ele teve que diminuir a velocidade e começar a caminhar. ─ Droga! Nesse ritmo eu nunca vou chegar lá... ─ Resmungou consigo mesmo olhando para o céu. Estava azul e o sol brilhava no alto. Não se via muito esse tipo de clima em Kiri, era raro, se não e existente. Pelo menos Shon nunca havia presenciado um dia tão claro e quente como aquele dentro da vila. Lá é sempre frio. O dia estava magnífico e a paisagem ajudava. Dos dois lados da estrada de terra existia a presença de uma grande floresta e água corrente era audível. Com certeza um rio cruzava a floresta. A frente podia-se ver uma cadeia de montanhas enormes se erguendo, era o fim; passando as montanhas encontrava-se o mar. "Como será que Taiga e Kira estão se saindo em suas missões?" Caminhou o resto da tarde perdido em pensamentos até que seus devaneios foram interrompidos por vozes, pareciam estar próximas. Shon se escondeu atrás de uma árvore imediatamente. ─ Eles foram por aqui! ─ Ouviu. ─ Humpt! Aqueles ninjas médicos de Kiri não perdem por esperar. ─ Disse um homem alto com o outro mais baixo. Ambos eram bastante jovens. Carregavam consigo a bandana de Kiri com um corte no meio do símbolo. "Desertores!" Shon os reconheceu. Eram Mako e Gray, dois nukkenins procurados da vila. Conhecendo a fama dos dois o garoto resolveu não atacar. Era o melhor a fazer. Então ele só ficou ali, parado, desejando com todas suas forças que não o vissem. E não viram. Os dois desapareceram rapidamente e Shon voltou a respirar. Havia ninjas médicos de Kiri por perto e Shon precisava avisá-los do perigo eminente. O garoto correu o mais rápido que pode por entre as árvores afim de encontrar o rio. Caso Mako e Gray voltassem não o encontrariam dentro do rio. Ele se misturaria com a água. Cinco minutos depois ele chegou a um grande rio de correnteza forte que ficava entre as árvores. Shon entrou na água e se deixou ser carregado em forma liquida - Suika no Jutsu - pela correnteza. A água o deixava mais forte, mais hidratado. Bastaram poucos minutos imerso no rio para recuperar todo seu chakra perdido em sua tentativa de rápida movimentação anterior. No rio, além de se mover rápido ele não cansava.

A noite caiu. Ele não podia ficar no rio o resto de sua vida; precisava encontrar um abrigo pra passar a noite, qualquer caverna servia. No momento em que saiu da água o garoto foi surpreendido. Antes de se solidificar totalmente percebeu uma kunai em seu pescoço e ficou imóvel. ─ Identifique-se. ─ Disse a voz masculina atrás do garoto.  ─ Shon! Gennin da névoa em missão! ─ Ele gritou em resposta. ─ Espera aí... Você é o reforço? ─ O homem perguntou, liberando Shon. ─ Não sei onde o mizukage está com a cabeça pra mandar um gennin como reforço. ─ Prosseguiu enquanto andava para dentro da floresta. Shon o seguiu. ─ Certamente ele não sabe que Mako e Gray, dois nukkenins estão atrás de vocês! ─ As palavras do garoto pareceram facas aos ouvidos daquele homem. Ele ficou pálido e totalmente imóvel quando ouviu. ─ E... Parece que você também não sabia. ─ Finalizou. Não, ele não sabia. Se soubesse não tinha aceitado aquela missão de escolta.

Chegando ao acampamento e Shon percebeu a presença de oito pessoas. Seis ninjas médicos, outro gennin e o homem que o abordou no rio, um jounin. Todos estavam sentados numa mesa onde seria  refeitório, deviam estar ali a bastante tempo. Shon se aproximou da mesa com o homem e se apresentou, dizendo que estava no meio de uma missão e pedindo permissão pra passar a noite em seu acampamento. Havia combinado com o jounin que aquela informação ficaria retida com eles para não causar pânico. Devia agir naturalmente, mas se manter alerta a qualquer movimento, mesmo sabendo que o acampamento era "seguro" porque estava rodeado por dezenas de armadilhas. ─ Se quiser pode ir dormir, eu vigio o primeiro turno. ─ Disse Shon a Dean, o jounin; e teve apenas um aceno de cabeço como resposta. O mais velho entrou uma das barracas montadas enquanto o garoto ficou do lado de fora, caminhando pra lá e pra cá. Horas se passaram e Shon estava sentado sobre a mesa do refeitório quando Dean se aproximou e pediu que ele descansasse um pouco. O garoto não tinha força nem pra agradecer, foi direto pra barraca do jounin e apagou.

No dia seguinte.

Shon só acordou na manhã seguinte de tão exausto que estava. Quando o primeiro raio de sol entrou pela janela de tela da barraca ele saltou para fora. Alguns dos outros já estavam acordados, inclusive Dean. Todos ajudavam a preparar o café da manhã, Shon não ficou de fora. Assim que terminaram de comer, Shon decidiu continuar sua missão. Os nukkenins não tinham encontrado o acampamento, deviam estar longe demais. Deviam ter passado pelo acampamento. ─ Dean, tenho que continuar minha missão. É importante também e os fugitivos devem estar longe. ─ Tentava falar baixo para que os demais não ouvissem. ─ Sem ofensa, mas, o que você acha que um gennin poderia fazer para ajudar? ─ Dean perguntou debochando. ─ Não muita coisa. ─ Suspirou. ─ Tenho que ir! Passo aqui quando tiver voltando. ─ Fez um selo de mãos e desapareceu. Pouquíssimos minutos depois ele encontrou o rio novamente e mergulhou. Todo rio deságua no mar, que, nesse caso, fica atrás da montanha que era seu destino. Seguindo a correnteza do rio ele chegaria muito mais rápido que andando em meio a mata.

Uma hora depois ele já estava no pé da montanha. Fora mais rápido do que imaginou. Agora só faltava encontrar a flor púrpura e voltar para o acampamento médico o mais rápido possível. Para isso ele se dispôs do Mizu Bunshin Bakuha no Jutsu, criando sete clones que iniciaram a busca imediatamente. Poderia ter feito mais clones para ajudar, mas isso lhe consumiria chakra demais, o deixaria exaurido e incapaz de lutar caso algo desse errado. Cada um foi em uma direção diferente tendo em mente que em duas horas, encontrando ou não a flor, todos deviam voltar para o ponto de partida na beira do rio. "Flor purpura, flor púrpura..." caminhava olhando para todos os lados em busca daquele espécime tão raro. Apesar desse nome a flor não era púrpura e, sim, branca. Recebe esse nome devido a substância que ela produz quando macerada; essa sim é púrpura. Não seria difícil para ele distinguir a flor das demais se a visse, o garoto sabia muito sobre ervas medicinais, uma de suas paixões. Sempre procurou estudar sozinho enquanto não encontrava um mestre de ninjutsu médico, mas só a teoria. A prática era complexa demais para iniciar sem supervisão. É, ele não teve tanta sorte. Não importava o quanto procurasse ele não encontrava e como fora combinado, depois de duas horas de busca ele retornou à margem do rio. Shon deixou escapar um grito de alegria quando viu que três de seus clones tinham a flor em mãos. ─ Isso! Isso! ─ Comemorou dando pulinhos de alegria, mas essa isso não durou muito tempo. Uma brisa fria vinda do mar tocou o rosto do garoto e seu corpo se arrepiou. Olhando para o céu, na direção do acampamento, ele via nuvens de chuva se formarem. Aquilo não era natural. O dia estava ensolarado há um minuto, não tinha como aquelas nuvens surgirem do nada. ─ São eles... Vamos! ─ Ordenou aos clones em um tom severo em saiu correndo na direção da nuvem negra que se formava. Na direção do acampamento médico.

De longe pode observar silhuetas demais para ser apenas os ninjas acampados. Sim, eram Mako e Gray. Então Shon e todos os seus clones lançaram dez shurikens cada na direção do nukkenin mais alto enquanto ele estava de costas em seguida ele e seis de seus clones saltaram com auxilio do shunshin no jutsu e entraram em posição de combate, junto aos ninjas de sua vila enquanto o sétimo clone explodiu numa torrente de água. Dean, o jounnin, parecia perplexo, surpreso e ao mesmo tempo aliviado. ─ Bem a tempo. ─ Disse Dean com um sorriso no rosto. ─ Um pouco de mais pra um gennin, não? ─ Shon lembrou-se do que o jounnin lhe dissera mais cedo. ─ Não fique se gabando. ─ O homem disse enquanto invocava uma kunai gigante de um pergaminho. Mako e Gray já haviam se recuperado e estavam em posição de batalha. Os seis clones de Shon restantes recuaram, ficando um próximo de cada um dos ninjas médicos ali existentes. Geralmente ninjas médicos não tem muitas habilidades de combate. ─ Shon e Ted, vocês dois segurem o Gray enquanto derroto o Mako, ajudo vocês assim que acabar. ─ Disse Dean, desaparecendo em seguida, indo de encontro ao ninja. O jounnin tentou cortar-lhe a cabeça com aquela kunai gigante, mas foi impedido por Mako, que parou seu ataque. Uma espada surgiu na mão do outro nukkenin e ele fez um movimento de corte rápido mirando no tronco de Dean. Shon então disparou três gotas seguidas com o Mizudeppou no Jutsu na mão de Gray, que deixou a espada cair e ganhou um corte na parte superior da mão. O homem berrou e disparou na direção do garoto. Shon não teve tempo para desviar, Gray era muito rápido, quase invisível. Uma descarga de adrenalina foi liberada na corrente sanguínea do garoto de cabelos pratas antes que a espada do outro ninja cortasse seu corpo ao meio. O garoto tinha uma expressão de susto no rosto e Gray carregava um sorriso sádico que logo se tornou em apenas outro rosto assustado entre os demais. Shon não havia morrido. Siuka no jutsu, sua kekkei genkai o salvara transformando seu copo em água. Próximo o suficiente era sua chance de atacar, em forma liquida o garoto avançou pela lâmina da espada e enrolou-se na cabeça do nukkenin. O Mizu Dekishi Shizuko no Jutsu estava completo logo aquele homem morreria. Quando o homem desmaiou por falta de ar Shon o largou e pediu que um de seus clones o amarrasse.  ─ Vocês, médicos, não deixem que ele acorde. ─ Pediu. Dean estava tendo trabalho na luta com Mako e Shon precisava ajudar. O mesmo clone que amarrou Gray explodiu contra o corpo de Shon e lançou uma corrente de água onde Mako enfrentava Dean. Shon, então, materializou-se com o Gousuiwan no Jutsu ativo e socou o rosto do mascarado, que voou para longe. Dean, aproveitou a corrente de água e usou um jutsu do tipo raiton para desacordá-lo.

O clima no acampamento agora era comemoração. Dois nukkenins haviam sido presos para o bem da vila e ninguém tinha sofrido demais. Dean mandou uma mensagem para a vila pedindo que uma equipe viesse transportar os desertores para a prisão de kiri e Shon, depois de descansar, continuou sua missão: entregar a flor púrpura. No mesmo dia ele chegou aos portões da vila. Estava cansado ao limite, não conseguia usar eu chakra pra mais nada. Caminhou até o hospital e entregou as três flores que encontrara na área de pesquisas. Quando estava saindo do hospital uma kunoichi o abordou.  ─ Ei! Você é o Shon, né? ─ Perguntou. ─ Sim, sou eu. ─ O garoto respondeu calmo. ─ Obrigado por ter ajudado o campo médico e trazer a flor. Agora... ─ Abriu um pergaminho. ─ O Mizukage quer que você cuide da minha floricultura até que eu termine o trabalho aqui. ─ Ele não esperava isso. Depois de ter passado por tanta coisa num dia ainda ter que fazer um trabalho chato como cuidar de uma floricultura antes de ir pra casa. Que abuso! Mas fazer o que? Era uma missão, não é? Pegou o pergaminho das mãos da garota e foi caminhando, meio corcunda para a floricultura que ficava ali perto. O resto de seu dia foi resumido a "bem vindo" e "volte sempre", mas no fim tudo acabou bem.

Missões Concluídas:

Finalmente uma missão rank C! Shon estava desesperadamente feliz, o mizukage estava enfim reconhecendo seus esforços e lhe designando missões de níveis superiores. O jovem gostaria de uma missão junto a seus companheiros de equipe, já que ainda não tinha feito nenhuma com eles, mas devido a crise na vila, as equipes estavam sendo desfeitas para completar mais missões e trazer a vila de volta a era gloriosa que costumava viver. Por conta disso muitas conspirações contra a vila estavam em andamento e o Shon foi designado para acabar ou pelo menos tentar acabar com uma delas."

Quando acordou de manhã havia um pássaro mensageiro carregando um pergaminho em sua janela. O garoto retirou o pergaminho da ave e ela voou. O pergaminho continha uma mensagem do mizukage e a informação necessária sobre uma missão. Ele devia espionar um grupo de ninjas que conspiravam contra Kiri e nossas vilas aliadas e trazer informações para a vila, em segurança. Seria bastante difícil pro garoto, visto que ele não possui muitas habilidades de espionagem, mas isso não lhe incomodava. Se o mizukage havia lhe escolhido para tal missão ele devia ser capaz de cumpri-la... Não é? Meia hora depois ele estava pronto. Carregava uma mochila com alguns suprimentos, seu armamento ninja e o que não podia faltar: sua garrafa d'água. Devido a sua kekkei genkai ele devia se manter sempre hidratado. O sol já estava um pouco alto no céu, mas ainda era manhã, quando Shon partiu.

Meia hora depois de ter passado pelos portões da vila já não havia mais névoa alguma, ele sorriu ao ver como o sol era quente e brilhava forte fora da vila. Nunca iria se acostumar com aquilo. Caminhou por algumas horas até que chegou a um pequeno vilarejo a noroeste de Kiri. Algumas semanas atrás Shon visitou aquele vilarejo em outra missão, certamente mais fácil e resolveu começar sua investigação lá pelo motivo óbvio de conhecer o líder do local. Líderes de vilas sempre sabem de alguma coisa. Shon caminhou calmamente pela vila indo direto para a casa de Hank, o líder. ─ Oeeee! Hank-san! ─ Gritou, chamando na porta do casarão. No mesmo instante a esposa de Hank abriu a porta e recebeu Shon com os mesmo gritinhos eufóricos de sempre, pondo o garoto pra dentro. ─ Desculpa, Hank, mas eu não tenho muito tempo então vou direto ao ponto. ─ Disse Shon. ─ Existem um grupo de criminosos chamado Aliança Negra, você sabe sobre eles? ─ Continuou. ─ Shh!! Fala baixo! ─ Hank sussurrou. ─ Não falamos deles por aqui. É proibido, mas eu soube que a base deles é numa ilhota a oeste daqui. ─ O homem abriu um mapa mundi na mesa e apontou para a ilha, circulando-a com tinta vermelha. ─ Mas, Shon, se você for mesmo tome cuidado. Eles não são como os ladrões da última vez. Não ninjas. Criminosos. Perigosos. ─ A forma com que Hank dissera aquilo foi realmente assustadora, fez com que Shon se arrepiasse. O garoto assentiu e se despediu do homem antes de partir. Tinha que seguir viagem, mudando o fluxo para oeste. Segundo Hank, em um dia o garoto chegaria ao mar e então demoraria mais um dia para chegar à ilha. E assim foi. Shon chegou na praia à noite, estava muito cansado devido a caminhada. Montou acampamento na orla próximo a algumas pedras e ali passou a noite.

Na manhã que se seguiu, Shon acordou cedo com o barulho a praia. Eram pescadores e deviam habitar algum vilarejo próximo dali, mas Shon os viu apenas como um meio de transporte. Levantou-se imediatamente, enquanto os pescadores avaliavam sua rede, e guardou seu seco de dormir, correndo para onde se encontravam os homens em seguida. ─ Ei! ─ Chamou atenção dos homens. ─ Sou um ninja de Kiri e estou em missão. Vocês podem me ajudar? Preciso de uma carona. ─ Disse ele tentando ser simpático. ─ Um ninja de Kiri sendo educado? ─ Um senhor respondeu tremendo. Um outro homem mais novo, porém com os traços do velho gritou que não ajudaria, enquanto se aproximava. ─ Calado! Nós vamos ajudar esse jovem. ─ Disse o senhor com a voz fraca e profunda. ─ Ohhhhh, senhor! Não tenho como te agradecer! ─ Todos subiram no barco e seguiram para alto mar. Estavam a uma velocidade razoável, mas uma hora depois os pescadores tiveram que parar para voltar, ou seu combustível iria acabar. ─ Ficamos por aqui, jovem ninja. ─ Disse o senhor simpático no barco. ─ Tudo bem, muito obrigado, gente. ─ Shon agradeceu antes de mergulhar no mar. Dentro da água utilizou suiton no jutsu para fazer com que alguns peixes pulassem para fora e caírem diretamente no barco dos pescadores que lhe ajudaram. Era sua forma de agradecer.

Se mover na água era muito fácil para Shon. O suika no jutsu era bastante útil nesse ambiente, que para muitos outros seria hostil. O garoto deslizou pela água salgada em sua forma liquida e em cerca de duas horas encontrou terra firme. Era a ilha citada por Hank. Nessa ilha ficava a base da aliança negra, agora ele só precisava a encontrar. Horas e horas caminhando em meio a mata fechada cansaram o garoto disfarçado de mercador com um henge comum, ele não podia chamar atenção. Para todos os efeitos os únicos ninjas existentes naquela ilha eram os ninjas da aliança. E Shon certamente não era um deles. Depois de horas caminhando ele finalmente encontrou uma vila, que era cortada por um rio. "Droga! Seria muito mais fácil se eu tivesse encontrado esse rio antes." O garoto continuou caminhando lentamente pelas ruas daquela vila em seu disfarce de mercador. ─ Ei! Mercador! Aonde você pensa que vai? ─ Ele ouviu uma voz atrás de si. ─ Ahn... Vender isso no quartel da aliança negra? ─ Disse. Sim, ele era péssimo com disfarces, mas ter dito isso fez com que o guarda o levasse direto para o quartel. Não foi nada planejado, apenas instintivo. Quando percebeu ele estava no calabouço da aliança negra. "Shon, você é demais." Pensou enquanto atravessava as grades da prisão em que fora posto. Isso era fácil com o suika no jutsu. Claro que ele deixou um clone atrás das grades, caso alguém fosse checar. Assim que se viu livre ele usou o henge novamente, transformando-se num rato e se infiltrando pela ventilação. Era nojento, mas ele tinha que manter o andamento da missão. Shon, o rato, seguiu o as vozes por dentro dos canos até que encontrou a uma grande sala onde acontecia uma reunião. ─ A essa hora Chitoshi está cruzando o mar e e encontro ao senhor feudal. Sem ele, Kiri pode cair ainda mais. E então nós atacamos. ─ Disse o homem grande na ponta da mesa. Eles iam atacar o senhor feudal hoje! Não havia tempo de voltar para a vila. Não havia tempo de pedir reforços. Shon precisava fazer isso sozinho. O rato fechou os olhos e desfez a transformação, concentrando-se para ativar o suika no jutsu. Escorreu pela tubulação e voltou ara o calabouço, entrando na jaula novamente. Havia uma pequena janela no canto e ele passaria por ela com o suika.

Meia hora depois ele estava no rio que cortava a cidade. Conseguiu fugir sem chamar atenção e iria manter aquilo até encontrar o tal Chitoshi de quem falaram na reunião. Ele devia estar no mar ainda e não tinha como vencer o garoto dentro d'água. Shon deu o máximo de si, foi a máxima velocidade para acompanhar o tal ninja que atacaria o senhor feudal até que viu uma explosão mais a frente no meio do mar. Como Shon pensou, era Chitoshi. O homem corria sobre a água lançando algum jutsu de fogo bela boca em todos os barcos de pesca que via pela frente. Não podia simplesmente pular? O barco do velho que ajudou Shon estava no caminho e logo seria queimado. Foi quando Shon saltou de dentro d'água impulsionando-se na diagonal e acertando em cheio o corpo de Chitoshi. Os dois caíram na água. A luta tinha acabado ali. Shon acabou por afogá-lo, deixando o corpo afundar. Quando chegou ao continente novamente, o garoto escreveu uma carta criptografada com as informações que coletou da aliança negra e mandou um pássaro correio da vila de pescadores levar para Kiri. Tudo o que ele precisava agora era de sua cama.

Missões Concluídas:

Fazia algum tempo que Shon não era solicitado para missão alguma, estava focado em seu treinamento, querendo melhorar. Enfim ele se sentia pronto para continuar a fazer missões e queria voltar a ativa o mais rápido possível. Esse semana ele realizaria a maior quantidade de missões rank C que podia para ajudar o crescimento da vila e seu próprio.  A missão da vez era auxiliar na proteção do filho do senhor feudal da água. Shon caminhava do lado da carruagem, calma e lentamente, atento a quaisquer movimento estranho. Junto ao jovem chunin encontravam-se alguns outros ninjas de sua vila - ninguém de sua equipe - e seis homens com quimonos totalmente negros. Esses eram os guardas reais do senhor feudal e estavam ali para garantir que nenhum dos ninjas mudasse a missão. Como se aqueles homens fossem capaz de defender alguém. "Pra uma missão rank C, essa é bem chata." Pensava o garoto enquanto bebericava em sua garrafa d'água. Ele esperava que aquilo acabasse logo, mas aquela missão durou o resto do dia. "Não podiam fazer com que esses cavalos andassem mais rápido?" Quando o sol se punha, o filho do senhor feudal finalmente chegou a seu destino. Um castelo imenso se erguia a frente deles, tapando o por do sol com sua estrutura magnífica e criando uma sombra ainda maior que ele mesmo. O filho do senhor feudal desceu os quatro degraus da carruagem e seus pés tocaram o chão. Parecia uma moça com todos aqueles adornos na cabeça e parte do roso coberta. Era cômico. Shon observou até que o garoto adentrasse o castelo juntamente a seus guardas, assim que as portas se fecharam o garoto de cabelos prateados fez um selo com a mão e desapareceu da vista dos outros, deixando fumaça branca para trás. Queria chegar à vila o mais rápido possível.

Quando Shon chegou à vila já era noite, teve que ir direto pra casa para descansar. Não teria nenhuma missão para ser realizada à noite, teria? Bom, ele não ia ficar acordado para descobrir. No dia seguinte ele acordou cedo e correu para o gabinete do mizukage, onde pegou um pergaminho grande repleto de missões rank C. Precisava encontrar duas ou mais, que se conciliassem. Assim ele completaria mais missões no mesmo dia, para compensar do dia anterior em que só pode completar uma com sucesso. Depois de muito procurar, ele finalmente encontrou. Pra começar ele devia escoltar uma atriz famosa de sua aldeia para o país do chá, depois procurar um inseto que só é encontrado nas florestas de lá, e só então voltar para Kiri escoltando um suprimento de chá muito valioso. Três missões como se fossem uma. O que poderia acontecer? No máximo oferecerem ao garoto um chá amargo.
A atriz já estava a sua espera na portaria de um hotel de luxo. Assim que chegou na portaria viu quem era a atriz. Era diferente de qualquer outra pessoa ali. Era linda, pra uma mulher. ? Lady, vim aqui pra guia-la até sua vila natal no país do chá. ?  Disse o garoto. A atriz não gostou nada da ideia de apenas um ninja a escoltar. Shon ouviu comentários como "eu mereço mais que isso", "só um ninja?", "isso é um ultraje!" durante toda a viagem. A cada metro andado o garoto ficava mais estressado e incomodado com a presença daquela mulher, mesmo ela estando dentro de uma carruagem e sem contato físico com ele. Depois de muito caminhar, eles chegaram ao território do país do chá. Shon fez alguns selos de mãos e dez clones de água apareceram a seu lado, espalhando-se, em seguida, na floresta ao redor deles em busca daquele raro inseto citado na outra missão. Ele tinha que começar a procurar desde já.

É, ele achou que finalizaria todas aquelas missões em um único dia, mas se enganou. Isso era claro. Já era noite e eles ainda não haviam chegado ao país do chá. Fizeram uma ou duas paradas em pequenos vilarejos por vontade da atriz que queria comer ou ir ao banheiro. "Não sabia que famosos tinha bexigas tão pequenas." As paradas durava em média uma hora por conta de todas aquelas pessoas que rodeavam a atriz assim que a carruagem parava. Era difícil conter a multidão, mesmo com todos os clones invocados pelo jovem. Shon estava exausto por andar tanto, mas não podiam parar para descansar. A vila daquela mulher ficava a poucos quilômetros a frente. Se fizesse algum esforço chegariam ainda hoje. Alguns minutos depois ele chegaram na entrada da cidade e Shon vibrou de alegria. Finalmente poderia descansar. Finalmente! A atriz ficou em sua mansão, junto a sua família, e Shon seguiu para um hotel qualquer onde passou a noite. Na manhã seguinte, totalmente descansado, o garoto partiu para a casa de chá mais famosa da cidade - onde pegaria a encomenda de Kiri - para iniciar a próxima missão. Chegando lá o garoto teve uma breve conversa com o dono da loja, que entregou a encomenda para o jovem. Ele precisaria de uma carroça - ou clones - para carregar tudo aquilo. Preferiu os clones. Com as palmas das mãos unidas, dez clones feitos de água e formaram ao lado do garoto. Seis pessoas eram o suficiente para carregar aquela encomenda, os demais clones foram invocados para procurar o besouro nas florestas do país do chá. Ele tinha que estar ali.

Shon e seus cinco clones caminhavam lenta e calmamente pela estrada principal, alguns metros atrás de uma carroça enorme de um mercador. Estava perdido em pensamentos quando viu que a carroça alguns metros a sua frente havia parado. Um grupo de cinco homens resolveram assaltar o pobre mercador. Dia errado, hora errada, uma pena para os ladrões. Shon deixou o que carregava com os quatro clones que andavam com ele e correu para ajudar o homem. ─ Acho bom o senhor entregar a carroça antes que me amigo aqui faça algo. ─ Disse um dos ladrões apontando para outro que carregava consigo um machado. ─ E eu acho bom vocês deixarem esse homem em paz e darem meia volta. ─ Disse Shon, surgindo entre o mercador e os ladrões. Os homens deram um passo para trás em conjunto ao ver a bandana de kiri pendurada na cintura do jovem. ─ O que um ninja faz tão longe de sua vila? ─ Perguntou um dos homens. ─ O que vocês ainda fazem aqui? ─ Shon perguntou dando dois passos a frente. A trupe saiu correndo no mesmo instante. "Esperava algo mais interessante. A última coisa que o garoto esperava era que os ladrões fugissem sem lutar. Os ladrões do país do chá eram mesmo medrosos. Como gratidão, o mercador - que seguia para kiri - fez questão de dar uma carona para Shon. O garoto aceitou, claro. Dessa forma chegaria mais rápido e podia proteger as mercadorias do homem. A encomenda de chá do garoto foi posta num caixote de madeixa vazio que o mercador carregava e seguiram viagem. Já dentro de kiri, Shon não tinha esperança de encontrar o besouro raro, quando um de seus clones apareceu na entrada da vila carregando um inseto grande e colorido numa estufa de vidro.

Missões Concluídas:

O chunin shiken voltou! É, essa notícia pegou todos de surpresa, não fazia muito tempo desde o último. Shon acordou num salto com o grito de uma ave mensageira em sua janela. Leu o pergaminho que estava preso nas costas da ave marrom; "você foi escolhido como avaliador dos novos gennins nesse chunin shiken." O pergaminho só dizia isso. O jovem não ficou muito feliz com a notícia, parecia um trabalho chato pra caramba. Uma semana se passou e o garoto já estava na ativa, claro. Recebendo os gennins das vilas aliadas e dando as boas vindas à vila. Onde ficam hotéis, restaurantes, etc; Shon tinha que fazer tuor com todos os estrangeiros, mostrando-lhes Kirigakure. Essa era a colaboração do garoto no exame chunin. Ele achou que iria observar as lutas e ajudar na decisão de quem passaria e quem reprovaria, mas enquanto os tentas não começavam ele tinha outas obrigações idiotas. Entre uma tarefa e outra, Shon começou perceber que um dos jounins responsáveis pela monitoria do exame estava agindo de forma estranha, parecia o seguir. Estava sempre onde Shon estava. Talvez fosse coincidência, talvez não. Tendo isso em mente, certo dia, após terminar suas tarefas, o garoto resolveu segui-lo. Saiu de casa com uma máscara no rosto, para que ninguém soubesse qual era sua identidade e ficou a espreita do jounin suspeito. Depois de vigia-lo por horas, Shon tinha certeza de que tudo aquilo foi só um mal pressentimento e que aquele homem era só mais um jounin comum. Quando estava indo embora outro homem chegou para conversar com aquele jounin. O jovem chunin quase foi enganado. Conseguiu ouvir "então o mizukage vai cair." na conversa dos dois homens, imediatamente o jovem chunin correu do local, indo avisar aos guardas e ao próprio mizukage. Meia hora depois uma equipe da ANBU foi mandada para rastrear o jounin em questão e interroga-lo, o trabalho do garoto estava feito. Na semana seguinte os exames finalmente começaram realmente. As lutas. Os testes. Shon já havia pesquisado e catalogado cada um dos gennins participantes, conhecia as habilidades de todos ali e até onde ia sem potencial; isso o ajudou a julgar quem seria aprovado. Sim, na última hora, vendo os esforços do garoto, o mizukage o chamou para ajudar nessa avaliação. Inevitavelmente alguns reprovaram, simplesmente por não estarem preparados para o teste, outros por pura má sorte, erro no julgamento. Quando o exame chunin findou, Shon estava preparado para um missão em campo. Estava mais poderoso que nunca e queria realizar missões perigosas.

Missões Concluídas:

Outro dia nascia em Kirigakure no Sato e Shon se preparava para outra missão. Fazia algum tempo que o garoto não parava quieto, sempre tinha alguma missão para fazer. Hoje ele teria mais uma do rank b. A vila estava recebendo muitas reclamações de ataques dos vilarejos menores mais próximos. Diziam estar sendo atacados por "um tipo de boneco estranho e pavoroso", essa foi a descrição dada a Shon pelo ninja que lhe entregou o pergaminho com sua missão. Ele devia ir para as aldeias próximas, checar o que estava acontecendo e acabar com o problema de uma vez por todas. Assim que recebeu a missão Shon partiu para o vilarejo mais próximo, onde residia seu amigo, Hank; ele sempre sabe de algo. Sua esposa atendeu a porta e, como sempre faz, recebeu Shon com gritos de entusiasmo e euforia. Shon se perguntava se ela ficava sempre tão feliz quando recebia visitas. Quase que imediatamente, Hank chegou à porta e convidou o garoto a entrar. O homem não sabia nada sobre ataques de "bonecos estranhos", ou seja, aquele vilarejo ainda não havia sido atacado. Depois de por a conversa em dia, Shon partiu para o próximo vilarejo. Não podia perder mais tempo. Depois e algumas poucas horas de caminhada, o jovem de cabelo grisalho demais pra sua idade, finalmente chegou a outro vilarejo. Logo na entrada Shon viu que aqueles edifícios havia sofrido algum tipo de ataque recentemente. Existiam rachaduras enormes - claramente não causadas pelo tempo -, buracos nas ruas e destroços aqui e acolá. O garoto seguiu andando calmamente com as mãos nos bolsos de sua calça, atendo a qualquer movimento estranho. As pessoas se afastavam ao ver sua bandana, não queriam contato com um ninja de forma alguma. Definitivamente os tais "bonecos estranhos" estacaram a cidade e, provavelmente, eram controlados por um ninja. Segundo o pergaminho, havia a chance de serem Homuka e Makirou, ninjas de Kiri que deviam estar mortos demais para causar mal a qualquer pessoa. ─ O que aconteceu por aqui? ─
Abordou uma mulher que caminhava pela calçada, quando passou ao seu lado. ─ Se você quer saber de algo, ninja; não pergunte a mim. ─ A mulher torceu o nariz. ─ Obrigado pela compreensão, senhora. ─ Disse Shon para provoca-la, e continuou andando em direção ao prédio principal do vilarejo. Não era muito grande, também nada diferia dos outros prédios da cidade, mas era a moradia do líder. Shon bateu à porta e um homem atendeu. ─ O que quer? Você atrapalhou o curso da minha obra! ─ Exclamou, arrogante, revirando os olhos. ─ Você... Não quer entrar? ─ Peguntou quando parou seus olhos no garoto a sua porta. ─ Oh, claro. Preciso conversar com você. ─ Shon entrou e o homem fechou a porta. ─ Meu nome é Kensei Yamasha. Qual seu nome, good looking? ─ O homem perguntou encarando Shon. O jovem ninja de kiri mudou a expressão para algo como "what the fuck" antes de responder. ─ Shon. Sou Shon. ─ Suspirou. ─ Agora, Kensei; me diz o que aconteceu com a vila. O que sabe sobre bonecos atacando a população? ─ Foi direto ao assunto, a expressão facial daquele homem o assustava e muito. Kensei fechou os olhos e suspirou. Os dois estavam sentados um de frente para o outro no que seria sala de arte. Havia várias telas penduradas e diversas pinturas nas paredes. Entre Shon e Kensei jazia um pergaminho aberto, onde Kensei deslizava um pincel com tinta. Estava desenhando algo durante a conversa. ─ Sabe, good looking, ess-? ─ Kensei começou falar, mas foi interrompido pelo outro.  ─ Shon. Me chame de Shon. ─ Disse o garoto, rígido. Kensei assentiu sério. ─ Como eu ia dizendo: esse é meu vilarejo. As pessoas devem ter algo pra temer. De onde acha que vem tudo isso? ─ Perguntou mostrando as joias que ostentava. ─ Por causa das minhas pinturas eu sou quem sou. Por causa das minhas marionetes, eu sou quem sou. Tudo aqui é meu. ─ O homem carregava uma expressão sádica amedrontadora. ─ E agora você também é. ─ Finalizou. Shon saltou para trás, se preparando para ataca-lo, mas perdeu o controle de seu corpo no ato. Kensei estava o controlando como controlava as duas marionetes que haviam acabado de sair de dentro do pergaminho. Shon caiu deitado no chão, imóvel, deixando escapar um gemido de dor. ─ Não se preocupe. Vou cuidar de você. ─ Kensei fez alguns movimentos e Shon ficou em pé. Controlava duas marionetes estranhas e pavorosas, feitas de tinta, e o corpo de Shon. As duas marionetes se aproximaram do jovem de cabelos prateados lentamente. ─ Você vai ser meu novo brinquedo, good looking. ─ Disse Kensei com um sorriso largo, de orelha a orelha. Shon estava amedrontado, mas precisava fazer algo. ─ Na verdade, não. ─ Retrucou o moreno a sua frente, antes de lançar uma imensurável quantidade de água de sua boca. Antes que percebesse as marionetes de tinta tinham se dissolvido e a casa de Kensei fora totalmente destruída pela corrente d'água. Uma torrente de água seguiu pelas ruas da cidade, antes que Shon desaparecesse com ela. Não havia vestígios de Kensei, provavelmente morto por afogamento, ou pelos destroços da casa.

Missões Concluídas: